Deixem os negros
É a barbárie contra o povo preto que não dá trégua.
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ARTIGO |
Manoel Goes Neto
Relação de servidão e resquícios da servidão ainda existem no Brasil. O conflito racial existe, sim, nos tempos atuais. Como exclusão fabricada, a sociedade brasileira pratica com naturalidade o racismo.
Joaquin Nabuco disse:
“A escravidão permaneceria por muito tempo como um traço da formação brasileira”.
Usou Joaquin Nabuco de uma imagem terrível, de que a escravidão passou no aleitamento materno, onde as pretas amas-de-leite alimentavam os filhos e filhas dos seus senhores.
Em “Minha Formação”, sua autobiografia, Nabuco cita ainda – de passagem e sem lhe dar nome – a negra que o amamentou e dele cuidou:
“A noite da morte de minha madrinha é a cortina preta que separa do resto de minha vida a cena de minha infância. Eu não imaginava nada, dormia no meu quarto com minha velha ama, quando ladainhas entrecortadas de soluços me acordaram e me comunicaram o terror de toda a casa”.
Direitos e protagonismo
A abolição da escravatura: passados 136 anos, o povo preto ainda luta por direitos e protagonismo. A Lei Aurea, assinada em 13 de maio de 1888, considerou livres aproximadamente 700 mil escravos.
Atualmente, os negros são mais de 54% da população do país e as desigualdades continuam.
O Brasil foi o último país do continente americano a abolir a escravidão, e o negro liberto não recebeu nenhum tipo de auxílio do governo para que pudesse sobreviver.
As evidèncias estão nos fatos trágicos que acontecem com os pretos no Brasil e pelo mundo afora.
Agressões e mortes de pretos sem compaixão, por coisas pequenas, sob o abuso da autoridade constituída.
Pesquisadores afirmam que, com a falta de oportunidades e o racismo, o quadro de desigualdade perpetuou-se no país e tem reflexos até os dias atuais com a exclusão social.
Frank Tyson, um homem negro americano de 53 anos, morreu em Canton, Ohio, nos Estados Unidos, enquanto estava imobilizado pela polícia e com o joelho de um policial em seu pescoço.
Deixem os negros
Por 8 vezes gritou aos policiais que não conseguia respirar. Tyson chegou a ser levado ao hospital, mas não resistiu e foi declarado morto menos de uma hora após dar entrada na emergência. O episódio lembra os assassinatos de Eric Garner e George Floyd, em 2014 e 2020.
No Brasil a violência racial não dá trégua, O músico César de Carvalho, de 31 anos, que foi imobilizado pelo pescoço por policiais militares na região da Cachoeirinha, Zona Norte de São Paulo, levou spray de pimenta no rosto.
Disse que ficou mais de uma hora algemado dentro da viatura sob um calor desumano. Ele contou que “não conseguia respirar” durante a abordagem, ocorrida no último dia 23 de abril.
Pelas imagens veiculadas é possível ver que ele não oferecia resistência, mas mesmo assim os policiais militares jogaram spray de pimenta no rosto dele.
É a barbárie contra o povo preto que não dá trégua. Deixem os negros respirarem.
Gostaríamos de saber até quando esses abusos continuarão a acontecer? Ignorar o racismo é conivência, silenciar é cumplicidade. E as punições exemplares, ocorrerão de forma contundente? (Manoel Goes Neto).
Fica a reflexão. Deixem os negros respirarem.
Manoel Goes Neto – escritor, produtor cultural e diretor no IHGES
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