Águas alheias inundam Colatina
COLUNA AQUI COLATINA: Paulo César Dutra, jornalista
Paulo César Dutra é colatinense da gema.
As enchentes do Rio Doce em Colatina sempre foram de águas alheias vindas dos rios do Estado de Minas Gerais, como a maior delas, em 1979.
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Nunca se viu ou ouviu falar nos mais de 100 anos da Vila de Colatina (hoje, Colatina) que ás águas dos rios Guandu, Santa Maria do Doce e do Pancas transbordaram o Rio Doce.
Todas as vezes, como agora, ocorreram vários fenômenos originários com maior destaque no estado de Minas Gerais. Até 1947, o Rio Doce não inundava Colatina!
O que acontecia?
O Rio Doce enchia com as águas de Minas Gerais e represava o Santa Maria, que apenas ficava cheio e não invadia as casas, que ficavam em pontos mais altos da cidade.
Pouca gente sabe ou conheceu Colatina como era antes de 1947. Muitos estão vivos e lúcidos e podem confirmar como era o trajeto do rio Santa Maria.
Logo após ele passar embaixo da primeira ponte de ferro da ferrovia, que fica ali em Vila Nova, o Santa Maria passava no local seguinte, entre as hoje rua Virgílio Gomes Barreto e rua Dom Pedro II, seguindo para a área onde estão hoje a Escola Rubens Rangel e a Secretaria Municipal de Educação.
Depois entrava onde é hoje a Rua Papa Pio XII e seguia até onde hoje é o encontro com a avenida Angelo Giuberti e, um pouco adiante, antes da Praça da Catedral, cortava onde está a avenida Getúlio Vargas e seguia em direção ao Rio Doce, contornando o Morro das Cabritas e desaguando onde hoje é a Defensoria Pública do Espírito Santo.
Então, caros leitores, as chuvas na cidade já causaram muitos danos para Colatina, mas nunca encheram o Rio Doce para inundar a cidade.
Águas alheias inundam Colatina
Tanto é que em 2013, os estragos causados pela chuva foram considerados maiores do que a tragédia registrada na enchente de 1979. Então, apesar das últimas chuvas que atingiram Colatina, elas causaram danos mas não inundaram a cidade.
Quem está assustando mais uma vez a população ribeirinha de Colatina são as águas enviadas pelos rios de Minas Gerais.
Ou seja:
águas alheias inundam Colatina.
Paulo César Dutra, jornalista.
A foto de capa é do trem da EFVM parado em Aimorés/MG nas enchetes de 1979.
Editado por Don Oleari
https://www.colatina.es.gov.br/
Águas alheias inundam Colatina
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