Chat GPT
A tecnologia já impactou cerca de 100 milhões de pessoas pelo mundo, provocando inúmeros debates nas instituições de ensino e em diversos segmentos da sociedade Imagem: Pexels.
Uma ferramenta capaz de responder a inúmeros questionamentos e criar diálogos virtuais com os humanos, de forma gratuita e acessível.
Esse é um dos avanços tecnológicos que tem impactado e surpreendido a vida das pessoas. O Chat GPT (Generative Pre-Trained Transformer), que utiliza inteligência artificial, tem chamado a atenção do meio educacional devido a grande facilidade e rapidez de interpretar e responder todo tipo de pergunta.
Além disso, a inteligência é facilmente capaz de escrever redação, fazer resumos, resolver exercícios de matemática, permite fazer diálogos realistas e construir textos únicos em qualquer formato, muito semelhantes àqueles redigidos pela mente humana. Toda essa possibilidade fez com que o Chat GPT alcançasse a marca de 100 milhões de usuários ativos mensais em dois meses.
Chat GPT
Muitos usuários têm utilizado a ferramenta para criar textos e trabalhos escolares, porém, em alguns países, o uso do Chat GPT já foi proibido, como, por exemplo, na cidade de Nova York, que bloqueou o acesso à ferramenta em todas as escolas públicas. Não muito diferente, a Universidade Sciences Po, na França, também proibiu o uso do Chat GPT para evitar plágio e fraudes.
Um cenário que pode ser positivo ou negativo para milhões de estudantes, de acordo com Alessandro Coutinho, Pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Universidade de Vila Velha/ES (UVV).
“Existe uma dicotomia de pontos de vista, sendo que há quem diga que um dia os robôs irão dominar o mundo, já outros duvidam completamente dessa afirmativa. O fato é que a inteligência artificial pode ser usada de diferentes formas a favor da educação, como para personalizar a relação ensino-aprendizagem, corrigir provas ou fornecer um feedback mais rápido aos alunos. No entanto, ferramentas como o Chat GPT precisam ser usadas com responsabilidade para não prejudicar a educação”, explicou.
Como esta tecnologia poderá transformar a Educação?
Assim como hoje os estudantes utilizam a internet para realizar seus trabalhos escolares, diferentemente de seus pais e avós, que tinham nos livros seu principal e às vezes único recurso de pesquisa, o ChatGPT transforma a Educação por consistir em mais uma ferramenta que pode ser usada nas escolas.
De acordo com Alessandro, é necessário entender como as tecnologias podem potencializar as práticas pedagógicas que já desenvolvemos com sucesso.
“Não é descartar o que já fazemos, mas trazer mais elementos tecnológicos para promover aprendizagens mais profundas e críticas. Essa ferramenta, se usada de maneira correta, tem o potencial de fazer os professores repensarem suas práticas e acelerar o processo de aprendizado” , defende.
O que precisa para utilizar o Chat GPT? Com um computador, celular ou tablet com acesso à internet você consegue acessar a plataforma. É preciso fazer um login, o que requer um e-mail. Caso seja uma pessoa com deficiência visual, é preciso usar um software de leitura de tela ou um assistente virtual que leia as respostas em voz alta. Como fazer desse recurso uma oportunidade de aprendizagem?
Vale ressaltar que a ferramenta tem grande potencial para ajudar os professores na elaboração de aulas e na pesquisa de conteúdos. Inclusive, é interessante que eles experimentem o chat para esses fins antes de propor o uso para os estudantes. Já em sala de aula, ele pode ser utilizado de diversas maneiras e em todas as áreas de estudo para pesquisa, revisão e comparação, entre outras utilidades.
A partir do seu uso, os professores também podem realizar o letramento digital e debater questões éticas sobre o uso seguro da internet.
Sobre o ChatGPT
O ChatGPT é um modelo de linguagem natural desenvolvido pela OpenAI. Ele foi treinado com uma enorme quantidade de dados de texto para aprender a gerar texto em linguagem natural, que é coerente e semelhante ao que os humanos escrevem e falam.
O GPT significa ‘Generative Pre-trained Transformer’ e se refere à arquitetura de rede neural usada para criar o modelo. O ChatGPT foi treinado com um conjunto de dados enorme e diverso, que incluiu textos de sites da internet, livros, artigos acadêmicos, conversas de bate-papo e muito mais.
Ele usa técnicas de aprendizado profundo, como redes neurais de auto-atenção, para aprender padrões pelos dados e gerar texto em linguagem natural coerente e relevante para o contexto. Essa é a resposta que o próprio Chat dá, quando questionado sobre o que é o Chat GPT.
Criado pela empresa Open AI, a ferramenta utiliza algoritmos de Machine Learning que processam a linguagem e possibilitam a interação humana de uma forma mais natural e cada vez mais realista, uma vez que a própria ferramenta aprende e se aprimora com as exigências que são feitas.
Na prática, a pessoa consegue “conversar” e pedir para a ferramenta criar desde poemas até mesmo debater assuntos complexos. É possível, inclusive, especificar a quantidade de linhas de um texto, o formato, e todos os assuntos que devem ser abordados. E cada resposta será única e mais aprimorada que a anterior, formulada em poucos segundos.
Alessandro Coutinho Ramos
Alessandro Coutinho Ramos possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), mestrado e doutorado em Produção Vegetal pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF), com pós-doutorado em Portugal no Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC).
É Líder do Comitê Qualificado de Conteúdo do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-ES).
Atualmente, na Universidade Vila Velha (UVV), em Vila Velha, na região metropolitana da Grande Vitória/ES , é Pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão, e atua como docente e orientador em Programas de Pós-Graduação stricto sensu e cursos de graduação.
Editado por Don Oleari
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