Balão do Fla sobe

No ritmo das festas dos três santos –  Antonio, João e Pedro – os quatro nada santos times cariocas dançam no ritmo da sanfona: um lá em cima, o Fla, e o outro lá em baixo, o Flu.

Neste pau de sebo junino, o Fluminense está na posição mais baixa, é o lanterna e segue assim com a derrota para o Grêmio no final de semana.

A vitória dos gaúchos por 1 a 0 foi até pouco, pois o goleiro tricolor carioca Fábio foi um dos melhores em campo.

Mas Martinelli, Diogo Barbosa, Samuel Xavier e demais se queimaram na fogueira junina do Flu. Já Marcelo saiu contundido, o que acabou sendo bom para o Nense, que se livra dele.

Mas nem tudo é tão ruim que não possa piorar: a diretoria do atual campeão da América anuncia o novo técnico, Manu Menezes, e a torcida espera.

Por sua vez, a batata do Vasco assa.

Empatou em um a um com o Botafogo no fim de semana. Como o Vasco só tinha meia na rouparia e descobriu um meia na suabas e, o Estrella, a coisa ia melhorando.

Mas a estrela apagou: o jogador de nome reluzente machucou o joelho e fica fora por um bom tempo. Em seu lugar entrou o vagalume Payet, que acende e apaga. A batata vascaína ia assando quando Vegetti, sempre ele, fez um gol de cabeça no finzinho da partida.

Na quadrilha junina vascaína, tem casamento junino com visita: Felipe Coutinho, para ver se sai da dança perto da zona de cair para a segundona, é claro. Em campo, tratando-se de entrosamento, o time foi todo um descompasso, com o Botafogo bem melhor. O empate teve sabor de “quentão” com um time de futebol bem frio.

O Botafogo tinha tudo para ver seu balão subir. Jogando bem melhor que o Vasco, fez seu gol com Bastos, mas cedeu ao empate no fim, como uma chuva na fogueira.

Com Tiquinho mal, Eduardo cantava o jogo no meio de campo, perante um Vasco bem recuado em sua própria casa. Mas o ritmo da dança junina melhorou com Júnior Santos, fazendo a defesa vascaína dançar com um gol de cabeça. Como se diz em um termo francês dito por Napoleão, o Botafogo está na base do “alavantuuuuuu”, que quer dizer avançar.

O balão do Flamengo sobe cada vez mais.

Pegou o Cruzeiro e sapecou na fogueira um 3 a 1 impecável.

O marcador desta quadrilha junina, é claro, foi Gerson, que usando bem as forças de seus braços, afastou seus adversários e dominou o meio de campo. A Lei do Ex se fez valer com Fabrício Bruno em gol de cabeça.

Tite, o treinador, pediu paciência para Lorran entrar na dança; o garoto errou e a torcida vaiou. Pedro mostrou que, com seu faro de artilheiro, deveria estar na seleção da CBF.

Gabigol ficou fora e deve ir dançar em outra quadrilha: de Minas, o Cruzeiro, ou de São Paulo, o Corinthians, ou ainda o Santos, seu ex-time. A torcida gritou no final: “Não siga o líder, fiquem loooooonnngeeeeee!”

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