Assumção quer tirar Pazolini
Assumção quer tirar Pazolini por detectar supostamente movimentação do prefeito para tirá-lo da sucessão municipal em Vitória.
Coluna
Pano de Fundo | política, bastidores
Edilson Lucas do Amaral
No cenário político conturbado de uma cidade como Vitória, onde os embates ideológicos se entrelaçam com as estratégias de poder, uma figura emerge como protagonista de uma trama cheia de reviravoltas e confrontos.
Tudo teve início em um modesto departamento policial, onde um jovem delegado, determinado e combativo, lançou-se fervorosamente na luta contra a pedofilia.
Seu nome? Lorenzo Pazolini.
Ainda na juventude, o delegado coligou-se com Magno Malta, conhecido por sua notória atuação política contra a pedofilia, inclusive liderando CPIs de repercussão nacional sobre o tema. Essa exposição catapultou a carreira do jovem, que foi eleito deputado estadual com uma votação expressiva, erguendo seu nome no cenário político como uma promessa em ascensão.
Em um dos seus primeiros atos na Assembleia Legislativa, Pazolini conferiu à ministra Damares Alves a Comenda da Ordem do Mérito Domingos Martins (grau Grã-Cruz), a mais alta honraria da Casa. Tais gestos não passaram despercebidos, chamando a atenção de Roberto Carneiro, hábil articulador político e vencedor de eleições, que logo vislumbrou o potencial de Lorenzo. Assim, instigou-o a filiar-se ao partido republicano e disputar a eleição municipal, partido de linha conservadora.
Essas movimentações políticas não foram sem repercussões. O atual prefeito, buscando o apoio do eleitorado conservador. Porém, adotou uma postura discreta em relação a figuras nacionais como Bolsonaro e o Partido Liberal, não se posicionando de forma clara e expondo-se menos durante as eleições.
Diante dessa aparente neutralidade, surge um novo contender: o Capitão Assunção, que, em seu discurso inflamado na Assembleia Legislativa, acusou o atual prefeito de utilizar militância paga para atacar sua honra e a moral, visando afastá-lo das próximas eleições municipais. Pela primeira vez, um representante do PL, partido de Bolsonaro, posicionou-se contra Pazolini, rotulando-o de “isentão” e chamando o prefeito de “moleque”.
Isentão
Esse embate político revela fissuras e alianças em um eleitorado dividido entre diferentes ideologias e interesses. O Capitão Assunção, ao adotar uma retórica bolsonarista e confrontadora, busca deslocar Pazolini da ala dos apoiadores do presidente, colocando-o como alguém sem um posicionamento claro, um “isentão”.
Assim, as eleições se desenham como um jogo complexo, onde as estratégias e alianças moldam o cenário político. As palavras incisivas do Capitão Assunção ecoam como um desafio para todos os envolvidos: em meio à polarização, é necessário escolher um lado e definir os rumos do futuro político da cidade.
Como diz a banda Rebanhão em uma de suas músicas:
“Não se acende a luz do Sol com a ponta de um cigarro, um baseado, coisa assim… de que lado você está, de que lado você quer ficar?” Este é o duro recado que ecoa nas entrelinhas desse embate político em Vitória (Edilson Lucas do Amaral).
NEC = Nota do Editor Chefão, Don Oeari – Temos o vídeo com as afirmações do deputado Capitão Assumção, não postado ao longo do comentário por questões técnicas infernéticas (Don Oleari).
Assumção quer tirar Pazolini
Edição, Don Oleari – [email protected] –
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