Pablo Muribeca: Saúde mental como prioridade máxima | 30/9

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Saúde mental como prioridade máxima

Saúde mental como prioridade máxima

Por Pablo Muribeca (*) | Professor de Educação Física

muribeca_ales-2-1.jpg 6 de setembro de 2023 28 KB
pablo muribeca

 

Que atenção tem sido dada à saúde mental pelo poder púbico? O SUS é o grande trunfo do Brasil para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

É preciso falar de saúde mental e introduzir, de fato, o assunto na sociedade e nas políticas públicas para que ocorram resultados efetivos . O recente episódio do falecimento da jogadora de vôlei Walewska, cuja morte traz indícios de suicídio em pleno Setembro Amarelo, traz novamente à tona a pergunta: qual a atenção tem sido dada à saúde mental?

Sempre que ocorre um suicídio aflora o sentimento de humanidade e são feitos questionamentos tardios como: o que ela/ele sentia naquele momento? A vida parecia correr normalmente, por que se chegou a tal ponto?

A saúde mental merece maior atenção, até para se atenuar estigmas de um dos maiores males de todos os tempos e que pode acometer qualquer um, independente de cor, religião, origem, classe social ou outra diferença.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2019 quase um bilhão de pessoas viviam com um transtorno mental, sendo 14% de adolescentes e, pior, 58% dos suicídios ocorreram antes dos 50 anos de idade!

No atual modelo de gestão, só uma pequena minoria obtém o tratamento minimamente básico – estima-se que em países pobres não passe de 12%, dados da OMS.

A estrutura de apoio à saúde mental como prioridade máxima não chega nem perto da preocupação com a saúde física, deixando o fardo da depressão, da melancolia, da ansiedade, dentre outras, para ser carregado pelos pacientes.

Só no primeiro ano de pandemia, os casos de depressão e de ansiedade aumentaram em 25%. Em países ricos o tratamento minimamente adequado chega a apenas 1/3 dos pacientes.

O SUS é o grande trunfo do Brasil para melhorar a qualidade de vida das pessoas. O Programa Estratégia de Saúde da Família tem sua origem em 1994 e visou reverter a ideia do modelo assistencial vigente que predomina no atendimento emergencial em grandes hospitais, transferindo a porta de entrada para a Atenção Básica, enfatizando também o desenvolvimento de ações preventivas.

Apesar do brilhantismo, é comum nos municípios a desatenção, a falta de profissionais, de medicamentos e, por óbvio, a falta de gestão e de investimentos adequados.

Na Serra, o meu município, por exemplo, há um 1 psicólogo para cada 12 mil habitantes e eles recebem em torno de três salários mínimos brutos somente.

É preciso um moderno plano de ação para a saúde mental como prioridade máxima, que a eleve à prioridade permanente de gestão, para a reconquista da dignidade e promoção de direitos básicos não só para o paciente, mas também para o grupo familiar que sofre junto.

Como ponto positivo, todos os 194 Estados Membros da ONU assinaram o Plano de Ação Integral em Saúde Mental 2013-2030.

As ações a serem promovidas e as metas a serem alcançadas precisam focar no uso racional de medicamentos, notadamente, os benzodiazepínicos;

– na criação de espaços para discussão em grupo (com ética, profissionalismo e respeito);

– na integração da família, escola e comunidade para fortalecer o sentimento de amparo e diminuição de preconceitos;

– no aperfeiçoamento dos profissionais da educação e nas ofertas de oficinas e de espaços de lazer;

– na contratação de psicólogos e de psiquiatras, além de parcerias com comunidades terapêuticas e religiosas;

– no treinamento dos Agentes Comunitários de Saúde, porta de entrada do SUS.

Só assim, de fato, a saúde mental como prioridade máxima será alçada ao patamar da melhor gestão pública (Pablo Muribeca).

Pablo Muribeca é Professor de Educação Física e Deputado Estadual do Espírito Santo

Saúde mental como prioridade máxima

Edição, Don Oleari – [email protected]

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Don Oleari - Editor Chefão

Radialista, Jornalista, Publicitário.
Don Oleari Corporeitcham