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Don Oleari Portal de Notícias entrevista analista político do Instituto de Pesquisa Direta sobre Eleições Municipais 2024 no Espírito Santo
ELEIÇÃO 2024 | Balanço
Don Oleari: Seu instituto de pesquisas realizou quantas pesquisas em quantos municípios na eleição de 2024?
Edilson Lucas do Amaral: “Realizamos cerca de 45 pesquisas abrangendo municípios de norte a sul do Espírito Santo. Foi um trabalho intenso e desafiador, mas muito gratificante. Conseguimos atingir um alto nível de acertos, embora oscilações sejam sempre uma possibilidade nesse tipo de trabalho.”
DOPN: Este número de pesquisas supera o recorde anterior?
Edilson Lucas: “Iniciamos na eleição passada, que elegeu o governador e senadores do Espírito Santo, onde conseguimos prever com precisão o segundo turno. Desde então, evoluímos e as eleições municipais nos proporcionam ainda mais possibilidades, dado o elevado número de disputas pelo executivo municipal. Estamos já preparando o terreno para a próxima jornada.”
DOPN:Segundo nossos cálculos, o Instituto Direta acertou mais de 80% das pesquisas. Confere?
Edilson Lucas: “Sim, alcançamos um percentual elevado de acertos. Cada pesquisa é fundamentada em metodologias estatísticas rigorosas. Tivemos dezenas de municípios com 100% de acerto. Fomos pioneiros em apontar, por exemplo, o retorno de Ferraço ao cenário político, antes mesmo de ele se pronunciar oficialmente como candidato em Cachoeiro. Além disso, acertamos em localidades como São Mateus, Linhares, Nova Venécia, Barra de São Francisco, Sooretama, Anchieta, Itapemirim, Presidente Kennedy, Iúna, Cachoeiro de Itapemirim, Alfredo Chaves e Afonso Cláudio.”
DOPN: Em algum município, houve uma virada inesperada em relação à tendência apontada pela pesquisa? Se sim, quais?
Edilson Lucas: “Sim, casos como Colatina e Serra foram surpreendentes. Em Colatina, não prevíamos a vitória de Renzo Vasconcelos. Na Serra, nomes como Weverson e Pablo Muribeca estavam menos cotados, com Audifax e Vidigal liderando as pesquisas. Fatores econômicos e estratégicos influenciaram viradas que surpreenderam a todos.”
DOPN: Como analista político, observando o cenário do Espírito Santo, houve algum acontecimento que lhe surpreendeu?
Edilson Lucas: “A ausência de Audifax Barcelos no segundo turno na Serra foi surpreendente. Um erro estratégico, com foco excessivo no sucessor de Vidigal, dificultou a conquista de votos necessários para avançar na disputa.”
DOPN: Em algumas ocasiões, perdedores de pesquisas tentaram interditá-las na Justiça Eleitoral, e, em contrapartida, houve autorização para publicá-las. Qual é a sua visão sobre esses episódios?
Edilson Lucas: “Hoje, a política se torna um campo onde escritórios de advocacia também buscam consolidar vitórias. Bloquear uma pesquisa é visto como competência jurídica, mas o ponto frágil reside na falta de uniformidade do judiciário eleitoral. Muitos colegiados provisórios, sem titulares definitivos, geram divergências que impactam a publicação de pesquisas.”
DOPN: Após as eleições municipais, quais políticos podem surgir como candidatos a governador em 2026?
Edilson Lucas: “Certamente, veremos prefeitos se posicionando para a eleição de 2026. Lorenzo Pazolini, prefeito de Vitória, já manifestou interesse. Sergio Vidigal, outro nome de peso, está nos bastidores articulando alianças, enquanto Arnaldinho Borgo, prefeito de Vila Velha, destaca-se como a novidade e uma força promissora. O vice-governador Ricardo Ferraço é um candidato nato, mas terá o desafio de aglutinar apoio dentro do grupo do atual governador.”
DOPN: Quais partidos saíram fortalecidos das eleições municipais?
Edilson Lucas: “O Podemos, liderado pelo deputado federal Gilson Daniel, foi o grande vitorioso, com conquistas em municípios de grande densidade eleitoral, como Linhares, Vila Velha e São Mateus. O Republicanos e o PSB de Renato Casagrande (foto com Sergio Vidigal) também se consolidaram, mas o Podemos se destacou, elegendo prefeitos em 11 municípios.”
DOPN: Nossa colega Alda Luzia Pessoti afirmou que Pazolini cometeu um erro ao apoiar Pablo Muribeca na Serra. Concorda?
Edilson Lucas: “Na política, apoiar ou não um aliado sempre traz ganhos e perdas. Escolher um lado pode fortalecer o capital político de Pazolini, especialmente com vistas à sua candidatura em 2026. Ficar neutro poderia ter sido pior. O apoio de Pablo Muribeca será um ativo importante na trajetória de Pazolini.”
Cenário dinâmico
A entrevista com o analista do Instituto Direta, Edilson Lucas do Amaral Junior, revela um cenário político complexo e dinâmico no Espírito Santo.
Don Oleari Portal de Notícias publicou todas as pesquisas da Direta Pesquisa, numa parceria em que o instituto operou toda a logistica e fomos o veículo de multiplicação de resultados.
Foi, enfim, uma parceria saudável, produtiva, informativa e elucidativa. Em alguns casos, a justiça eleitoral determinou que tais ou tais pesquisas devessem ser retiradas do ar. Cumprimos todas as determinações a tempo e a hora.
Em alguns casos, a Justiça Eleitoral nos comunicava que esta ou aquela pesquisa poderia, sim, ser publicada. A dinâmica do processo, no entanto, nos dizia que já era outro momento. Certamente a pesquisa suspensa há vário dias estaria superada.
Muitos dos envolvidos nas pesquisas e alguns mau informados ou atulemados de plantão não atinam para o fato concreto de que cada pesquisa registra um determinado momento da eleição. Aquele momento. Que pode mudar, ou não.
Os acertos do instituto refletem um trabalho estatístico rigoroso, mas a política é sempre surpreendente, como demonstram as viradas inesperadas.
Os partidos fortalecidos já projetam seus nomes para o governo estadual, indicando que a disputa em 2026 será intensa, com novas e antigas lideranças buscando espaço (Don Oleari).
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