Eiiiiiiiiiiiii, gente! Bom dia! Estamos chegando! É o “Programa Acir Antão” na Rádio Itatiaia, 45 anos de sucesso

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Estamos chegando!

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O “Programa Acir Antão” é um almanaque, um leque de informações, como um balcão de ofertas e oportunidades para os ouvintes

Coluna 

MÍDIA AO MOLHO | Todas as mídias

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Hamilton Gangana

Todo santo dia, de segunda a sábado, faça chuva ou faça sol, às 9 horas da manhã, um sonoro grito de guerra anuncia que vai começar mais um programa de rádio ímpar e líder de audiência em Minas Gerais, comandado pelo dono de uma voz clara e agradável, facilmente reconhecível:

“Estamos aqui pela onda amiga e gostosa da Itatiaia!”

Ele chama a parceira diária, a risonha Patrícia Diou, que chega bombando com o seu “Bom dia, vida”!

cir-antao-programa-com-parceira.jpg 8 de julho de 2024 21 KBAcir Antão manda um abraço de agradecimento e homenagem às amigas fiéis e companheiras de todos os dias – as donas de casa.

Em seguida, há a informação sobre a temperatura, os santos do dia, a data, que sempre registra algumas comemorações; uma frase otimista, de incentivo à autoestima, a mensagem de uma página de livrinho com reflexão e valorização à vida, escritas por conceituados pensadores e filósofos; a orientação do trânsito, com as vias de acesso sempre engarrafadas (chamada ao vivo do helicóptero) – e de uma carreta em “L” que fecha um trecho do anel rodoviário; a citação nominal de algumas comunidades e dos vários aniversariantes do dia, com votos de “paz, alegria e saúde”.

E, para “toda essa gente”, um número musical – na verdade, a única música transmitida durante todo o transcorrer do programa.

Entre cumprimentos aos ouvintes e abraços em profusão, tem início a sequência de comerciais, falados, interpretados e até cantados (“se a criança acordou/dorme, dorme, menina/ mamãe tem”…) – com graça e a credibilidade adquirida durante anos e anos no ar.

O “Programa Acir Antão” é um almanaque, um leque de informações, como um balcão de ofertas e oportunidades para os ouvintes.

As entrevistas de utilidade pública têm o testemunho de médicos, advogados, educadores, políticos, executivos, cientistas, historiadores, economistas, psicólogos, religiosos, técnicos, musicistas, professores e especialistas em algum assunto em evidência, que desperte curiosidade e discussões, como os crimes de feminicídio, por exemplo.

A linguagem das pautas procura ser a mais simples possível, para que os interessados  entendam e se sintam bem esclarecidos.

É fácil notar que até os reclames testemunhais, de produtos e serviços, narrados pelo apresentador, procuram ser bem coloquiais, com naturalidade e clareza, de fácil entendimento e assimilação.

O tom é sempre pra cima, otimista e descontraído, como manda o figurino, permitindo até longas gargalhadas, coisas que só acontecem num veículo popular como o rádio, e que também ajudam a quebrar o gelo.

Afinal, o horário é o mais nobre do rádio, e estão ali presentes, tentando prender a atenção dos ouvintes, marcas de xaropes, medicamentos de venda livre e homeopáticos; ofertas de supermercados, drogarias e óticas populares; aparelhos auditivos, clínicas médicas e de implantes dentários, e planos de saúde; veículos seminovos, artigos de cama, mesa e banho e os infalíveis produtos estimulantes de prazer sexual; prestadores de serviços, cafezinho da hora, pão de queijo e biscoitos crocantes para as crianças; banco com propostas de serviços e pequenos investimentos, e também a atual febre de jogos e apostas on-line.

Os filhos aprenderam com os pais a ouvir o programa aos domingos, e as crianças cantam de cor a sonora vinheta de passagem inventada pelo compositor Gervásio Horta, com o vocalista Chiquinho:

“Domingo, dominguinho/domingo, domingão/Todo mundo está ouvindo/Está curtindo Acir Antão”.

Vale lembrar que informação, utilidade pública e prestação de serviços são as cerejas das vitrines do programa e que, além das notícias, o tempo todo, leva-se para o debate temas com o pitaco de especialistas em direitos da família, as contribuições e os deveres do INSS, obesidade, inventários, divórcios.

Mais: transporte coletivo; a 381, o metrô, tarifas públicas, desemprego, leis e obrigações trabalhistas, educação e saúde; vacinação, epidemias, drogas, indisposição sexual, exercícios físicos; câimbra e dor de ouvidos, cuidados com a pele e cabelos; impostos, taxa selic, dólar e inflação; gagueira, vitiligo, asma e joanete; ejaculação precoce, doenças do umbigo e a insegurança generalizada – problemas que atingem a todos os cristãos, indistintamente.

