Ouso perguntar: que importância possa ter minha indignação diante da perversidade, do espírito leviano, da ausência de escrúpulos, da desonra militar incrustrada nas patentes do general ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e seus auxiliares, que sordidamente se aliaram aos vândalos e inescrupulosamente incriminaram os direitistas pelo vandalismo em Brasília?
Que importa ao Governo Federal com seus ministros indiciados em vários processos e ao usurpador, que no topo do cinismo patético que lhe é comum, encena inocência e proficiência?
O que significa para o Congresso Nacional, cujos representantes, com os costumeiros aforismos, surgem agora afoitos ao reluzir dos flashes, aos acolhimentos dos microfones e das imagens, por intermédio dos quais demonstram-se profundamente indignados e detentores – só então – da solução definitiva para mais uma das afrontas que engendradas pelos malfeitores, causa medonhos males ao equilíbrio da nação Brasileira?
Importam em que e a quem os meus infortúnios?
Ouso responder: em nada importam para alguns poucos semelhantes, principalmente aqueles que já fizeram questão que eu soubesse que me veem ridículo, decepcionante e próximo do que classificam como indigno. Recentemente, inclusive, recebi de um deles a sugestão de procurar com urgência um psiquiatra.
Pensam assim porque nunca me deixei enganar pela casta vermelha e pela Horda do Fórum de São Paulo, cujo líder-mor é um facínora que já não dissimula seus intentos; que está sendo uma lástima e, se não for contido em tempo hábil, será uma catástrofe para a nossa nação.
Respondo mais: minha consternação importa benéfica ao meu ser. Ela fustiga a minha alma, fazendo-me lembrar Deus para confiar, temer e a me submeter; acaricia minha consciência, delimitando meu agir ao limiar da honra, da dignidade, da moral e da prudência.
Por fim, massageia vigorosamente minha personalidade, garantindo que eu tenha a mesma performance desde a minha constituição, evitando que me transforme num mau caráter.
Ainda respondendo: minha indignação permite que eu conjecture quão sufocados devem estar os lulopetistas fanáticos, que espancaram amizades, desqualificaram oponentes e ignoraram quaisquer advertências, chamadas à consciência e aos diálogos fraternos para defenderem o despenado. Além de estarem roendo osso em vez de uma “picanhazinha com uma gordurinha”, cogito estejam indignados e impossibilitados de vislumbrarem quaisquer benefícios, por conta do estado de espírito no qual se encontram.
Falta-lhes esperança de viverem dias mais agradáveis hoje do que viveram ontem e menos que amanhã. A falta de boas expectativas deve estar corroendo-os desde as suas consciências até as fímbrias dos corações amargurados, que ainda não se petrificaram!
Consternado com a desilusão que mais cedo ou mais tarde atingirá a todos eles em cheio, abatendo-os à severa depressão, penso importante lhes sugerir uma proposta atribuída a Bob Marley, com alusão direta ao assunto sobre perder as expectativas.
Confiram:
“Melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem; que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na Terra, não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante Ele por terem apenas passado pela vida”.
FIQUEM SEGUROS! (Leonece Barros).
Leonece
Leonece