Federações de partidos
Articulações caminham para salvar partidos outrora fortes através das Federações de partidos e os nanicos, sem votos
COLUNA PANO DE FUNDO | POLÍTICA \ BASTIDORES
EDILSON LUCAS DO AMARAL
O cenário político brasileiro é, por excelência, um jogo dinâmico de alianças e reconfigurações.
Nesse contexto, as federações partidárias têm se mostrado ferramentas estratégicas para garantir sobrevida a siglas que outrora figuravam como protagonistas, mas hoje enfrentam dificuldades para manter relevância. O PSDB é um exemplo emblemático.
Partido que liderou o país sob a batuta de Fernando Henrique Cardoso e alicerçou conquistas históricas como o Plano Real, encontra-se atualmente em declínio de representatividade no Congresso Nacional.
A federação com o Cidadania é, para o PSDB, um movimento inicial de rearticulação. Contudo, as ambições são maiores: busca-se integrar partidos de centro-esquerda, como o PDT e o Solidariedade, numa aliança que aspire à robustez parlamentar e autonomia frente às hegemonias partidárias.
No Espírito Santo, essa articulação reverbera de forma peculiar, dada a configuração local e a liderança de Wandinho Leite, presidente estadual do PSDB.
Leite, que trilhou caminhos promissores nas últimas eleições ao lado de Sérgio Vidigal e da cúpula pedetista, enxerga na federação uma oportunidade para consolidar uma base forte.
O Solidariedade, por sua vez, está enfraquecido no estado, reflexo da saída de seu fundador, o ex-deputado federal Manato, que já não compactua com as diretrizes da sigla.
A hipótese de uma federação abrangendo PSDB, PDT, Cidadania e Solidariedade poderia não apenas fortalecer Vidigal, mas também projetá-lo como figura central em disputas eleitorais futuras, possivelmente mirando 2026.
Tal rearranjo, no entanto, não ocorre isolado: no horizonte nacional, as conversas sobre uma federação entre PP e Republicanos ganham fôlego, especialmente com vistas às eleições presidenciais.
Essa união poderia configurar uma força considerável, praticamente certa em seu apoio a um candidato que enfrentará o atual presidente Lula.
No Espírito Santo, essa possível federação gigantesca ressoa nas articulações de lideranças estaduais. Nomes como Erick Musso e Da Vitória despontam como peças-chave no controle partidário.
“Não será fácil quem cederá”, elevando a política capixaba ao centro do debate nacional.
No entanto, a política é, antes de tudo, uma arena de incertezas. Nos bastidores, negociações seguem intensas, alimentando expectativas sobre novos desdobramentos e manobras que podem mudar as regras do jogo.
O tabuleiro está posto, as peças se movem, mas o xeque-mate depende, como sempre, da vontade popular.
Afinal, “na democracia, ainda que sob influências diversas, quem decide é o povo.”
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