Cultura em Disputa: Diálogo ou Ruptura?

Compartilhe:

Cultura
pano-de-fundo.jpeg
pano de fundo | política, bastidores

Cultura

Vereadores querem a cabeça do secretário de Cultura, Edu Henning

edilson-lucas-do-amaral-outra-pra-assinatura-nova.jpg 11 de janeiro de 2025 15 KB
edilson lucas do amaral

COLUNA PANO DE FUNDO |

POLÍTICA & BASTIDORES

EDILSON LUCAS DO AMARAL

A cidade respira cultura. Das calçadas do Centro Histórico aos becos grafitados da periferia, Vitória pulsa em ritmos diversos, alimentada pelo teatro, pela música, pela dança e pelo cinema.

Mas toda essa vida artística não se sustenta sozinha.

Há muito tempo, os artistas aprenderam que, sem o fomento público, a arte minguaria até restar apenas o eco distante de uma cena que já foi vibrante.

A Secretaria de Cultura de Vitória sempre carregou um peso que transcende seus limites municipais. Foi pioneira em editais, na implementação da Lei Rubem Braga e na criação de projetos que serviram de referência para todo o estado.

Sua atuação a transformou em um ponto de apoio essencial para a classe artística, um símbolo de resistência e incentivo em meio aos desafios cotidianos.

Entretanto, na política, o passado não basta. A dinâmica exige mais que feitos históricos; requer diálogo, jogo de cintura, capacidade de adaptação. E é nesse ponto que os atritos começam.

O atual secretário, Edu Henning, um nome respeitado na cena musical e cultural do ES, é reconhecido por sua objetividade e por um estilo técnico de gestão. Mas, para os vereadores, isso não é suficiente.

Eles querem proximidade, querem ser ouvidos, querem que a cultura esteja presente em suas comunidades. Afinal, cultura também é política, e política se faz com presença e negociação.

Nos corredores da Câmara Municipal, os pedidos para sua substituição se multiplicam.

O vereador Monjardim, escritor e conhecedor dos desafios culturais, é um dos que levantam essa bandeira.

O vereador Armandinho, sempre incisivo, questiona se um abaixo-assinado seria necessário para que a mudança acontecesse.

Outros, mais nostálgicos, lembram a gestão de Luciano Gagno, um tempo em que a cultura parecia mais acessível, mais descentralizada, mais viva.

O debate é legítimo. A cultura precisa estar em todos os bairros, precisa chegar a quem mais precisa. Mas também é preciso reconhecer que gerir uma secretaria não é apenas atender expectativas políticas.

É equilibrar orçamento, lidar com burocracia, garantir que os projetos saiam do papel e cheguem ao público.

Edu Henning pode ser um técnico competente, mas sem diálogo sua gestão se enfraquece. Cultura não se faz atrás de uma mesa; se faz no contato, na troca, na escuta ativa de quem a vive e a transforma diariamente.

Os vereadores clamam por mudanças, a classe artística observa e a cidade aguarda. O que virá a seguir? Se Vitória quer continuar sendo referência, precisa garantir que a cultura não se perca em disputas políticas ou em formalidades engessadas.

No fim, a resposta está no palco, nas ruas, na plateia que espera, ansiosa, que o espetáculo continue.

Cultura

Edição, Don Oleari – [email protected] | https://twitter.com/donoleari

http://www.facebook.com/oswaldo.oleariouoleare –

Instagram do Don Oleari Portal de Notícias

https://www.instagram.com/donolearinoticias/

Vitória recebe 7ª edição do InovaES | Cidades Inteligentes

Cine Queimado abre as portas: Serra agora tem cinema grátis e fora do shopping

Condomínios pedem que moradores evitem gemidos e gritos durante o sexo

Wow Park traz o melhor em trampolins e diversão interativa para Shopping Praia da Costa, Vila Velha/ES

Seleção brasileira continua jogando mal na temporada

Siga nossas redes:

Picture of Don Oleari - Editor Chefão

Don Oleari - Editor Chefão

Radialista, Jornalista, Publicitário.
Don Oleari Corporeitcham