O inquisidor William de Baskerville queria o livro que fazia rir alegando que "aquele que não teme o Demônio não necessita mais de Deus".
NEC - Nota do Editor Chefão, Don Oleari:
- Recebi o recorte de dois prezados: o escritor, poeta, tradutor, teatrólogo e mais um tanto de coisas Wilson Côelho, e do jornalista e escritor Álvaro Silva.
Logo, logo, fiquei meditabundo e garrei a matutá na capacidade inventiva do bichomem. Pois não teria sido ele o criador do Diabo e todas as suas mazelas pra, em contrapartida, criar o rico - e bota rico nisso daí - universo do pecado, do medo, das bulas, das indulgêdncias?
Vou guardar minha boca pracumê um pacotim de farinha bem torradinha - de Nazaré das Farinhas/BA - e lembrar que o livro de Umberto Eco rendeu um filmaço (Oswado Oleari).
Demônio
Para pensar o momento atual, nada como lembrar o fragmento do livro "O Nome da Rosa", de Umberto Eco.
O abade cego pergunta ao investigador William de Baskerville:
- O que você deseja verdadeiramente?
Baskerville responde:
- Quero o livro grego, aquele que, segundo vocês, jamais foi escrito. Um livro que só trata da comédia, que vocês odeiam tanto como o riso. Se trata provavelmente do único exemplar conservado de um livro de poesia de Aristóteles. Existem muitos livros que tratam da comédia.
O abade pergunta:
- Por que este livro é precisamente tão perigoso?
- Baskerville responde:
- Porque é de Aristóteles e vai fazer rir.
O abade insiste:
- O que há de inquietante no fato de que os homens possam rir?
- Baskerville replica:
- O riso mata o medo e sem medo não pode haver fé. Aquele que não teme o Demônio não necessita mais de Deus - diz.
Danilo Martins compôs para Gobbi
O filho Adolfo Miranda Oleare me mandou o vídeo e comentou:
- Danilo Martins cantando e tocando nesse vídeo aí, pai. A música sobre a cadela de Gobbi é legal. Agora, ela ficou sem o tutor.
José Luiz Gobbi numa entrevista com o poeta Ítalo Campos. Vja no iutiubi, linki abaixo.
https://youtu.be/wJbwOGjyPP8
José Luiz Gobbi
Don Oleari Memória
Um resgate. Ele foi pra outras esferas, mas nos deixa seu legado. Um vídeo de uma entrevista que José Luiz Gobii fez com o psicanalista e poeta Italo Campos, que deixamos aí para os amigos do novo Portal Don Oleari.
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Produtor cultural e diretor, ele deu vida ao personagem mais famoso do cartunista Milson Henriques, falecido em 2016.
José Luiz Gobbi encarnou a personagem Marly pela primeira vez no espetáculo "Hello Creuzodete" em 1992. A personagem é uma mulher que vive sozinha em seu apartamento e que não consegue arranjar um namorado e passa o tempo falando com a amiga Creuzodete pelo telefone.
Ela foi criada em 1973 pelo jornalista, ator, escritor, poeta e cartunista Milson Henriques (1938-2016).
Originalmente, Marly existia apenas nas tiras de quadrinhos, publicadas no extinto jornal impresso "A Gazeta", até ganhar vida através de Gobbi nos palcos. A personagem é reverenciada como ícone da cultura capixaba.
“Hello Creuzodete” foi sucesso absoluto com 133 apresentações ininterruptas ao longo de um ano e meio. Outros três espetáculos foram criados. O último deles apresentado em 2007. Gobbi fazia performances com a personagem em eventos privativos.
Aos 66 anos de idade, o artista e multimidia, servidor público aposentado pelo Tribunal de Contas do Espírito Santo (TC-ES) se mudou de Vitória, capital do Espírito Santo, e e passou a morar, desde 2020, em Patrimônio da Penha, município de Divino São Lourenço, na região do Alto Caparaó.
https://www.folhavitoria.com.br/entretenimento/noticia/05/2021/interprete-da-solteirona-marly-ator-jose-luiz-gobbi-esta-intubado-em-uti-de-hospital-no-es