um concorrente
Arnaldinho Borgo bem na fita, mas tem um Coronel Ramalho no meio da pesquisa. No jogo político, existem várias cartas para Ramalho.
Coluna
PANO DE FUNDO | Política, bastidores
Em meio à efervescência política de Vila Velha/ES, ergue-se um líder como protagonista de uma narrativa repleta de estratégias e ambições. Arnaldinho, o astuto prefeito, senhor de uma destemida sagacidade, nascido na cidade sede do município, filho de uma linhagem destinada à política, desde o berço carrega consigo a sina de ser um político hábil, ávido, determinado a moldar o destino da comunidade onde nasceu.
Agora, Arnaldinho é o epicentro de um tabuleiro onde as peças dançam ao som das intrigas políticas, seguindo uma sinfonia imprevisível.
A ambivalência da situação paira no ar.
Arnaldinho, o exímio maestro dessa complexa trilha, depara-se com a incerteza de ter ou não adversários na próxima eleição. Um enigma aparentemente ilógico, mas que clama por uma análise perspicaz.
Max Filho e Neucimar Fraga, figuras em potencial para retornarem à gestão “Canela Verde”, surgem como oponentes, porém suas reputações arranhadas com a população indicam um terreno instável.
A esquerda de Vila Velha, outrora representada pelo debilitado PT, jaz esquecida nas páginas desbotadas da história. Claudio Vereza, o último líder, já não permeia os corredores políticos.
Arnaldinho, assim, parece destinado a uma eleição avassaladora.
Contudo, nos bastidores, jogadores estratégicos tecem suas próprias movimentações. O Vice-Governador Ricardo Ferraço e o deputado federal Gilson Daniel, ambos almejando chegar ao governo estadual, urdem planos para conter a ascensão do ávido prefeito. A política, como num intrincado jogo de xadrez, desdobra-se em movimentos calculados.
No palco dessa encruzilhada, uma peça inusitada surge na última semana: o Coronel Ramalho. Sua manifestação para candidatar-se à prefeitura lança uma sombra de incerteza sobre o futuro de Arnaldinho. Pode haver disputa, segundo turno, e a trama se intensifica.
Outro coronel, Wagner, com densidade eleitoral testada na eleição passada, flutua como uma possibilidade, vislumbrando um embate entre dois coronéis: um clamor da sociedade por segurança, inspirado pelo êxito do delegado Rodney Miranda nas urnas.
A delicada articulação de Arnaldinho Borgo, no entanto, revela-se com maestria. E ele oferece duas alternativas sedutoras para o Coronel Ramalho: a primeira envolve a saída estratégica de Vitor Linhalis da Câmara Federal.
Ex vice-prefeito, Linhalis tem Ramalho como primeiro suplente – o já ex-secretário de segurança abre caminho e ganha ascensão ao Congresso nacional.
Em contrapartida, Arnaldinho oferece a Linhalis uma posição de destaque no Governo do Estado.
A segunda alternativa faz do coronel Ramalho candidato a Vice Prefeito na chapa certamente vitoriosa, dando a ele a mesma oportunidade dada a Vitor Linhalis.
Em dois anos – quem sabe? – Ramalho poderá assumir a prefeitura de Vila Velha, se Arnaldinho lá adiante assumir uma candidatura a Governador do Estado em 2026.
Assim, desenha-se uma trama digna de epopeia. Ramalho, entre a tentação de ser prefeito e o chamado para o Congresso, depara-se com um dilema monumental. Será ele capaz de resistir à oferta de Arnaldinho e consolidar seu nome como uma força na política no município e no estado?
O jogo se desenrola e outros contendores como Ricardo Ferraço, o próprio Governador, e os deputados federais Gilson Daniel, Da Vitória e Evair de Melo, este, já declaradamente pré-candidato a governador, manejam para conter o jovem e promissor prefeito Arnaldinho Borgo em alçar voo sem ser domado.
Vila Velha, com sua rica tradição política no Espírito Santo, transforma-se no epicentro de uma batalha que transcenderá os limites municipais.
Os acontecimentos vindouros prometem ser um espetáculo épico, onde as peças se movem num tabuleiro ardiloso, conduzidas pelos destinos incertos da política.
Vamos ao próximo ato. Silêncio, o jogo começou (Edilson Lucas do Amaral).
Edilson Lucas do Amaral é profissional de Marketing e promotor de eventos.
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