Collor no xilindró
DA REDAÇÃO DON OLEARI PN
Ex-presidente Fernando Collor permanece preso em Maceió após decisão do Supremo; laudos médicos apontam doenças graves e transtorno bipolar, recurso usados pela defesa para pedido de prisão domiciliar.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta segunda-feira (28) manter a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Por 6 votos a 4, os ministros rejeitaram o pedido da defesa para soltura imediata, confirmando a ordem de prisão expedida pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.
Collor está preso desde sexta-feira (25), quando foi detido pela Polícia Federal no Aeroporto de Maceió (AL).
A votação foi concluída no plenário virtual do STF. Votaram a favor da prisão os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. Já André Mendonça, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Nunes Marques votaram pela soltura.
O ministro Cristiano Zanin se declarou impedido.
A defesa de Collor sustenta que ele sofre de comorbidades graves, incluindo Doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno bipolar.
Dois laudos médicos foram entregues ao STF para embasar um pedido de prisão domiciliar, que ainda aguarda parecer da Procuradoria-Geral da República.
Moraes decretou sigilo sobre os documentos médicos e destacou que, apesar do controle atual das doenças, o estado de saúde do ex-presidente exige cuidados contínuos e uso de equipamentos como o CPAP, fundamental para tratar a apneia do sono.
Collor foi condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão por envolvimento em um esquema de propina na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, entre 2010 e 2014.
De acordo com a sentença, ele teria recebido cerca de R$ 20 milhões em vantagens indevidas por meio de contratos intermediados por aliados indicados por ele.
Agora, com a prisão mantida, a expectativa gira em torno da análise do pedido de prisão domiciliar, que pode definir os próximos capítulos do caso envolvendo o ex-presidente.
Collor no xilindró
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