Cem anos do rádio
Com Agência Brasil – Por Rádio MEC – Brasília
A P R G – 9, Rádio Excelsior, foi fundada em São Paulo em novembro de 1934 por Paulo Machado de Carvalho. Transmitia música erudita e programas culturais, missas e também um programa dedicado especialmente ao turfe.
Após um acordo com a arquidiocese, ainda nos anos 1930, o slogan da Rádio Excelsior passou a ser a “voz de Anchieta” e a emissora ficou conhecida como “a primeira estação católica do mundo”.
O empresário Victor Costa adquiriu a frequência da Excelsior em 1953. Na segunda metade da década de 1950, a emissora irradiava programas como o Ecos da Broadway, apresentado por Renato Macedo e Moacyr Expedito.
O Swing Show, comandado por José Cândido Cavalcante, contava também com o jornalista Antônio Aguillar, como produtor de programas de auditório.
Já no início da década de 1960, o programa O Pick-up do Pica pau, do jornalista Walter Silva, era sucesso de audiência na Excelsior, em São Paulo.
A Rádio Nacional de São Paulo se tornou um espelho da Rádio Globo, enquanto a Excelsior – a máquina do som, espelhava a programação da Rádio Mundial do Rio de Janeiro.
Uma pessoa fundamental na construção do sucesso das emissoras musicais jovens do sistema Globo de rádio, desde o fim dos anos 1960, mas especialmente na década de 1970, foi Newton Alvarenga Duarte, o imortal disk jóquei Big Boy que também tinha um programa na Excelsior.
A “máquina do som” também cumpriu um outro importante papel no sistema Globo de rádio.
Como a emissora era considerada alternativa, a Excelsior serviu como plataforma de lançamento para novos formatos e, sobretudo, novos profissionais.
Muita gente que depois se destacou na comunicação começou na Excelsior.
Em seus últimos anos, a equipe e a programação da Rádio Excelsior foram o embrião para a criação da rede all news, a CBN.
A “a máquina do som” levou sua programação ao ar pela última vez em 30 de setembro de 1991, sendo substituída no dia seguinte pela rádio CBN de São Paulo.
Até 7 de setembro, a Rádio MEC vai produzir e transmitir, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo sobre diversos aspectos históricos relacionados ao veículo.
A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes. Acompanhe na Radioagência.
Edição: Adriana Ribeiro / Alessandra Esteves