Será que dá?
Do gabinete para para o contato com as pessoas dos becos e avenidas. Será que dá?
Edilson Lucas do Amaral |
Uma nova análise da política atual do ES
Entre os becos apertados e as largas avenidas de Vitória, dança uma nova melodia política. Um eco de mudança ressoa, uma metamorfose desenhada pelas atitudes do prefeito Lorenzo Pazolini.
Este homem, outrora confinado aos limites do gabinete, agora se desdobra pelas ruas da cidade, irradiando um sorriso franco e uma disposição incansável para ser imortalizado nas fotografias dos mais distantes habitantes.
Sua presença onipresente nas redes sociais, palco de proclamações sobre feitos administrativos, cria uma aura de invencibilidade em torno do prefeito. Até mesmo os eleitores menos afeitos a ideais conservadores parecem render-se à sua aparente supremacia.
Mesmo os potenciais oponentes, como João Coser do PT, patrocinado por Lula, e a ala representada por Camila Valadão do Psol, vislumbram com resignação a possibilidade de enfrentar uma batalha eleitoral desigual diante do poderio comunicativo e das conquistas visíveis do atual prefeito.
Entretanto, por detrás dessa cortina de realizações alardeadas, há um aspecto que escapa à superfície. A verdade reside na consciência de que a decisão eleitoral em Vitória não repousa nos anúncios de obras concluídas ou futuras. Ela é moldada por uma classe de eleitores, menos visível, mas de densidade significativa, cujo foco transcende o cotidiano de uma cidade já acostumada a determinados padrões há décadas.
Essa parcela, representada por aqueles com nível superior de educação, está interessada não apenas no presente, mas nas projeções para o futuro. O que importa são os projetos impactantes para a cidade nos próximos anos: mudanças efetivas no meio ambiente, o impulso da economia, o florescer do turismo e as inovações que possam transformar a face de Vitória.
A ilusão de que as lideranças das áreas menos favorecidas decidirão a eleição é justamente isso: uma ilusão. Esses eleitores muitas vezes são cooptados por interesses pessoais, transformados em peças de uma engrenagem onde a conquista coletiva cede lugar à vantagem individual.
É um retrato lamentável, mas é a realidade do eleitorado, um espelho que reflete não só a realidade de Vitória, mas do Brasil como um todo.
Enquanto Lula desembarca na capital para guiar seu candidato João Coser e a ala conservadora se agita com o Capitão Assumção do PL, há também o surgimento de figuras como Luiz Paulo Vellozo Lucas do PSDB, crescendo no nicho do governo estadual, com sua presença marcante nas ruas, tecendo laços através de abraços e sorrisos.
No emaranhado político, nas intrigas eleitorais, ecoam as palavras imortais de Chico Buarque: “O que será, que será?” É uma incógnita, um enigma que só o tempo desvendará nos capítulos seguintes da história política de Vitória, mas fica a dica! (Edilson Lucas do Amaral).
Será que dá?
Edição, Don Oleari – [email protected] –
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