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ARTIGO|
Hamilton Gangana
O mineiro de Caratinga, no Vale do Aço, Ziraldo Alves Pinto, autor do best-seller “O Menino Maluquinho”, entre outras publicações de sucesso, começou a sua carreira profissional aqui em Belo Horizonte, nos anos 50, foi também publicitário.
Eu o conheci atuando no departamento de arte, criado e dirigido pelo jornalista e publicitário José de Oliveira Vaz, então o poderoso gerente de publicidade dos jornais Estado de Minas e Diário da Tarde e, mais tarde, diretor geral da TV Itacolomi.
José Vaz era também correspondente local da agência Mccann Erickson, até ser criada a filial mineira da famosa agência americana, tendo à frente Edgard Melo e Hélio Faria.
José Lara era o chefe do departamento de arte dos jornais, que funcionava como uma house agency, e havia necessidade de se manter um time de desenhistas.
Entre esses desenhistas, lembro Ziraldo, Hélio Faria, Tenente, Rocha, Rodolfo, Ildeu, Radicchi, Cristiano, entre outros ilustradores, já que raramente se usavam fotos nos reclames, talvez por causa da impressão com clichê, muito precária.
Os jornais dominavam a mídia, seguidos pelas três emissoras – Guarani e Mineira, dos Associados, e Inconfidência, do governo do estado de Minas Gerais; a televisão apenas começava no Brasil, com a TV Tupi de SP.
Circulavam por Belo Horizonte os matutinos “Estado de Minas”, “Diário de Minas”, “O Diário”, “Folha de Minas”; “Diário Oficial do governo do Estado de MG, “Diário da Tarde”.
“O Binômio” (capa) circulava aos sábados e “O Debate” aos domingos. Tínhamos também a revista “Alterosa”, uma publicação mensal de ótima qualidade, referência nacional.
Um dos principais anunciantes da época, a Casa Guanabara, extraordinário e avançado magazine – construiu sua sede própria com 9 andares, uma loja em cada andar, na avenida Afonso Pena.
A Casa Guanabara tinha um desenhista e caricaturista Ziraldo na sua própria equipe de publicitários. Até que a agência Standard Propaganda abrisse sua filial em Belo Horizonte, dirigida pelo então publicitário Said Farah (ministro) e assumisse a conta, levando o Ziraldo para lá.
Ziraldo Alves Pinto (1932-2024) partiu para o Rio de Janeiro em 1957, já formado em Direito pela UFMG.
Foi trabalhar na revista O Cruzeiro, dos Diários Associados, a maior rede de comunicação do país. Foi na revista O Cruzeiro que Ziraldo lançou “A Turma do Pererê” com personagens brasileiros.
Depois tornou-se colaborador do “Jornal do Brasil” e da revista “Pif Paf”, de Millôr Fernandes, que já tinha uma certa fama.
Daí em diante, não parou mais. Foi um dos criadores do “Pasquim”, semanário crítico da ditadura militar, em 1969, com Millôr Fernandes, Jaguar, Paulo Francis, entre outros respeitados profissionais.
Em 1969, Ziraldo ganhou o Oscar Internacional do Humor, em Bruxelas. Em 1980 recebeu o Jabuti por “O Menino Maluquinho”, sua criação de maior sucesso (Hamilton Gangana).
Hamilton Gangana, de Belo Horizonte/MG
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