Pó preto
COLUNA AQUI JARDIM CAMBURI
Redação: Don Oleari PN
O bairro de Jardim Camburi, em Vitória, registrou um aumento de incidência
de pó preto de 533,33% no período entre agosto de 2022 e agosto de 2023.
As informações são da Coordenação da Qualidade do Ar do Instituto Estadual
de Meio Ambiente (IEMA) e se referem às medições realizadas nos 7 pontos
de coleta da Rede de Poeira Sedimentável localizados em Vitória.
Outros 7 estão distribuídos entre Serra, Vila Velha e Cariacica, na região metropolitana
da Gande Vitória.
Números
Na Unidade de Saúde de Jardim Camburi o aumento verificado no período
de agosto de 2022 a agosto de 2023 foi de 533,33%.
O volume registrado no bairro só perde para o da estação localizada no Corpo de Bombeiros, na
Enseada do Suá, onde a variação no mesmo período foi de 560,87%, a mais alta registrada na capital.
Os dados da coleta do Ministério da Fazenda, no Centro, mostram que o
aumento de pó preto na região foi de 423,08%; no Hotel Senac, na Ilha do
Boi o aumento registrado foi de 343,75% e no vizinho Clube Ítalo, 358,82%.
No Instituto Dom João Batista, na Praia do Canto a variação apurada foi de
418,18%.
O vereador André Moreira argumenta que os números demonstram exatamente o contrário do que as empresas poluidoras disseram recentemente.
Elas divulgaram que cumpriram o Termo de Ajuste de Conduta
estabelecido com o Ministério Público.
“Mas não há qualquer melhora na emissão de poluentes”, diz André.
“Esse aumento de mais de 500% em Jardim Camburi, por exemplo,
demonstra que as medidas adotadas não são eficazes.
Precisamos de um novo padrão de qualidade do ar em Vitória. Nosso
mandato tem um projeto que dispõe exatamente sobre essa questão e fixa
um novo padrão a partir do que aponta a Organização Mundial de Saúde.
Padrões, é claro, voltados para garantir a saúde da população”.
Segundo André, as eventuais vantagens financeiras da presença dessas
empresas na região se perdem quando olhamos para o grau de adoecimento
da população e dos custos indiretos de lidar diariamente com essa poluição
causada por elas.
“É preciso exigir que as empresas façam uma melhor gestão dos seus
resíduos e isso começa pela adoção de um padrão claramente definido para a
qualidade do ar, que seja adequado à vida humana e não que priorize o lucro
das empresas”, explicou André Moreira.
Pó preto
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Com informações de José Roberto Ribeiro