O  Estado do Espírito Santo, com sua área territorial  de apenas 46.184 quilômetros quadrados, a  quarta  menor das unidades da  Federação Brasileira, pode surpreender os que lêem  sua História desde o aporte das caravelas de Cabral,  mas,  também,  com justificado orgulho, por  sua posição no  “ranking” da inteligência criativa no campo da  literatura brasileira.

Limitação geográfica também dentro de suas fronteiras não tem sido  impedimento para o fenômeno fascinante dessa constatação.

Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Serra, são cidades de extenso movimento cultural,  ganhando maior presença por  sua  ligação mais estreita  com a Capital, Vitória, onde estão a sede da Academia Espírito-santense de Letras e de outras entidades e corporações  de espectro nacional.

Mas há surpresas, agradáveis e orgulhosas surpresas, quando se constata que um pequeno município capixaba com apenas 11 mil  habitantes relaciona 110 escritores lá nascidos, entre eles nomes com projeção mundial.

Foi assim que a edição  brasileira do Guiness Book, Livro dos  Recordes, confirma ser o Município de São José do  Calçado possuidor do maior  número  de escritores  e poetas  por   metro quadrado,  no Espírito Santo.

Conta-nos o historiador  Alessandro de Paula ter sido criada na cidade, em 1991, uma das primeiras academias de letras do Espírito Santo, sob a presidência do  escritor Edson Lobo Teixeira,  fruto do idealismo dele próprio e de três mulheres escritoras. Joanna D’Augustini,  Florisbela Soares e Nádia Teixeira Rezende.

Ocuparam cadeiras na Academia Calçadense de Letras nomes de  destaque na vida cultural e política do Espírito Santo , entre eles  o ex-ministro  do Superior  Tribunal do Trabalho José Carlos da Fonseca, o ex-governador Cristiano Dias  Lopes, os  professores da UFES  Milton Teixeira  Garcia e Lourismário Vieira de Rezende. A Academia mantém 40 membros efetivos necessariamente nascidos na cidade e outros 40 correspondentes.

A entidade é atuante, realizando concursos de poesia com alunos de escolas públicas e fazendo editar pelo menos dois livros por ano.

Entre todos e entre tantos, o Portal Don Oleari “pinçou” um nome para homenagear todos os intelectuais que deram com  seu trabalho a projeção que desfruta a cidade de São José do Calçado, bem ao Sul do ES.

  +Combatente civil na Segunda Guerra Mundial,

 + Tradutor .

+ Poeta, estreou em 1950 com “Rosa dos Rumos”,  ano em que  teve poemas, contos e traduções publicados no antigo jornal ‘Diário  Carioca.”

+ Radialista, em 1954,  foi apresentador de um programa de meia  hora  na Rádio Ministério da Educação, “Poesia Viva”.

+ Jornalista, colaborou e assinou coluna em jornais do Rio de Janeiro, entre eles “Diário de Notícias” e “Diário  Carioca”.

+ Tradutor, publicou em 1953 uma coletânea de poemas de Rainer  Maria Rilke, Bretcht, Shakespeare,  Sófocles, Whitman, trabalho merecedor de um ensaio da professora Maria Thereza Coelho Ceotto, da Universidade  Federal do  Espírito Santo.

Geir Campos é o autor dos versos do Hino do Distrito Federal , musicado por Neusa Pinho França Almeida, publicado a seguir.