Trump retorna à Casa Branca mais poderoso, desafiador e debochado

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Trump retorna à Casa Branca mais poderoso, desafiador e debochado

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Trump segue desestabilizando o cenário global com declarações e propostas controversas, como a ideia de anexar o Canadá (Veja mais no destaque lá embaixo).

ESPECIAL INTERNACIONAL

DA REDAÇÃO DON OLEARI PN

Trump reassume nesta segunda-feira (20) a Presidência dos Estados Unidos em um cenário político que lhe é amplamente favorável.

Após moldar o Partido Republicano à sua imagem, conquistou maiorias na Câmara e no Senado, consolidando sua influência. Mesmo como condenado, ele assume livre de investigações federais e com promessas de um mandato que testará os limites das instituições democráticas americanas.

Diferentemente de sua primeira passagem pela Casa Branca, Trump agora domina os mecanismos do poder político.

Cercado por aliados leais, sua estratégia busca enfraquecer proteções institucionais, enquanto a Suprema Corte, com maioria conservadora, ampliou sua imunidade presidencial, tornando-o ainda mais poderoso.

Entre suas prioridades, Trump promete ações drásticas: deportação em massa de imigrantes ilegais, cortes de impostos, desregulamentação e a substituição de funcionários federais que não demonstraram lealdade a ele.

Além disso, indicou que usará as forças policiais, militares e o Judiciário para perseguir adversários políticos, a quem chama de “inimigos internos”.

Logo após tomar posse, Trump planeja assinar cerca de 100 ordens executivas para revogar políticas da gestão Biden.

Entre elas estão medidas contra atletas transgêneros, perdões para os envolvidos na invasão ao Capitólio e uma ofensiva sobre imigração. Na terça-feira (21), está prevista uma grande operação em Chicago, cidade governada por democratas, para prender e expulsar imigrantes ilegais com antecedentes criminais, uma promessa de campanha central.

Seu mantra, “América em primeiro lugar”, já gera tensões com aliados tradicionais dos Estados Unidos.

Ele segue desestabilizando o cenário global com declarações e propostas controversas, como a ideia de anexar o Canadá ou adquirir territórios como a Groenlândia e o Canal do Panamá, sempre oscilando entre o blefe e o tom autêntico.

Há oito anos, Trump prometeu acabar com a “carnificina americana” em seu discurso inaugural, mas entregou um governo caótico e não conseguiu a reeleição.

Agora, retorna renovado pelo desejo de vingança, pronto para transformar o cenário político americano e fortalecer sua marca disruptiva na história dos Estados Unidos.

Donald Trump venceu a eleição no Colégio Eleitoral e no voto direto, ao obter cerca de 5 milhões de votos as mais que Kamala Harris, do Partido Democrata.