Alemanha | Merz leva mas só governa se fizer aliança | Extrema direita cresce na parte ex-Oriental

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Merz leva

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A União Democrata-Cristã (CDU) e sua aliada bávara, a União Social-Cristã (CSU), lideradas por Friedrich Merz, de 69 anos, emergiram como a maior força política nas eleições federais alemãs realizadas neste domingo, 23, obtendo 28,6% dos votos.

Este resultado marca o retorno dos conservadores ao protagonismo político após o governo de Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata (SPD) 

O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) alcançou um avanço significativo, conquistando 20,8% dos votos e tornando-se a segunda maior bancada no Bundestag, o parlamento alemão.

Este desempenho reflete um aumento expressivo em relação às eleições anteriores, especialmente nos estados do leste alemão – aí, ficava a Alemanha Oriental, a chamada Alemanha comunista,  onde o AfD superou os demais partidos.

O SPD, por sua vez, enfrentou uma queda acentuada, registrando apenas 16,4% dos votos, o pior resultado da legenda em mais de um século.

Os Verdes também sofreram perdas, obtendo 11,6% dos votos, enquanto o partido A Esquerda (Die Linke) alcançou 8,8%.

Diante desses resultados, Friedrich Merz anunciou a intenção de formar uma coalizão governamental com o SPD, buscando estabelecer um governo funcional rapidamente para enfrentar os desafios econômicos e sociais do país.

As negociações de coalizão devem focar em temas como política externa, segurança, imigração irregular e a atual situação econômica da Alemanha, que enfrenta a possibilidade de uma terceira recessão consecutiva.

É importante notar que, apesar do crescimento significativo, o AfD permanecerá excluído das negociações de coalizão, mantendo-se fora do governo.

A participação eleitoral foi notavelmente alta, atingindo 84%, refletindo o engajamento dos eleitores em um momento de profundas divisões políticas e sociais no país.

A formação do novo governo representa um desafio considerável, exigindo habilidade política para unir diferentes forças em uma coalizão capaz de abordar eficazmente as questões prementes que a Alemanha enfrenta atualmente.

As negociações para a formação do novo governo devem ocorrer nas próximas semanas, com a possibilidade de uma coalizão entre a CDU/CSU e o SPD, que juntos alcançariam uma maioria de 328 assentos no Bundestag.

No entanto, o chanceler Olaf Scholz indicou que não pretende participar de uma coalizão liderada pela CDU/CSU após a derrota eleitoral.

A ascensão da AfD e a queda dos partidos tradicionais refletem divisões profundas na sociedade alemã, com diferenças marcantes em linhas de idade, geografia, riqueza e gênero.

Esses resultados ressaltam os desafios que o novo governo enfrentará para unificar o país e abordar questões críticas como imigração, economia e segurança.

Nas eleições federais alemãs de 2025, a distribuição de assentos no Bundestag, composto por 630 membros, ficou da seguinte forma:

  • SPD — 120 cadeiras; 86 a menos que em 2021
  • CDU — 208 cadeiras; 11 a mais que em 2021
  • AfD — 152 cadeiras; 69 a mais que em 2021
  • Partido Verde — 85 cadeiras; 33 a menos que em 2021
  • A Esquerda — 64 cadeiras; 25 a mais que em 2021
merzz-e-merkel-em-2000.jpg24 de fevereiro de 2025 45 KB
merzz e angela merkel no parlamento numa foto de 17de fevereiro de 2000

Merz expressou a intenção de formar uma coalizão governamental, possivelmente com o SPD, visando estabelecer um governo funcional até a Páscoa.

As negociações de coalizão devem abordar temas como política externa, segurança, imigração e a atual situação econômica da Alemanha, que enfrenta desafios significativos.

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Don Oleari - Editor Chefão

Radialista, Jornalista, Publicitário.
Don Oleari Corporeitcham