Do riso à resistência, o humor, muitas vezes subestimado, se revela como uma ferramenta poderosa na luta contra regimes autoritários, ditaduras, fanáticos, racistas, misóginos, homofóbicos, além dos “nem fede nem cheira”
“O dia que você mais desperdiça na sua vida é o dia que você não ri” (Charles Chaplin)
SÓ O HUMOR SALVA
DA REDAÇÃO DO DON OLEARI PN
“É proibido proibir” e “Abaixo a chatice!”
Don Oleari PN
Através da sátira, ironia e sarcasmo, humoristas desafiam o poder, expõem hipocrisias, criticam injustiças e inspiram a resistência. Sua força reside na capacidade de subverter o discurso oficial, questionar normas sociais e despertar a consciência crítica da população.
O Pasquim: Uma Voz contra a Censura na ditadura militar
“É proibido proibir” e “Abaixo a chatice!”
No Brasil, durante os anos de repressão da Ditadura Militar (1964-1985), o jornal O Pasquim se ergueu como um farol de humor subversivo.
Fundado em 1969, o semanário utilizava charges, cartuns, crônicas e poesias para satirizar os militares, denunciar a tortura, a censura e a falta de liberdade.
Com sua linguagem irreverente e mordaz, O Pasquim conquistou um público fiel e se tornou um símbolo da resistência cultural ao regime.
Artistas como Jaguar, Ziraldo, Angeli, Millôr Fernandes, Laerte, Henfil, Paulo Caruso eternizaram seus personagens e frases que ecoam até hoje, como “É proibido proibir” e “Abaixo a chatice!”.
Outros célebres da cena cômica foram Leon Eliachar e Stanislaw Ponte Preta, o dublê do escritor carioca, cronista, produtor de programas de televisão e rádio, peças de teatro, Sergio Porto.
Jornalista Tavares Dias
conta uma
Velho amigo, já oitentado, me conta que foi ao médico pra saber se podia usar o “guindaste azul”.
A resposta foi positiva.
Já ia se despedindo, prenhe de fantasias, quando olhou melhor a receita e percebeu que lá estava também prescrito um remédio para a memória.
Sem perder a fleuma, o doutor explicou:
“É pra quando/se a ereção acontecer, o senhor se lembrar pra que é que serve”.
Do riso à resistência
Humoristas Brasileiros
Henrique e Caricatura (1888-1966) – Pioneiro do cartunismo político brasileiro.
Utilizava charges para criticar a Monarquia, a República Velha e os governos Vargas.
Carlos Zéfiro (1907-1968): Mestre da sátira mordaz, utilizava pseudônimos como “O Pasquim” e “Nhô Candango” para criticar políticos e costumes da época.
Jaguar (1938-1996): Cartunista emblemático do O Pasquim, imortalizou personagens como “Janjão” e “O Professor” em suas críticas à Ditadura Militar.
Ziraldo (1948-):Cartunista, escritor e dramaturgo, utiliza humor ácido e personagens marcantes como “Menino Maluquinho” e “Flicts” para abordar temas sociais e políticos.
Angeli (1943-2020):Cartunista e quadrinista, explorava temas existenciais e políticos em suas obras, com destaque para a série “Los Frailes”.
Laerte (1951-): Cartunista premiada, utiliza humor inteligente e personagens como “Piratas” e “Manual da Dona Doca” para abordar temas como feminismo e política. Laerte (cartoonist)
Paulo Caruso (1954-): Cartunista e chargista, utiliza humor ácido e crítico em suas obras, com foco em temas políticos e sociais.
Caruso (1954-): Cartunista e chargista, utiliza humor ácido e crítico em suas obras, com foco em temas políticos e sociais.
Do riso à resistência
Filmes Inesquecíveis de Humor
O Auto da Comédia (1985):Dirigido por Guel Arraes, satiriza a Ditadura Militar através da história de um grupo de teatro amador.
Eles Não Usam Camisas Preta (2014): Dirigido por André Carvalheiro, retrata a repressão aos artistas durante a Ditadura Militar com humor negro e drama.
Bingo: O Rei das Bolas (2017):Dirigido por Miguel Falabella, comédia biográfica sobre o bicheiro carioca Carlos Marighella, mesclando humor e drama.
Turma do Didi (2018): Comédia nostálgica que reúne os personagens icônicos de Renato Aragão em novas aventuras.
De Perto Ela Parece Mais Bonita (2021): Comédia romântica dirigida por Paulo Schultz, explora as relações humanas com humor leve e sensível.
Bons filmes de humor, ingleses e franceses
Monty Python e o Cálice Sagrado (1975): Comédia satírica cult que acompanha os Cavaleiros da Távola Redonda em sua busca pelo Santo Graal.
A Vida de Brian (1979): Comédia satírica sobre um judeu que acidentalmente é confundido com o Messias.
Do riso à resistência
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