Botão
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Coluna FUTEBOL DE BOTÃO
José Augusto dos Anjos Araujo
Raros são os brasileiros que nunca tenham pelo menos ouvido falar no jogo de botão, aquele mini futebol jogado numa mesa, que as crianças de hoje praticamente desconhecem, fascinadas pelo conforto (?) dos jogos eletrônicos.
No livro que escrevi sobre o assunto estão descritas todas as possíveis origens do esporte, mas a conclusão é apenas uma: ninguém pode afirmar com certeza nem mesmo em qual país foi criado, embora a maioria julgue que tudo começou mesmo no Brasil.
Não há literatura específica, nem documentos históricos e, tampouco, é possível precisar em que época teria sido iniciada a prática do futebol de mesa.
Certamente isto pode ter acontecido após a introdução do futebol no Brasil por Charles Miller, em 1894.
Não sabemos em que local e data foi disputada a primeira partida, quantos botões foram utilizados, de que tamanho era a mesa, de que formato era a bola, nem o tipo de regra utilizada.
Não seria errado supor que o jogo de botões, atualmente transformado e regulamentado nacionalmente no esporte Futebol de Mesa, originou-se como imagino e descrevo a seguir.
Um dia, um garoto qualquer, por não poder jogar futebol na rua, resolveu improvisar uma atividade e transformar os botões das roupas de sua mãe em grandes craques e, para isso, numa mesa, fez os contornos de um campo, juntou um par de balizas, dez botões de cada lado e dois paralelogramos que serviriam de goleiros, e decidiu reconstituir uma partida de futebol.
Estava, assim, inventada mais uma modalidade esportiva, um verdadeiro futebol em miniatura.
O que se sabe é que os primeiros jogos aconteceram nas primeiras décadas do século passado e, o interessante é que, tudo começou a acontecer ao mesmo tempo, em vários lugares diferentes, como na teoria defendida por Aristóteles, numa verdadeira “abiogênese” ou “geração espontânea”.
Também é sabido que as primeiras cidades, onde o jogo começou a ser praticado, eram todas capitais e costeiras, donde é fácil deduzir-se que, provavelmente, num mundo onde ainda não existiam carros e aviões, foram marinheiros os responsáveis pela sua divulgação, assim como ocorreu com o próprio futebol.
A Resolução
Através da Resolução N.º 14, de 29 de setembro de 1988, acatando ao Of. N.º 542/88 e ao Processo N.º 23005.000885/87-18, baseado na Lei N.º 6.251, de 8 de outubro de 1975 e no Decreto N.º 80.228, de 25 de agosto de 1977, assinada pelo seu então Conselheiro-Presidente Manoel José Gomes Tubino, o CND (Conselho Nacional de Desportos) reconhece o Futebol de Mesa como modalidade desportiva praticada no Brasil, como uma vertente dos esportes de salão, no qual se incluem o xadrez e o bilhar, por exemplo.
O Futebol de Mesa é praticado oficialmente em sete modalidades oficiais:
– quatro nacionais – Disco, Bola 12 Toques, Bola 3 Toques e Dadinho;
– três internacionais – Sectorball, Subbuteo e Futebol Chapas;
– regras experimentais, dentre as quais temos a Pastilha, a Regra Gaúcha e a Regra Paraibana.
O Mais Nobre dos Esportes
José Roberto Torero
O homem mais rico do mundo decidiu saber qual era o esporte mais nobre do mundo. Para isso mandou chamar três sábios de três partes diferentes do mundo. Um da China, porque a China é o berço da Sabedoria, outro da França, por ser o berço da Ciência, e outro dos Estados Unidos, que não é berço de coisa nenhuma, mas ganham muitas medalhas nas Olimpíadas. Kkk
Logo que os três chegaram na casa do homem mais rico do mundo, este lhes perguntou: Senhores, quero que me digam qual o esporte mais nobre do mundo. Aquele que me convencer receberá um milhão de dólares.
O chinês disse:
“Honorável senhor, em todos os esportes há nobreza, mas em nenhum outro há mais do que no xadrez. Ele é um jogo de estratégias e inteligências, onde mais conta o cérebro do que qualquer outra coisa. O xadrez é o esporte do intelecto”.
Depois, satisfeito com suas próprias palavras, sentou-se e tomou seu chá.
Então o francês falou:
“Monsieur, nenhum esporte se compara à esgrima. Na esgrima treinamos pontaria e rapidez, defesa e ataque, reflexos e precisão. … um esporte em que todo o corpo é necessário, e por isso e o esporte da habilidade física”.
Depois, satisfeito com suas palavras, sentou e tomou seu vinho.
Então o norte-americano rosnou:
“Mister, o xadrez e a esgrima são Okeis, mas o mais nobre dos esportes é o poker. Ele exige dissimulação e farsa, psicologia e trama. … um esporte que não se joga apenas com o corpo e o cérebro, mas também com a alma. … o esporte do controle emocional”.
Depois, satisfeito, sentou e tomou seu uísque.
O homem mais rico do mundo pediu então algum tempo para pensar sobre aqueles profundos arrazoamentos, e, como pensar dá fome, pediu uma pizza pelo telefone.
Quando o entregador chegou com as pizzas, o homem mais rico do mundo, só por brincadeira, resolveu lhe perguntar qual era o esporte mais nobre: o xadrez, a esgrima ou o pôquer.
O entregador não se fez de rogado e disse:
“Esses três esportes são importantes, mas o mais nobre de todos é o futebol de botão”!!!
Os três sábios caíram na gargalhada, mas o entregador permaneceu imperturbável.
Botão
“Vejam, o futebol de botão, é uma síntese do conhecimento humano. Ele necessita de movimentos estratégicos como o xadrez, pede pontaria, reflexos e precisão como a esgrima, e precisa de autodomínio como o pôquer. O futebol de botão, senhores, é o único esporte onde são necessários intelecto, habilidade física e controle emocional. Tudo ao mesmo tempo e em igual proporção”.
Todos ficaram boquiabertos com tais ideias e as aplaudiram com entusiasmo. Com isso, o homem mais rico do mundo ficou tão satisfeito com a resposta que não deu apenas um milhão ao entregador, deu Dez milhões (TORERO, 1998).
Torero. Quem é quem?
A fábula. Torero é o autor da referência. José Roberto Torero, autor de mais de 60 livros, entre eles “O Chalaça”; Kubno e Velva – Dois Alienígenas Verdes Tentam Entender o Planeta Azul; e Papis et Circenses.
Escreveu para a revista Placar e foi colunista de esportes do Folhão. Trabalhou como roterista no famoso filme “Pelé Eterno”. Tem 60 anos de idade e nasceu em Santos.
Futebolisticamente é referência pelas seguintes obras:
Zé cabala e outros filósofos do futebol; Uma história de futebol; Santos, um time dos céus (com Marcus Aurelius Pimenta); Futebol é bom pra cachorro (com Marcus Aurelius Pimenta); Os cabeças-de-bagre também merecem o paraíso; Pelé 70; Copa do mundo; Figurinhas e figurões (com Marcus Aurelius Pimenta); Futebologia (digital) – até aqui. … livro interessante: Ira – Xadrez, truco e outras guerras.
Botão
Edição, Don Oleari – [email protected] –
https://www.facebook.com/oswaldo.oleariouoleare – https://twitter.com/donoleari
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