Festa da Penha
COLUNA DIA A DIA | KLEBER GALVÊAS
Reconhecida como a mais antiga festa cristã em solo americano, a Festa da Penha chega à sua 455ª edição em 2025, reafirmando sua importância histórica, religiosa e cultural.
Realizada em Vila Velha, no Espírito Santo, a celebração tem raízes que remontam ao século XVI, com a primeira festa registrada em 1570, conduzida pelo leigo espanhol Pedro Palácios, conhecido como Frei Palácios.
A festividade acontece todos os anos na segunda segunda-feira após o Domingo de Páscoa, tradição mantida desde a chegada da imagem de Nossa Senhora da Penha de França, vinda de Portugal, e entronizada na antiga capela do Convento da Penha.
A primeira romaria ocorreu em 1573, dando início a um evento que só deixou de acontecer em dois momentos de sua longa história: durante o período da ditadura de Getúlio Vargas.
Embora outras festas marianas do continente também sejam de grande expressão, como a de Nossa Senhora de Guadalupe no México (1774), Nossa Senhora Aparecida em São Paulo (1734).
Além disso, o Círio de Nazaré no Pará (1790) e a de Nossa Senhora de Copacabana na Bolívia (1583), a Festa da Penha é a que possui o registro mais antigo de realização contínua no continente.
Ao longo dos séculos, a festa atraiu não apenas fiéis devotos de Nossa Senhora da Penha, mas também visitantes em busca de paisagens, referências históricas, interesse arquitetônico e cultural.
De acordo com o pintor e pesquisador Kleber Galvêas, “são diferentes os motivos que levam as pessoas ao Convento da Penha. Prevalece o espírito religioso. Muitos de todos os credos vêm participar, com alegria, da maior festa popular do Espírito Santo.”
Apesar de frequentemente descrita pela imprensa como a terceira maior festa religiosa do Brasil, Galvêas destaca que a Festa da Penha merece o reconhecimento por sua precedência histórica como a mais antiga festa católica das Américas.
Festa da Penha
Edição, Don Oleari – [email protected] | https://twitter.com/donoleari
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