Filtros de IA simulando feições da síndrome de Down em conteúdos adultos causam indignação e alerta de especialista

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feições da síndrome de Down

IA e IHfeições da síndrome de Down

COLUNA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

REDAÇÃO DON OLEARI PN

Casos recentes do uso de filtros de inteligência artificial que simulam traços característicos da síndrome de Down (T21) em conteúdos adultos têm gerado forte repúdio nas redes sociais.

A prática levanta sérias questões éticas e legais, além de ferir frontalmente a dignidade das pessoas com deficiência.

A médica pediatra Renata Aniceto, referência nacional em desenvolvimento infantil e mãe de uma jovem com T21, faz um alerta contundente sobre os riscos desse tipo de conteúdo.

“A trissomia do 21 não é fantasia, não é fetiche. É uma condição genética que precisa ser respeitada. Precisamos preparar nossos filhos para o abuso, especialmente no ambiente digital”, afirma.

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Renata Aniceto

Segundo a especialista, ainda persiste na sociedade uma visão equivocada de que pessoas com síndrome de Down são “anjos inocentes”, o que pode levar à negligência quanto à orientação sobre segurança e consentimento.

“É importante atentarmos para a educação digital e a proteção legal das pessoas com deficiência desde cedo”, destaca.

Para a Dra. Renata, a educação preventiva passa por ações concretas que devem envolver a família e os profissionais de saúde e educação.

Ela lista alguns pilares fundamentais:

Nomear corretamente as partes do corpo: ensinar crianças a identificar suas partes íntimas com os nomes adequados, promovendo conhecimento e respeito pelo próprio corpo.

Estabelecer limites claros: orientar sobre toques apropriados e inapropriados, reforçando que têm o direito de dizer “não” e relatar qualquer situação desconfortável a um adulto de confiança.

Promover o uso seguro da internet: conscientizar sobre os riscos do ambiente digital, como o compartilhamento de dados pessoais e o contato com estranhos, com regras claras para uso de dispositivos eletrônicos.

Utilizar recursos educativos adaptados: materiais como a cartilha Eu Me Protejo são ferramentas acessíveis e lúdicas, voltadas para crianças com e sem deficiência.

Trabalhar em conjunto com pediatras e ginecologistas especializados: profissionais que possam abordar temas como sexualidade, puberdade e saúde com naturalidade e embasamento técnico.

Diante da gravidade da situação, a médica reforça:

“A proteção de crianças e adolescentes com síndrome de Down contra abusos, especialmente no ambiente digital, é uma responsabilidade coletiva. Cabe aos pais, educadores, profissionais de saúde e à sociedade como um todo promover uma educação inclusiva que prepare essas pessoas para se protegerem e reconhecerem situações de risco, garantindo seu direito à dignidade e ao respeito”.

A prática de utilizar filtros de IA para simular feições da T21 em conteúdos de teor adulto configura uma violação de direitos e deve ser tratada com rigor.

No Brasil, a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015) estabelece medidas para coibir qualquer forma de discriminação ou exploração, inclusive no meio digital.

Dra. Renata Aniceto

Médica pediatra formada pela Universidade de São Paulo (USP), com especialização em nutrologia pela Santa Casa de São Paulo e pela Boston University School of Medicine.

É pós-graduada em cuidados à T21 pelo CEPEC-SP e em transtornos do neurodesenvolvimento (TEA e TDAH).

Com mais de 20 anos de experiência, é referência nacional em desenvolvimento infantil atípico e atua como secretária do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Fundadora da Comunidade Tribo 21 e criadora do curso Guia Prático para Médicos no Atendimento à Criança com T21, também se dedica à capacitação médica e ao apoio às famílias.

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Don Oleari - Editor Chefão

Radialista, Jornalista, Publicitário.
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