A bolsa ou o dólar
Coluna
Fechamento de mercado |
Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank
O Ibovespa hoje (19) apresentou oscilações recentes, destacando-se o desempenho positivo impulsionado pelo cenário internacional e a MGLU3, enquanto PETR4 e VALE3 registraram quedas.
No dia do vencimento de opções sobre ações, o Ibovespa retomou os 127 mil pontos. A volatilidade na bolsa parece ser influenciada por fatores externos, destacando a importância de monitorar eventos globais.
No que diz respeito ao IPCA, houve uma revisão para baixo nas projeções para 2024, passando de 3,90% para 3,87%, indicando uma expectativa de menor pressão inflacionária alinhada à meta do Banco Central de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. As estimativas para 2025 e 2026 permaneceram estáveis em 3,50%.
Quanto ao câmbio, a projeção para o dólar ao final de 2024 foi revisada para baixo, de R$ 5 para R$ 4,95, sugerindo uma expectativa de valorização do Real. Para 2025, a projeção permaneceu em R$ 5.
A previsão mediana para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024 se manteve em 1,59%, após um aumento nas projeções na semana anterior.
As expectativas para 2025 também permaneceram em torno de 2%, refletindo uma visão consistente em relação ao crescimento econômico no próximo ano.
Quanto à taxa básica de juros (Selic), as projeções mantiveram-se em 9 % para o final de 2024. Para 2025 e 2026, mantiveram-se em 8,50%.
Esses números indicam uma perspectiva de manutenção da política monetária em níveis mais baixos, como confirmado na última reunião do Copom em 2023, quando a Selic foi reduzida de 12,25% para 11,75%.
A bolsa ou o dólar
Câmbio
O dólar estava a caminho de subir pela segunda semana consecutiva nesta sexta-feira (19), já que os sinais de resistência da economia dos Estados Unidos e rigidez dos bancos centrais fizeram com que o mercado reduzisse a expectativa de quedas rápidas e acentuadas nas taxas de juros.
A mensagem clara proveniente dos indicadores de atividade nos Estados Unidos e as declarações incisivas dos banqueiros centrais destacam que os mercados estão precificando, de maneira notavelmente agressiva, os cortes nas taxas para 2024, abrangendo tanto a dimensão temporal quanto a magnitude.
Um novo episódio de instabilidade nos mercados financeiros e imobiliários chineses resultou na retomada da força do dólar. Já o euro, se manteve nessa mesma faixa.
O mercado agora espera que o Fed faça cortes de 140 pontos-base nas taxas de juros este ano, abaixo dos 165 pontos-base estimados na semana anterior. Ainda entende-se uma chance de mais de 50% de que o primeiro corte ocorra em março, em comparação com 77% de uma semana atrás.
Luiz Felipe Bazzo é CEO do transferbank, uma das 15 maiores soluções de câmbio do Brasil. O executivo também já trabalhou em multinacionais como Volvo Group e BHS. Além disso, criou startups de diferentes iniciativas e mercados tendo atuado no Founder Institute, incubadora de empresas americanas com sede no Vale do Silício.
O executivo morou e estudou na Noruega e México e formou-se em administração de empresas pela FAE Centro Universitário, de Curitiba (PR), e pós-graduado em finanças empresariais pela Universidade Positivo.
A bolsa ou o dólar
Edição, Don Oleari – [email protected] –
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