Vacinação
A Campanha de Vacinação contra a Influenza, antecipada pelo Ministério da Saúde para março, terá no Espírito Santo 1.549.763 de pessoas aptas a receberem a imunização contra a gripe neste ano.
As doses, que chegaram ao Estado nesta sexta-feira e já estão disponíveis para retirada dos municípios, que já podem iniciar a campanha.
O Estado recebeu a primeira remessa de vacinas, com 14.800 doses de influenza. O envio de mais imunizantes ocorrerá ao longo da campanha para contemplar todos os grupos prioritários.
Ela acontecerá até o dia 31 de maio de 2024. Aos municípios que optarem pela realização de um dia “D” de mobilização, o órgão federal orienta que seja feito no dia 13 de abril.
A expectativa é que o Estado possa superar a cobertura de 54% dos grupos prioritários do ano anterior, alcançando a meta preconizada pelo Ministério da Saúde que é de 90%.
A campanha tem como objetivo reduzir as complicações, as internações e a mortalidade decorrentes das infecções pelo vírus da influenza.
Tradicionalmente, a campanha é realizada em todo o Brasil entre os meses de abril e maio, mas neste ano terá início em março, em razão do aumento da circulação de vírus respiratórios no país.
A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação.
Ela é atualizada anualmente, com objetivo de proteger contra os principais vírus em circulação no País, por isso a importância de atualização do esquema vacinal dos grupos prioritários, mesmo tendo tomado a dose no ano anterior.
As doses, assim que chegarem ao Estado, estarão disponíveis nas mais de 700 salas de vacinação.
Podem se vacinar:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
- Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
- Trabalhadores da Saúde;
- Gestantes;
- Puérperas;
- Professores dos ensinos básico e superior;
- Povos indígenas;
- Idosos com 60 anos ou mais;
- Pessoas em situação de rua;
- Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
- Profissionais das Forças Armadas;
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
- Pessoas com deficiência permanente;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
- Trabalhadores portuários;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Estado não alcançou cobertura preconizada em 2023
Pelo segundo ano consecutivo, o Espírito Santo ficou abaixo dos 90% de cobertura ideal preconizada pelo Ministério da Saúde em relação à imunização contra a influenza.
Com 54% na campanha de 2023, o Estado teve a 7ª pior cobertura do País, ficando atrás de Santa Catarina, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Acre – as menores coberturas em ordem decrescente.
Nos anos anteriores, o Estado figurou entre as melhores coberturas entre os estados brasileiros, alcançando a 8ª posição em 2022, com 71,29%; o segundo lugar em 2021, com 89,97%; e o primeiro lugar em 2020, com 106,26%.
De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI), Danielle Grillo, a baixa adesão à campanha da gripe em 2023, e consequentemente a baixa cobertura, foram resultados da disseminação de desinformação.
“Tivemos muitos relatos de pessoas que acreditavam que se vacinassem contra a Influenza, recebiam a da Covid-19 também. Outras que acreditavam que ficariam gripadas ao se vacinar, entre outras desinformações”, explicou Grillo.
Para o cálculo de cobertura vacinal, levam-se em consideração os grupos de maior taxa de complicações, internações e mortalidade. São eles: crianças de 6 meses a menores de 6 anos, povos indígenas, gestantes, puérperas e idosos. A meta preconizada pelo órgão federal é de 90%.
Danielle Grillo ressalta, entretanto, que o Espírito Santo já configurou entre as melhores coberturas de gripe do país durante anos e que o Programa Estadual de Imunizações, com os municípios, vem trabalhando e fortalecendo ações para que o alto índice volte.
Em 2023, as coberturas por grupos foram:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos: 59,76% (meta 90%)
- Indígenas vivendo em terras indígenas: 77,39% (meta 90%)
- Gestantes: 68,68% (meta 90%)
- Puérperas: 37,11% (meta 90%)
- Trabalhadores de saúde: 52,37% (meta 90%)
- Professores: 39,26% (meta 90%)
- Idosos (60 anos ou mais): 57,27% (meta 90%)
- Cobertura total: 56,50% (meta 90%)
Para os demais grupos é monitorado o número de doses aplicadas. Ao todo, somando os grupos com meta (653.272 doses) e demais grupos prioritários (651.914 doses), o Estado totalizou 1.305.186 doses aplicadas em toda a campanha.
Vacinação
Edição, Don Oleari – [email protected] – e Regina Trindade
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Com Assessoria de Comunicação da Sesa
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