Dengue
Técnicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) estiveram nesta terça, 9, na Comissão de Saúde da Câmara de Vitória/ES, apresentando duas tecnologias que podem ajudar a reduzir em muito os casos de dengue no município.
O convite para a participação foi feito pelo vereador André Moreira (PSOL), que defende a adoção de um convênio da Fiocruz com a Prefeitura de Vitória o mais rápido possível.
A cidade lidera os casos de dengue no Espírito Santo e registrou nos últimos quatro meses uma explosão da doença. Em janeiro eram 887 casos notificados e, hoje, os números passam de 10 mil, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.
Redução
O pesquisador Christoph Milewski, diretor do Instituto de Ciência, Tecnologia e Biomodelos (ICTB) da Fiocruz, explicou que uma das tecnologias introduz em mosquitos criados em laboratórios, uma bactéria que bloqueia a transmissão de doenças por novos mosquitos Aedes aegypti.
Soltos na natureza esses mosquitos acabam se reproduzindo e passando a bactéria para outros espécimes.
Com o tempo eles se tornam maioria da população, impedindo que a dengue seja transmitida naquele território.
A tecnologia já reduziu os casos de chikungunya em 70% no município de Niterói (RJ).
“Depois de criados em viveiros esses mosquitos são soltos nas regiões indicadas e eles mesmos se encarregam de fazer a imunização dos outros mosquitos”, afirmou o vereador André Moreira.
“É uma tecnologia que pode ajudar Vitória a deixar de ser a capital da dengue no Espírito Santo”, completou o vereador.
A outra tecnologia que favorece o combate ao mosquito é um chatbot que permite o monitoramento de casos em tempo real.
Com perguntas específicas adaptadas à realidade local, o poder público pode identificar as ocorrências da doença e atuar com maior eficiência.
Além disso, cruzamento de informações como localização, renda, etnia entre outras, podem ajudar a traçar um quadro mais preciso dos casos.
Convênio
De acordo com Cleber Hooper, tecnologista do ICTB, há uma possibilidade de que a Fiocruz tenha um braço permanente no Espírito Santo, caso um convênio entre a fundação e a Prefeitura ou o Estado, venha a ocorrer.
“Com isso podemos ter aqui viveiros para a criação de mosquitos, laboratórios e toda a estrutura necessária ao projeto”, explicou Hooper.
Dengue
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Com José Roberto
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