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Pedra do Lagarto na Pedra Azul/ES, pico de 1.822 m, um dos melhores climas do mundo

Pedra do lagarto

Pedra do Lagarto

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Rubens Pontes

 

AQUI RUBENS PONTES – Meu poema de sábado

O fascinante território da antiga Capitania do Espírito Santo, instalada e ocupada pelos colonizadores portugueses em 1535, é constituído por planaltos e serras que ocupam 60 % de sua área geográfica de 46.184 quilômetros quadrados.

Os outros 40 por cento são praias –  400 quilômetros de  extensão, muitas delas atração para brasileiros de  outros Estados e turistas de várias partes do Mundo.

O foco da Coluna do Portal Do Oleari deste fim de semana é uma ode a uma vila serrana, apontada como a mais romântica do Brasil. 

Melhor clima do mundo

E mais, a  ONU – Organização das Nações Unidas – em resolução divulgada também pela Revista 4 Rodas, indicou o perímetro de Pedra  Azul, distante 90 quilômetros de Vitória, no município de Domingos Martins, como o terceiro melhor clima do mundo para se viver.

Colonizada por italianos e alemães, a região tornou-se Reserva Florestal Pedra Azul pelo Decreto 312, de 31 de outubro de 1960. E em 2 de janeiro de 1991 tornou-se Parque Estadual de Pedra Azul, com uma área de 1.240 hectares.

Pedra do Lagarto

Um dos seus recortes mais fascinantes é a Pedra do Lagarto, uma formação de granito, cujo pico está a 1.822 metros de altitude, com um detalhe instigante: sua coloração adquire diversos tons azulados e esverdeados durante o correr do dia, variando com a incidência da luz solar, predominando a cor que o alcunhou Pedra Azul, com seu efeito surpreendente.

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Jonas Reis

O escritor capixaba da antiga Vila de Monte Carmelo (então, Distrito de Colatina, ao Norte do ES, no Vale do Rio Doce) Jonas Reis, narra em seu livro a história “A Lenda do Lagarto”, inspirada na Pedra do Lagarto (a mesma Pedra Azul) surgida com os primeiros colonos alemães que chegaram à  região. 

O grande lagarto que abraça a pedra como se nela pretendesse subir para melhor cobrir com sua visão toda a área em torno, conta a lenda ter sido ali petrificado, mas permanecendo atento,  por dois garotos para proteger os colonos de possíveis agressores.

Mesmo com o passar  do tempo, o lendário povo da montanha e seus sucessores  imaginam que o lagarto possa voltar à vida a qualquer momento e, por isso, vivem com ansiedade essa expectativa e em suspense essa perspectiva.

“O Lagarto Azul é parte do povo da montanha, um grande irmão ancestral”, diz a  lenda.

sthefany Duhz

A multi-midia Sthefany Duhz, poeta, jornalista, produtora de conteúdo, publicitária, pesquisadora, etc… – principalmente etc… – é autora do poema Pedra Azul, peça  ilustrativa da história aqui contada. 

Uma saudável leitura.

Rubens Pontes

Capim Branco, MG

Pedra Azul

Sthefany Duhz

 

Do terceiro melhor clima do mundo

Um céu alaranjado exala perfume de morango

Flores exuberantes

 

Cores vibrantes

O som da brisa gelada

Intercala o aroma do café coado

E na sombra repousa

O beija-flor enamorado

Ruas frias, passos demorados

Assopram histórias

Do verde lagarto

E o pôr do sol decora

memórias cravejadas por uma pedra azul

Pedra do lagarto

https://donoleari.com.br/

Veja mais livros do jornalista e escritor Jonas Reis aí:

https://www.estantevirtual.com.br/livros/jonas-reis

Don Oleari Pesquisa

http://www.domingosmartins.es.gov.br/index.php

Imigração

Era o ano de 1846. Chegava na Alemanha, na Região do Hunsrück, um funcionário do Governo Imperial do Brasil com a finalidade de recrutar colonos para as terras brasileiras.

Logo a notícia se espalhou por todas as partes. Os alemães que lá viviam, em péssimas condições de vida, animaram-se, e a primeira providência foi vender todos os seus pertences para, então, seguirem viagem para a América do Sul, onde se prometia uma vida mais digna. Embarcaram em Dunquerque, na França, e após 70 dias de viagem chegaram ao Rio de Janeiro.

Depois de passarem por várias decepções no Rio de Janeiro, conseguiram audiência com o Imperador D. Pedro II que providenciou três vapores para o transporte até Vitória, muito embora o destino fosse o Sul do Brasil. A 1ª leva chegou à capital do Espírito Santo no dia 21 de dezembro de 1846. Permaneceram alguns dias em Vitória e, então, seguiram para a Colônia de Santa Isabel, a 1ª fundada em solo capixaba pelo Dr. Luiz Pedreira do Couto Ferraz que era o Presidente da Província do Espírito Santo.

Os colonos foram subindo as margens do Rio Jucu Braço Norte e se instalaram, em 27 de janeiro de 1847, na Serra da Boa Vista. Eram 39 famílias sendo 16 Evangélico-Luteranas e 23 Católicas.

A primeira capela foi logo construída no morro de Boa Vista onde pretendiam também construir a vila.  Ali ficaram cerca de 10 anos.  Alguns por questão de clima, subiram mais e  foi então que as famílias católicas ficaram em Santa Isabel e as luteranas prosseguiram um pouco mais  e chegaram a um lugar plano entre as montanhas o qual denominaram de Campinhoberg –  Morro do Campinho. Em 1852 a primeira igreja católica foi consagrada na vila de Santa Isabel e tinha como Padroeiro São Bonifácio.

E entre os anos de 1858 e 1860 no lugar Campinho os luteranos iniciaram a construção de seu templo.  Antes, porém, construíram uma pequena capela no centro de terreno onde hoje localiza-se o cemitério e enquanto se erguia a nova igreja, os cultos eram celebrados, ora lá, ora em residências dos colonos.

Quando D. Pedro II visitou a colônia em 30-01-1860, mencionou a existência dessa pequena capela que ficava próxima à residência do diretor da colônia, hoje residência da família Barcelos no condomínio Vivendas do Imperador, e no caminho do morro do Chapéu.  Mencionou ainda, que a viúva do Pastor Held encontrava-se em péssimas condições financeiras devido à morte do esposo. (Ver parágrafo 3º  página 106 do livro  –  Viagem de D. Pedro II ao Espírito Santo  – Autor: Levy Rocha  – 1960, 2ª Edição – 1980).

A Colônia foi progredindo gradativamente e logo emancipou-se de Viana. Foi elevada à condição de Freguesia em 1869 e Distrito Policial em 1878.

Dados fornecidos pelo site da Prefeitura de Domingos Martins/ES

http://www.domingosmartins.es.gov.br/index.php

Don Oleari - Editor Chefão

Don Oleari - Editor Chefão

Radialista, Jornalista, Publicitário.
Don Oleari Corporeitcham

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