Cariacica completa
Coluna AQUI CARIACICA –
Ronaldo Chagas Vieira,
Correspondente Comunitário
A antiga localidade do distrito de São João Batista, atualmente conhecida como Cariacica, se tornou município independente em 30 de dezembro de 1890. Na época, a região foi desmembrada definitivamente de Vitória.
Contudo, mesmo com as tramitações documentais, a tradição fala mais alto e as comemorações continuam no dia do padroeiro, ou seja, 24 de junho, É o dia da cidade. O ex-vereador Antonio Ribeiro Bessa, lá do passado, quando a Câmara Municipal ainda funcionava no local de origem, fez o projeto de lei, unificando as datas, corrigindo um lapso da história.
Na época, o então parlamentar aproveitou que o dia 24 de junho, dia de São João, era o dia de aniversário de uma “amiga especial”, e disse a ela, que o dia de seu nascimento, se tornaria, a maior festa da cidade. Quem me contou foi seu filho, Edmilson da Costa Bessa. O que seu “Toninho” fez foi apenas ajustar legalmente aquilo que já era absorvido pelo povo. O prefeito Euclério Sampaio mantém a tradição, festejando o aniversário de Cariacica juntamente com os festejos do padroeiro.
Um Estado é considerado laico quando promove oficialmente a separação entre Estado e religião. A partir da ideia de laicidade, o Estado não permitiria a interferência de correntes religiosas em assuntos estatais, nem privilegiaria uma ou algumas religiões sobre as demais.
Contudo, culturalmente a história de Cariacica se confunde também com religiosidade. Chamava-se Freguesia de São João Batista, posteriormente Água Fria, e hoje Cariacica.
O governador do Estado era Constant Sodré. A história do povoamento de Cariacica se confunde um pouco com a de Viana. No final do século XVI e início do século XVII, os portugueses fizeram incursões pelo rio Jucu, partindo de Vila Velha/ES, e foram atingindo o atual território de Cariacica.
Assim foram formando fazendas de cana-de-açúcar e implantando engenhos. No século XVII os jesuítas passaram a ocupar parte do território. Logo que chegaram, fundaram novas fazendas e engenhos. Em Mairicará, a quatro quilômetros da sede do município, construíram um colégio que abrigava um convento. Nesta localidade, uma lajinha muito freqüentada, que estranhamente administrações anteriores na cidade autorizaram cercar o local, de preservação ambiental, impedindo a passagem do público.
Como um dos mais importantes municípios integrantes da região denominada Grande Vitória, principalmente em termos populacionais, Cariacica tem sua formação geo-econômica datada do início da Colonização do Solo Espírito-Santense.
Cariacica possui uma área de 279,98 km², correspondente a 0,60 % do território estadual, limitando-se ao norte com Santa Leopoldina, ao sul com Viana, a leste com Vila Velha, Serra e Vitória e a oeste com Domingos Martins. A sede fica a oito quilômetros da capital, Vitória.
O município tem uma população de 386.496 habitantes, segundo estimativa de 2021 do IBGE. Situado na Região Metropolitana da Grande Vitória, o município de Cariacica foi criado pelo decreto nº 57 de 25 de novembro de 1890 e instalado em 30 de dezembro do mesmo ano. No entanto, já existia a localidade de São João Batista, que incentiva a tradição para a data festiva. E a festa do padroeiro movimenta toda a região, envolvendo segmentos turísticos, trazendo visitante à sede do município.
Força na agro-indústria
Hoje Cariacica é o maior produtor de bananas orgânicas da América latina. Ainda produz aipim, café, hortaliças, frutas diversas, milho, feijão, mel, e registra um crescimento considerável na indústria de beneficiamento de queijos.
E ainda temos a pimenta mais ardida do mundo, sendo cultivada na região do Pedro Fontes, genuinamente cariaciquense. O produtor rural Rodrigo Batista (42), de Vila Cajueiro, zona rural de Cariacica, na Região Metropolitana da Grande Vitória, conheceu a pimenta em 2019 em uma visita à filha nos Estados Unidos.
https://conexaosafra.com/geral/capixaba-cultiva-pimenta-mais-ardida-do-mundo-em-cariacica-es/
Cariacica ou Carijacica
Cariacica era propriamente o nome do rio que desce do Mochuara e de uma serra adjacente. A primeira é uma pedra gigantesca, barômetro infalível das populações ribeirinhas, pois a coroa de alvas neblinas representa o sinal introdutório de que a chuva não se delonga. A foto do Mochuara num por de sol, vista de Vitória, a capital.
É interessante notar que os habitantes não conhecem o verdadeiro nome desse granito, porque indiferentemente o qualificam de Monchuar (Muchuar – veio de diamantes) ou até com certeza de Muchauara (pedra irmão) estribando-se, talvez, nos conhecimentos da língua tupi.
Outra mais lendária é a que se baseia numa possível exclamação de tripulantes franceses ao se aproximarem, na estrada da baia de Vitória: “Mouchoir!” Vendo o Muxanara, com a sua coroa branca, acharam-no parecido coberto por um lenço (Mouchoir).
Carijacica — “chegada do branco” foi denominação tupi, e, com o correr dos anos, a linguagem acabou de abreviar.
Cariacica completa
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