Trump pede arrego
EUA buscam iniciar negociações tarifárias com a China. Trump pede arrego
DA REDAÇÃO DON OLEARI PN
Os Estados Unidos procuraram a China com o objetivo de iniciar conversas sobre as tarifas de 145% impostas pelo governo Donald Trump, conforme relatado nesta quinta-feira (1º) por uma conta em rede social vinculada à mídia estatal chinesa.
Espera-se a possível disposição de Pequim para negociar.
Uma publicação do perfil oficial de Yuyuan Tantian na rede social Weibo relatou o seguinte:
“Os EUA entraram em contato proativamente com a China por meio de vários canais, na esperança de manter discussões sobre a questão tarifária”, citando fontes anônimas.
Autoridades norte-americanas, como o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, também demonstraram otimismo em relação ao avanço das conversas e à redução das tensões comerciais.
Hassett afirmou à CNBC:
“Houve discussões vagas entre ambos os governos” e apontou como sinal positivo a recente flexibilização por parte da China nas tarifas aplicadas a alguns produtos norte-americanos.
Apesar disso, Pequim manteve uma postura crítica em relação às tarifas, que considera uma forma de intimidação. O governo chinês tem promovido campanhas públicas e internacionais contra as medidas restritivas, até agora sem indicar interesse concreto em uma trégua.
Paralelamente, a China adotou medidas discretas, como a criação de uma lista de produtos dos EUA, incluindo determinados fármacos, microchips e motores a jato, que seriam isentos de suas tarifas retaliatórias de 125%.
Em entrevista à Fox Business Network, Bessent não mencionou conversas específicas, mas destacou que as tarifas de 145% dos EUA e 125% da China precisariam ser reduzidas para que houvesse avanços.
“Estou confiante de que os chineses vão querer chegar a um acordo. E, como eu disse, este será um processo de várias etapas”, afirmou.
“Primeiro, precisamos reduzir a tensão e, com o tempo, começaremos a nos concentrar em um acordo comercial mais amplo”, completou.
Ele também indicou que uma das primeiras etapas seria reavaliar o não cumprimento, por parte da China, dos compromissos de compra de produtos norte-americanos assumidos no acordo comercial de ‘Fase 1’ de 2020, assinado ainda no mandato de Trump.
O pacto previa que a China aumentasse em US$ 200 bilhões por ano a compra de produtos e serviços agrícolas e manufaturados dos EUA, por dois anos — mas a pandemia da Covid-19 interferiu logo após a assinatura.
Bessent ainda afirmou que barreiras não tarifárias ao comércio são “insidiosas” e que o roubo de propriedade intelectual também entraria na pauta de negociação com a China. “Tudo está na mesa para o relacionamento econômico”, garantiu.
As tarifas elevadas impostas por Trump — que ultrapassaram 35% — tornaram-se um obstáculo significativo para os exportadores chineses. Segundo a Nomura Securities, os efeitos de uma queda de 50% nas exportações podem resultar na perda de empregos para cerca de 16 milhões de chineses.
Na visão de Bessent, a China está sob maior pressão, pois depende mais das exportações para os EUA do que o inverso.
“Eles nos vendem cerca de cinco vezes mais do que nós vendemos a eles. Então, suas fábricas estão fechando neste exato momento”, argumentou.
“Estamos entrando na temporada de festas. Os pedidos já estão sendo feitos para isso. Então, se esses pedidos não forem feitos, pode ser devastador para os chineses.”
Ainda assim, autoridades chinesas mantêm uma postura inflexível. O Ministério das Relações Exteriores chegou a comparar ceder às tarifas de Trump a “beber veneno”.
“Antes que os EUA tomem qualquer medida substancial, a China não precisa se envolver em negociações com os EUA”, disse a publicação do Yuyuan Tantian, citando especialistas anônimos.
“No entanto, se os EUA desejarem iniciar o contato, não há mal algum para a China se envolver neste momento.”
A publicação acrescenta:
“A China precisa observar atentamente, até mesmo forçar a revelação das verdadeiras intenções dos EUA, para manter a iniciativa tanto na negociação quanto no confronto”.
Na sexta-feira anterior (25), Trump declarou à imprensa americana que seu governo estava em negociações com a China para um novo acordo tarifário, e afirmou que o presidente chinês Xi Jinping teria lhe telefonado.
Foi mais uma mentira de Donald Trump, que tenta enganar a opinião pública.
Veja uma boa análise no vídeo abaixo. Com CNN Brasil.
Entretanto, a China negou repetidamente que tais conversas estivessem ocorrendo. O governo chinês acusou Washington de “enganar o público”.
Em declaração à imprensa na quarta-feira (30), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, disse:
“Até onde eu sei, não houve consultas ou negociações entre a China e os EUA sobre tarifas”.
Autoridades chinesas reiteram que Pequim está aberta ao diálogo, desde que com base na “igualdade, no respeito e no benefício mútuo”.
Apesar da atenção gerada pela publicação do Yuyuan Tantian, o veículo não figura entre os mais influentes da mídia estatal chinesa.
O Global Times, ligado ao jornal oficial do Partido Comunista, tem historicamente sido o primeiro a antecipar medidas comerciais do país.
Também na quarta-feira (30), Trump afirmou ver uma “chance muito boa” de alcançar um acordo com a China, poucas horas após Xi Jinping instruir autoridades chinesas a se adaptarem às mudanças do ambiente internacional, sem, no entanto, citar diretamente os Estados Unidos.
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