Carnaval
Samba-enredo da Imperatriz Leopoldinense, Carnaval de1989
COLUNA DIA A DIA
KLEBER GALVEAS
Na história do Espírito Santo, há apenas um registro de intervenção do Governo restringindo uma manifestação popular tradicional: durante a ditadura do Presidente Getúlio Vargas, a Festa da Penha foi proibida por dois anos consecutivos.
A função do Executivo é ponderar as diferentes áreas sob sua influência: saúde, educação, segurança, assistência social, religião, cultura…
Quando uma dessas áreas se impõe sobre as demais, por interesse particular, a história registra essa anomalia com um palavrão: DITADURA!
O carnaval de rua, tradição cultural da Barra do Jucu, Vila Velha/ES, sempre teve início às 16 horas, quando o Sol de verão dá um alívio.
Agora, por força de Lei, a alegria do povo é interrompida às 18 horas, sob ameaças de balas de borracha e spray de pimenta.
O carnaval popular da Barra do Jucu, que completa 50 anos na rua com liberdade e sem nenhuma ocorrência policial, foi reduzido a apenas 3 horas, em contraste com os 3 dias de festa.
Muita gente na praça, mas sem nenhum banheiro público.
No ano passado, o Sr. Agenor, de Morada da Barra, me preocupou. Ele usou o dinheiro que havia separado para pagar as contas de água e luz para comprar latinhas de cerveja para vender no carnaval.
Gelou as bebidas na casa do vizinho e transportou o estoque em um isopor emprestado, com o peso extra das pedras de gelo que outro vizinho lhe arranjou.
Caminhou quase uma légua, com dificuldade, para levar as cervejas. A concorrência estava grande e o tempo curto; ele não vendeu nada. Voltou para casa com as cervejas, sem ter onde guardá-las e sem saber o que fazer com o estoque.
Beber?
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