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Antes das “nossas” paneleiras… | A companhia tonificante dos netos | 28/7

Paneleiras
paneleiras
Alencar Garcia de Freitas

As paneleiras de Goiabeiras de Vitória se tornaram famosas além fronteiras por estas serem indispensáveis para o preparo e serviço da tradicional e muita respeitada moqueca capixaba. Ai de uma sem a outra! A moqueca se não for preparada e servida na panela de barro das Goiabeiras talvez não passasse apenas de uma peixada! Está uma parceria que vem dando certo há anos e anos e deverá continuar juntinhas para sempre! Sem as “nossas” paneleiras ou antes delas, os convivas, sem saber, comiam peixada e achavam que estavam comendo moqueca! (meu filho Julio Antônio, surfista, que o diga; ele, um “doutor” nessa especiaria!)…

Paneleiras

Paneleiras
Confecção da panela de barro

Peço licença para pegar uma caroninha na famosa e tão cultuada panela de barro das paneleiras de Goiabeiras, para lembrar que o uso de panelas de barro para cozinhar o “feijão nosso de cada dia”, feito, preferencialmente, com o queridinho feijão preto, talvez ainda hoje o mais indicado para o preparo da nossa famosíssima feijoada brasileira, servida solenemente para ilustres visitantes; o seu uso remonta há séculos…

A “senhora” panela de barro (não a que é feita pelas paneleiras de Goiabeiras), durante séculos, juntamente com a de ferro e mais o caldeirão , dominavam as cozinhas brasileiras das casas mais chiques das grandes cidades e também as das fazendas. Por conta do uso de tais peças para preparar a comidinha de cada dia de todos e os banquetes, o número de anêmicos era bem menor nas famílias; entendendo os antigos que isso acontecia porque os alimentos eram enriquecidos com ferro, tão valioso no tratamento e combate da anemia.

Não é por tolo saudosismo, mas a impressão é que os alimentos eram muito mais saborosos, talvez pelo fato, por exemplo, de o “feijão nosso de cada dia” ficar uma manhã inteira em cozimento, tempo suficiente para se tornar ainda mais rico em ferro, enquanto que hoje em uma ou duas horas o dito cujo é cozinhado na danada da panela de pressão.

Alencar Garcia de Freitas é jornalista aposentado

 

 

 

A companhia tonificante dos netos 

Um dos meus maiores lamentos com a danada da pandemia é não poder desfrutar, a todo momento, de modo bem descontraído, da companhia tonificante dos meus netos Pedro e João, de três e cinco anos, com os quais poderia estar aprendendo grandes lições de vida! O mesmo deve estar acontecendo com milhares de avós…

Até que ficar enjaulado no condomínio em que moro, há quase dois anos sem sair de casa para nada, já me acostumei; se contasse com os meus netos correndo atrás de mim e eu atrás deles seria muito melhor e mais fácil de suportar a pandemia!

Criança correndo atrás da gente e a gente correndo atrás deles não tem nada melhor para celebrar a vida!

Não sou santo, mas o que menos me aborrece na vida é estar cercado de crianças!

Fico espantado quando vejo alguns adultos reclamando do barulho de um monte de criança! Quer coisa melhor?

Há alguns dias esses netinhos e seus pais vieram me visitar e ficaram um tempinho comigo a mais do que o habitual e eu maluco de vontade de “bagunçar”; era o que eu acostumava fazer com os sobrinhos e de pois com os filhos e netos quando não se falava nessa danada da pandemia!

Ainda bem que as crianças na idade dos meus netos não têm a menor ideia do que seja o tal isolamento social, que tem contribuído e muito para isolar as famílias!

 

 

 

Don Oleari - Editor Chefão

Don Oleari - Editor Chefão

Radialista, Jornalista, Publicitário.
Don Oleari Corporeitcham

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