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Alexandre Caetano | No relógio do apocalipse nuclear, faltam agora 3 minutos

Apocalipse Nuclear

Apocalipse Nuclear

ARTIGO |

Por Alexandre Caetano

Alexandre-Caetano-2-1-270x300-1.jpeg 20 de outubro de 2023 14 KB
Alexandre Caetano, jornalista e professor

 

O cinismo do governo Joe Biden e dos seus “aliados” imperialistas do bloco ocidental não tem limites. O governo sionista de Israel ignora todas as resoluções da ONU, as convenções e tratados internacionais que regulam as relação entre os diversos povos e nações que configuram o mapa do planeta nos dias atuais.

Com uma agressividade muito maior e de forma mais escandalosa do que fizeram Benito Mussolini e Adolf Hitler no período que antecedeu à deflagração da Segunda Guerra Mundial e a falência da antiga Sociedade das Nações, com sede em Genebra, na Suíça.

São ações e episódios devidamente documentados, que se repetem há décadas, sem que nada aconteça, Israel permanece impune, enquanto as vítimas da impostura e truculência dos diversos primeiros-ministros que passaram pelo governo israelense agissem como bem entendessem, ignorando apelos e decisões que nunca passaram da retórica verbal e de resoluções inócuas dos organismos internacionais.

A situação chegou agora ao limite da barbárie quando o governo sionista é chefiado por um verdadeiro fascista com tendências genocidas como é o caso do Benjamin Netanyahu.

Eu diria que a ação do presidente estadunidense, Joe Biden, e de seus vassalos do bloco imperialista ocidental (União Europeia, Grã Bretanha, Canadá e Austrália), se tornam criminosas se comparadas à tão historicamente criticada Política de Apaziguamento, adotada pelos então primeiros-ministros dos governos da Grã-Bretanha e França, Neville Chamberlain e Édouard Daladier.

chamberlain-e-daladier.jpg 6 de maio de 2024 21 KBA Política de Apaziguamento culminou com a Conferência de Munique, em setembro de 1938, assinada por seus governos, que cederam às exigências de Hitler para ocupação dos territórios dos Sudetos da antiga Tchecoslováquia.

Todos sabem que Chamberlain e Daladier (foto) nutriam uma dissimulada admiração pela agressiva política anticomunista de Hitler e viam a antiga União Soviética (URSS) como uma ameaça muito maior do que a da Alemanha nazista ou da Itália fascista.

Chamberlain e Daladier costumam ser impiedosamente julgados no Tribunal da história e, com exceção de setores que, décadas posteriores, numa interpretação meio tortuosa dos fatos, sustentam que eles agiram assim porque seus países não estavam em condições preparados militarmente para enfrentar as forças militares alemãs naquele momento.

Não há nenhuma novidade que, naqueles tempos, setores das burguesias imperialistas da França, Grã-Bretanha e dos Estados Unidos (USA) nutriam forte simpatia pelo nazismo.

Muitas empresas desses países, como a IBM estadunidense, chegaram a colaborar com o governo de Adolf Hitler. Henry Ford era um admirador declarado do líder alemão. o ex-rei britânico, Eduardo VI, que havia abdicado do trono do Reino Unido para se casar com uma plebeia, chegou a visitar Berlim e se encontrar com Hitler.

Todos eles podem ser julgados por omissão e conivência, mas nenhum deles pela cumplicidade ativa do imperialismo estadunidense e seus aliados ocidentais, que continuam despejando bilhões de dólares em armas para que Israel continue massacrando o povo palestino na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada e ignorando as resoluções da ONU e os tratados internacional, ao mesmo tempo que ainda, cinicamente, condenam e impõe sanções aos países que são alvos das agressões ilegais do Estado de Israel como Líbano, Síria e Irã.

A ocupação ilegal de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, foi uma ação alegadamente “preventiva” das forças de Israel, condenadas até hoje pela ONU, mas que nunca resultaram em qualquer sanção contra o Estado sionista.

