obra
Obra exposta permanentemente há 4 anos, noite e dia, pendurada na parede externa do nosso ateliê na Barra do Jucu, Vila Velha/ES.
Parece que pintei ontem
Ela apanha chuva e toma sol, molha e seca naturalmente. A tela é fruto de 57 anos de pesquisas de materiais e observando a adaptação desses materiais ao nosso ambiente tropical. Tenho espírito científico, fui professor de ciências durante 5 anos, no início dos anos 1970.
Desde a minha primeira exposição em 1966, Primeiro Salão Nacional de Artes Plásticas do ES, onde expus telas pintadas com piche, retirado do primeiro asfalto da Av. Champagnat, centro de Vila Velha/ES, muito precário, dissolvido com querosene, passei a testar diferentes tintas, vernizes, suportes e técnicas, em nosso ambiente.
O tema desta pintura, a da foto de capa, é uma homenagem ao público que visita exposições de arte: não existe arte sem público. A natureza da arte é semelhante à natureza do amor. Não existe amor de uma pessoa só. Amor é o tipo de relação que se estabelece entre humanos. Arte é o tipo de relação que se estabelece entre a obra criada pelo artista e o público.
O indivíduo que produz uma bela obra – pintura, literatura, música, teatro – executada com perícia admirável, é um virtuose, se não mostrar. O que ele criou poderá fazer a arte acontecer, na hora em que sua obra for mostrada e sensibilizar alguém. Daí a importância vital, para o pretenso artista, da presença do público.
As exposições de arte, em geral, tem entrada franca e os visitantes são encarados como parceiros pelos artistas e curadores.
Venha ver, parece que foi pintada ontem.
Kleber Galvêas, pintor – (27) 3244 7115
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