Edinho denuncia irregularidades na eleição
Os vereadores aliados de Fabricio Petri e do candidato eleito ouviram mudos e sairam calados. Um informante anotou: “Parece que ninguém quer se comprometer, enquanto não sai uma decisão da Justiça para não ficar mal na fita se acontecer algo imprevisto”.
ESPECIAL ANCHIETA \ LITORAL SUL DO ES
DA REDAÇÃO \ DON OLEARI PN
Com informações da Câmara Municipal de Anchieta
O vereador Edinho ED+ (MDB) denunciou na Câmara Municipal de Anchieta, litoral sul do ES, possíveis fraudes ocorridas na eleição para prefeito do município.
Edinho ED+ (MDB) foi candidato a vice-prefeito do candidato Marcos Assad. O vereador fala expressamente em “compra de votos, uso da máquina pública, excesso de empregos em empresas terceirizadas”, entre outras irregularidades.
No plenário, nenhum dos aliados do prefeito Fabricio Petri e do prefeito eleito Leo Português se manifestou. Todos ouviram calados e saíram mudos.
O parlamentar declarou:
“Foram feitas coisas que a Lei Eleitoral não permite, mas em Anchieta há quem ache que pode. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) foi avisado, o Ministério Público (MP) foi avisado, mas, mesmo assim, tudo aconteceu.”
Edinho explicou as agressões ao sistema eleitoral:
“Se a lei diz que é proibido comprar votos, participar de eventos, distribuir milhares de empregos nas prestadoras de serviços municipais, usar maquinário a dois dias da eleição – e tudo isso foi feito – então que se faça JUSTIÇA.”
O vereador também mencionou o resultado da eleição, em que o prefeito eleito, Léo Português (PSB), obteve 42% dos votos. Enquanto Marquinhos Assad (Podemos) e Luiz Matos (PL) somaram 58%. O candidato a vice-prefeito de Anchieta afirma que esses números revelam que a população rejeitou o eleito:
“A matemática é exata: a população rejeitou, em sua maioria, o prefeito eleito. No processo que está nas mãos da juíza eleitoral de Anchieta, há nove provas robustas. É hora de fazer justiça com o povo anchietense. Vamos recorrer a todas as instâncias: em Anchieta, em Vitória, no TRE e em Brasília, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).”
Na “Terra do Santo”, há uma cultura de que vale tudo para vencer eleições. Edinho rebateu:
“Existem municípios onde prefeitos eleitos foram cassados por crimes eleitorais muito menos graves do que os ocorridos em Anchieta. É hora de a Justiça fazer justiça para os 32 mil moradores da Terra da Foz do Rio Beneventes.”
Edinho também ressaltou que o TRE e o MP foram alertados sobre os crimes eleitorais durante a campanha eleitoral.
Em Anchieta, a população segue discutindo os duvidosos resultados da eleição, nos bares, na feira livre, no mercado de peixe e em outros locais. A maioria, não aceita o resultado da eleição.
Edinho denuncia irregularidades na eleição
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