Outras resoluções das Nações Unidas condenaram a construção de colônias sionistas do território ocupado, que não só são incentivadas pelo governo de extrema-direita de Netanyahu, como se multiplicaram por 10 nos últimos anos.

São colônias construídas com apoio governamental e cuja maioria dos ocupantes são sionistas de extrema-direita, que andam armados até os dentes e são violentamente hostis aos palestinos.

Desde os inícios dos conflitos na Faixa de Gaza, provocados pelos ataques terrorista do Hamas, os moradores das colônias ilegais existentes na Cisjordânia, frequentemente com apoio das forças militares israelense, já mataram mais de 500 palestinos, numa região em que o grupo fundamentalista islâmico tinha pouca influência política até pouco tempo.

Palestinos são caçados e mortos por colonos armados com modernos fuzis e metralhadores, uma atitude que muito faz lembrar a ação das milícias da SA e das SS nazistas na Alemanha depois da ascensão de Hitler ao poder, em fevereiro de 1933.

A Faixa de Gaza está sendo reduzida a escombros, com o bombardeio ininterrupto da região pelas forças de Israel, que não poupa a população civil, nem escolas, mesquitas, igrejas ortodoxas, hospitais e prédios residenciais.

Mais de 50 mil palestinos já foram oficialmente mortos na região, um número que pode ser ainda maior, já que existem áreas em que até hoje não se pode fazer o recolhimento dos corpos, sem o risco de ser atingido por tiros e bombas israelenses.

Israel não só ignora a resolução da ONU que pede o cessar fogo imediato na região, mas também a decisão do Tribunal Internacional de Haia, sobre a necessidade de preservação da vida de civis.

Centenas de jornalistas, médicos e funcionários da ONU foram deliberadamente mortos pelos bombardeios israelenses, cujos militares já foram flagrados abrindo fogo contra civis desarmados e famintos no momento de distribuição de alimentos.

A ONU e Organizações Não Governamentais (Ong´s) internacionais já denunciaram centenas de vezes, não só o bombardeio indiscriminados contra hospitais e populações civis, mas também os bloqueios e as dificuldades impostas por Israel para o envio de ajuda humanitária aos palestinos sitiados em Gaza, numa situação que faz com que a destruição do Gueto de Varsóvia, em 1943, e, mas tarde, o próprio bombardeio criminoso da capital polonesa pelos nazistas, diante da aproximação do Exercito Vermelho durante a Segunda Guerra, pareçam até fichinha.

Ignorando a Carta das Nações Unidas e todas convenções internacionais que tratam sobre o respeito à soberania e das fronteiras dos países signatários, Israel viola a soberania do Líbano e Síria para atacar alvos de seus inimigos militares, sem nunca prestar constas sobre tais ataques e qualquer atitude por parte do presidente estadunidense Joe Biden e seus vassalos imperialistas.

Num ataque sem precedentes desde que foi assinada a Convenção de Viena, em 1961, Israel conseguiu fazer pior do que o Equador fez ao invadir a embaixada do México em Quito, capital equatoriana, para prender um ex-vice-presidente do país.

As forças israelenses bombardearam a representação diplomática de um país (o Irã) violando a soberania e o espaço aéreo de outro (Síria).

Já havia violado a soberania do Líbano para destruir um andar inteiro de um prédio de Beirute, capital de um país soberano, o Líbano, com objetivo de matar supostos comandantes do Hamas.

Mais do que isso, nos bombardeios no sul do Líbano contra as forças do grupo xiita Hezbollah, que é uma organização legal de um Estado soberano, as forças de Israel usaram bombas de fósforo, o que é mais uma violação das convenções dos tratados e convenções internacionais que tratam do uso de armas químicas.

Como na retaliação aos ataques feitos com drones e foguetes pelo Irã, como resposta ao ilegal bombardeio de sua embaixada em Damasco, na Síria, todos devidamente neutralizados e derrubados pela poderosa proteção contra ataques desse tipo chamada de Domo de Ferro, financiada e bancada pelos USA e seus aliados, bem como por aviões  estadunidenses e britânicos.

