Circo
Coluna AQUI VILA VELHA
Don Oleari
“Vai, vai, vai começar a brincadeira.
Tem charanga tocando a noite inteira.
Vem, vem, vem ver o circo de verdade.
Tem, tem, tem picadeiro e qualidade…”
Música presente no imaginário de muitas gerações e que tiveram a oportunidade de frequentar as lonas coloridas que abrigavam há muito, muito tempo, acrobatas, mágicos, palhaços e animais ensinados (esses, hoje cada vez mais raros devido à legislação de proteção aos animais, em mais de 12 estados) que servem de diversão para crianças e adultos.
No dia 27 de março comemoramos o Dia do Circo no Brasil, em homenagem ao palhaço brasileiro Piolin, que nasceu nessa data, no ano de 1897, na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo.
O Dia Internacional do Circo é comemorado no dia 15 de março.
Pão e Circo
Na Grécia antiga, havia corridas de bigas. No Egito, ficaram famosos os domadores de leões. Já na China surgiram os contorcionistas. Mas, foram os antigos romanos, habitantes de Roma, Itália, que uniram todos esses números num espetáculo maior: o Circo. E para explicar que todo o povo precisa de alimento e diversão, os romanos criaram a famosa expressão “panem et circenses”, original em Latim “Pão e Circo”.
Durante o período da República a situação social em Roma era tensa, e para conter os distúrbios sociais o Estado romano criou a política do Pão com distribuição gratuita de trigo ou preços baixos para parte da população pobre, oferecendo, ao mesmo tempo, atividades de lazer gratuitas no que se refere ao Circo.
Voltemos aos tempos de hoje, ao colorido das lonas circenses, suas tradições e dificuldades. Uma arte muito importante que chegou no Brasil por volta de 1830, há quase dois séculos, se adaptando às condições tropicais, tornando-se uma das mais importantes manifestações das artes cênicas, por meio das famílias inicialmente vindas da Europa e hoje miscigenadas de brasilidade, cumprindo papel social importante de transmissão dessa arte por gerações.
Aqui no Espirito Santo temos circos fixos e itinerantes, de portes médios e pequenos, tendo sido muito difícil sobreviver durante a pandemia, dificuldades que felizmente estão sendo vencidas com muita dedicação, características das famílias circenses.
O Circo é também uma forma de educação, permitindo com que novas pessoas tenham contato e se desenvolvam com essa cultura milenar, oportunizando momentos prazerosos com surpresas e brincadeiras. Explorando o movimento com o corpo, com linguagem musical, plástica e oral, despertando principalmente nas crianças o gosto pela arte e pela música.
A Prefeitura Municipal de Vila Velha/ES reservou os dias 28 e 29 próximos, das 13 às 21 horas, oferecendo gratuitamente à toda população e, principalmente, às escolas, espetáculos de circo, teatro, cinema, atividades pedagógicas recreativas e teatro de mamulengos, com uma trupe de 30 artistas no Parque da Prainha, através do projeto itinerante nacional Abaré in Concert-Em cena Brasil. .
Venham todos, o Circo chegou!
Manoel Goes é escritor, gestor cultural e diretor do IHGES.
Programação:
Terça (28):
16h – A Fanfarra do Boi Bumbá – Teatro para crianças
17h – Atividades recreativas
18h – As Pelejas de Benedito com Boi Surubim na Fazenda do Coronel Libório – Teatro de mamulengo
19h – Cine Curta Brasil
20h – Solagasta – circo
Quarta (29):
16h – Antes que o Galo Cante – teatro para crianças
17h – Atividades recreativas
18h – Amigos da Natureza – Contação de histórias
19h – Convidado local
20h – Ariano: O Cavaleiro Sertanejo – Teatro para adultos
Serviço:
Abaré In Concert – Emcena Brasil
Data: Terça (28) e quarta (29), 16 às 21h
Local: Parque da Prainha, Vila Velha/ES
Entrada: gratuita