Para muitos, o programa é uma universidade no ar. A custo zero!

Já aos domingos, motivado pelo clima de um dia livre, reservado para o lazer, confraternização e encontro festivo de almoço das famílias, da comidinha mais bem cuidada e de muitas lembranças e ajuntamentos de amigos, o programa é enriquecido com historinhas contadas à beira do fogão à lenha.

São divulgados vários nomes de emissoras no interior do estado que retransmitem a atração e também os de donos de bancas de feiras, biroscas e lojas de mercados, como o Edmundo pé de alface, a Rosinha das pimentas e o Tião da mandioca.

Bares e restaurantes aproveitam o boca-a-boca para divulgar tira-gostos e pratos convidativos, receitas da culinária mineira, bochechos com as geladinhas e “xixi de anjo”; e dos regabofes fora de casa, descanso merecido para as patroas.

“Cleito Gerardo” faz escada e anuncia ofertas tentadoras de casas de carnes e restaurantes self-service, dá os resultados da jogatina federal do sábado e as dicas de muitos shows de samba e choro.

Ouvintes cativos ficam à vontade e contam casos de bons momentos vividos, marcados pela presença da música na juventude e no transcurso de suas vidas.

Vivem-se quatro horas de puro entretenimento musical, com as criações eternizadas por famosos compositores, instrumentistas e intérpretes, revivendo o que há de melhor na rica música popular brasileira.

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acir antão, entre o deputado Mauro Tramonte e a neta, Maria Júlia, recebe homenagem da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais – Foto: elizabete guimarães

Naturalmente, sem deixar de fora os queridinhos artistas da chamada prata da casa.

De 11 às 13 horas, são 120 minutos reservados para a prestigiada “A Hora do Coroa”, um espaço sagrado com som nostálgico de música e as histórias que invadem centenas de milhares de aparelhos ligados, acompanhados de legendas curiosas e comentários sobre as relíquias, ouvidas com todo interesse.

Os ouvintes reafirmam que recordar é viver e completam: “A Hora do Coroa faz parte do nosso domingo”!

Experiente e orgulhoso de seu trabalho, Acir Antão, nascido em 1948, tem longa intimidade com microfones.

Começou aos 14 anos de idade, quando já atuava como apresentador e animador de festas populares e religiosas, nas barraquinhas que arrecadavam recursos para os mais necessitados e para as obras de construção da Capelinha de Santa Luzia, na Vila Nova Esperança, em Belo Horizonte.

Com presença ativa em eventos e apresentações musicais, desde a pré-adolescência, Acir Antão tornou-se um estudioso aplicado e conhece como ninguém a trajetória da MPB, ajudado por uma memória privilegiada.

Profissional do rádio há 60 anos, fez de tudo: locutor noticiarista, apresentador de programas, programador, rádio-ator, coordenador de programação, chefe de jornalismo, repórter político e, antes de tudo, radialista de ofício.

Em 2025, o “Programa Acir Antão” completa 45 anos de sucesso ininterrupto na rádio Itatiaia. Agora, mais engajado, com os últimos recursos da tecnologia, som e imagens pelo YouTube e presença em todas as plataformas digitais.

Aos domingos, às 11 horas, os ouvintes acompanham atentos a mensagem de abertura do “A Hora do Coroa”, quando o Acir se concentra, emocionado:

“Cada canção conta uma história/Cada canção representa um tempo… uma vida/Quantas vezes rompemos a barreira da realidade fria e nos perdemos nos versos de uma canção, cavalgando o dorso de uma melodia, com momentos adormecidos na memória/Pessoas, lugares, partidas, risos, lágrimas… Enfim, momentos mágicos de um passado recente ou distante”.

No ar, “A Hora do Coroa”, pela onda amiga e gostosa da Itatiaia.

Ouve-se o prefixo e fundo musical do programa, que ilustra a mensagem de abertura – a música “Zíngara”, do compositor e médico mineiro Joubert de Carvalho (1900-1977), natural de Uberaba.

É solada pelo saudoso mestre, compositor e instrumentista Waldir Silva (1931-2013), também mineiro, de Bom Despacho. E cada domingo ele produz e apresenta um programa de conteúdo bem elaborado, diferente e emocionante.

*Hamilton Gangana é publicitário.

Estamos chegando!

Edição, Don Oleari – [email protected]

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Don Oleari - Editor Chefão

Radialista, Jornalista, Publicitário.
Don Oleari Corporeitcham