Sem causar maiores danos ao seu território, o governo genocida de Benjamin Netanyahu anunciou que lançou mísseis contra o território iraniano, que não tem nenhum tipo de proteção semelhante.

Não fosse o bastante as várias e criminosas ações que já relatei, estimasse que Israel possua um arsenal atômico com pelo menos 50 ogivas nucleares, ao qual não permitiram nunca nenhum acesso ou fiscalização da agência internacional criada para o controle de instalações e armamentos nucleares.

Nunca foi punido por causa disso. Mas os USA e seus aliados impuseram sanções econômicas contra o Irã pela suspeita de que estão desenvolvendo o enriquecimento de urânio para a fabricação de bombas atômicas.

A Coréia do Norte, que também não permite a fiscalização de sua instalações atômicas, mas cujo arsenal de armas atômicas é estimativamente menor do que o israelense, há década é alvo de duras sanções dos USA e de seus aliados ocidentais.

Para quem não se lembra, em 1982, violando o espaço aéreo do Líbano, Síria e Turquia, jatos israelenses bombardearam e destruíram uma usina nuclear que estava em construção no Iraque, na época governado por Saddam Hussein. Nenhuma sanção sofreram por terem rasgado a Carta das Nações Unidas.

Se fossemos nos alongar sobre os crimes e todas as vezes que Israel desrespeitou, violou e rasgou a Carta das Nações Unidas e de tratados e convenções internacionais, teríamos que escrever páginas e mais paginas para cobrir todos os episódios, inclui assassinatos e atentados terroristas cometidos pelo Mossad, serviço secreto israelense, em outros países.

 Joe-Biden.jpg 6 de maio de 2024 15 KBIsrael ataca uma instalação diplomática do Irã violando a soberania de outro país. Reação de Joe Biden e seus aliados? Nenhuma.

Em resposta, o Irã lança drones que levaram nove horas para chegar em Israel e foguetes de cruzeiro obsoletos, que demoravam três horas para chegar lá, quase todos neutralizados antes mesmo de chegar ao território israelense.

Resposta de Joe Biden e seus vassalos? Sanções contra os iranianos e aumento da já bilionária “ajuda” militar ao governo genocida de Benjamin Netanyahu.

Agora, em retaliação ao ataque de um país que teve sua soberania violada primeiro, Israel lança misseis sobre o Irã, novamente ignorando e violando o espaço aéreo de outros países soberanos.

Alguém espera que agora vai haver alguma “ação firme” de Joe Biden ou de algum governo imperialista ocidental para deter a matança de palestinos pelo governo Netanyahu e a destruição criminosa de Gaza ou a ilegal ocupação por colonos sionistas de extrema-direita na Cisjordânia ocupada?  É claro que não.

Joe Biden e os chefes dos governos de Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália,m Suécia, Dinamarca, Grã-Bretanha, Canadá e Austrália, entre outros vassalos da Casa Branca, têm  as mãos sujas de sangue palestino, persa, árabes e dos demais povos que foram vítimas do militarismo extremista da Benjamin Netanyahu.

São cúmplices do genocídio e da escalada militar que estão em curso no Oriente Médio e que pode mergulhar o planeta numa catástrofe nuclear.

Então quem são os insanos que a mídia imperialista costuma frequentemente demonizar em seus veículos: Kim Jong-Um, o líder norte-coreano? Ali Khamenei, o líder religioso do Irã? Vladimir Putin, o autocrata russo?

A persistir ao rápido caminho para o abismo em que todos estamos sendo levados, seja por omissão ou cumplicidade dos líderes imperialistas ocidentais, se houve um futuro para o planeta, Neville Chamberlain e Édouard Daladier talvez ocupem um outro plano em sua responsabilidade por ter permitido que a humanidade mergulhasse numa barbárie, diante do que fazem Joe Biden e seus vassalos (Alexandre Caetano).

Alexandre Caetano é jornalista, professor, pesquisador

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Don Oleari - Editor Chefão

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Radialista, Jornalista, Publicitário.
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