Kucinski
ARTIGO |
Alencar Garcia de Freitas
Prometi e aqui estou voltando ao assunto das Cartas a Lula, assinadas pelo companheiro jornalista Bernardo Kucinski. Li o livro de novo, agora à exaustão, escarafunchando carta por carta, de trás para frente e de frente para trás, tentando encontrar nelas “feitos” diferentes na atual governança de Lula, que não sejam repetições do Lula I e Lula II (incluir aqui Dilma como se fosse o Lula III não me pareceu correto, pois seria uma tremenda injustiça com ele, Lula!).
Na minha quase desesperada busca de “feitos” diferentes na nova governança Lulista, cheguei a imaginar que a diferença poderia ser na composição do seu ministério – agora com quase 40 figurantes – bateu em meu imaginário que a novidade poderia ser representada pela inclusão de Fernando Haddad como titular da pasta da Fazenda Recuei.
No entanto, quando me lembrei que este, como afilhadão, já vivia há muito tempo na garupa de Lula; não era, portanto, o técnico ideal que deveria ocupar aquele ministério.
Conversando com meus botões cheguei a me remeter para a participação de Lula, o presidente do Brasil, que fez o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira, 19/9/2023, gerando a sua aparição extraordinária nos meios de comunicação do Brasil e do mundo.
As sentenças verbais bem ricas de adjetivos mais abstratos e menos concretos, como lhe são pertinentes. Falou muito sobre os países pobres do Continente Africano, segundo ele desprezados pelo FMI, que sempre manda migalhas para lá e montanhas de dinheiro para os países ricos.
Permitam-me abrir as janelas da verdade para nosso caso aqui.
O presidente Lula e a primeira dama Janja usam e abusam do dinheiro que os brasileiros pagam de impostos por meio do cartão corporativo – segundo notícias de jornais, até agora já se foram mais de oito milhões de reais no Cartão Corporativo, gastos por Lula e Janja nos primeiros oito meses de governo.
Sua fala na ONU, quando o assunto é pobreza, não mexe nada com os seus brios e os de sua mulher. Quando o tema é a democracia brasileira, tão exaltada por ele, quando fala no fim das desigualdades sociais em nosso meio, quando fala nas nossas políticas de preservação dos biomas do país e nas políticas públicas de preservação dos biomas amazônicos, só discurso.
Exatamente no momento em que o governo Lula examina a possibilidade de concessão de licença para a extração de petróleo pela Petrobras na foz do Amazonas. E o risco de perdermos a liberdade de imprensa, fico sem saber que País é esse?
E me faz perguntar: será que o presidente está falando na ONU ou está falando numa assembleia geral de seu Sindicato? Ou está falando num palanque em praça pública na condição de candidato a presidente da República? Outra pergunta: Esse país tão decantado em verso e prosa é aqui mesmo?
A pergunta que faço agora é dirigida ao “companheiro” autor do Cartas a Lula: se você viesse a escrever o Cartas a Lula II teria a coragem necessária para fazer algumas das perguntas de antes e de agora, outras tantas que não querem calar no imaginário de mais da metade dos brasileiros? Enquanto Kucinski não escreve o Cartas a Lula II, vamos continuar escrevendo sobre essas cartas. Haja paciência!
Alencar Garcia de Freitas é jornalista aposentado
Kucinski
Edição, Don Oleari – [email protected] –
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