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Rubens Pontes: Homenagem a Colatina, Moacir Rodrigues | 4/6

Homenagem a Colatina

Homenagem a Colatina

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Rubens Pontes

 

Coluna AQUI RUBENS PONTES – Rubens Pontes, jornalista

Não sendo uma das fascinantes histórias lendárias do Espírito Santo, os personagens retratados pelo Portal Don Oleari e pelo colunista, são,  no entanto,  históricos, ligados pelo mesmo sentimento de amor que marcaram, por exemplo, os montes o Frade e a Freira.

Lembremos:

– Na década de 1870, a cidade de São Paulo, fundada em 1554 por missionários jesuítas,  já era ocupada por  30 mil habitantes. Suas ruas eram iluminadas por lampiões a gás e de 1872 a 1900 mantinha linhas de bondes, puxada por tração animal.

Com o passar do tempo e a vinda de imigrantes principalmente  italianos, São Paulo adiantou o futuro e se transformou ainda no nosso tempo na mais poderosa metrópole econômica  do nosso Hemisfério.

A antiga Província  se tornou, além do maior  centro exportador de café do continente, poderoso núcleo industrial.

E, principal registro relacionado com esta Coluna, São Paulo instalou a primeira das duas faculdades de Direito no Brasil( a segunda foi em Olinda), para lá afluindo grande número de estudantes de todo o Brasil,  Inclusive do Espírito Santo.

São Paulo foi também a cidade brasileira onde se fixaram famílias nobres oriundas de Portugal, mais até que o Rio Janeiro, o centro político da Monarquia…

Uma das famílias de imigrantes que se destacaram na vida paulistana foi a do Barão de Paranapanema,  descendente de Cavaleiro, o Fidalgo da Casa de El-Rei de Portugal, Dom João III,  e  nas voltas que o Mundo dá uma de suas filhas teria pouco tempo depois, forte  presença na História do Espírito Santo.

Do nosso lado, em 1870, a futura Vitória se apresentava como pequeno núcleo de população chamado Vila do Açúcar, que só  teve sua emancipação política em 1823, passando a ser a segunda capital mais antiga do Brasil.

Muitos jovens capixabas daquela época se deslocaram para São Paulo para estudar Direito na Faculdade mais acessível, entre eles o jovem  José de  Melo Carvalho Muniz Freire, que sonhava ser jornalista, mas finalmente optou pelo Direito, atividade que possibilitou sua  futura e  fulgurante carreira política.

Adendo do Portal Don Oleari:

Colatina é hoje o maior centro de ensino superior do  interior do Espírito Santo, com cinco faculdades que ministram cursos de  Direito, Economia, Medicina, Administração Rural, Ciências Contábeis, Tecnologia em Processamento de Dados, Pedagogia, História, Geografia e Letras).

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Foto: Diário Digital Capixaba – DDC

Estava escrito nas estrelas. Num dos saraus da elite paulistana  a que foi incidentalmente convidado, o estudante capixaba conheceu uma das filhas do anfitrião, chamada  Colatina, católica, poliglota falando com  fluência alemão, francês e italiano.

Com bela voz de soprano, estudou música com Girondon, o mais famoso maestro de sua época, e teve presença com sua voz em interpretações em salões da finesse  paulistana.

 colatina-5680189-1.jpgUma mulher que despertava suspiros e representava a  concretização de sonhos dos mais ilustres homens do seu tempo, o capixaba filho de militar e a paulista descendente  de um barão, se conheceram, apaixonaram-se, e resumindo, casaram-se no dia 28 de janeiro de  1882. E tiveram 10 filhos.

Ao correr do tempo, tendo trocado sua vocação de jornalista pela prática do Direito, José de Melo Carvalho Muniz Freire ingressou com sucesso  na atividade política e com seu nome simplificado para   Muniz Freire,  se elegeu sucessivamente vereador em Vitória, deputado estadual, deputado federal  e  senador por dois mandatos sucessivos, antes de ser escolhido pelos eleitores capixabas para governar o Estado, também  por duas vezes sucessivas.

Post-mortem, em sua homenagem , o   povo do Espírito Santo, por suas autoridades maiores, nominaram o povoado de Rio Pardo, elevado ao status de Município,  no sul do Estado,  como cidade de  Muniz Freire.

E sua companheira de toda a vida foi homenageada com seu nome emprestado a uma das mais importantes cidades do Estado, Colatina. (Nosso Poderoso Chefão. que lá nasceu, não se sente frustrado com a homenagem, modesto bastante para entender que ela ocorreu muitíssimos anos antes de  ter ele molhado sua primeira fralda…)

Cantados em prosa  verso, Colatina e Muniz Freire têm assim  registrada,  para todo o sempre, sua história de amor em duas cidades capixaba,

Moacir Rodrigues, escritor e poeta, fez profissão de fé, com seu poema HOMENAGEM A COLATINA , selecionada para publicação neste  final de semana.

Rubens Pontes

Capim Branco, MG,

NEC = Nota do Editor Chefão, Don Oleari: nem o autor da coluna, nem a Chefe de Redação, Lena Mara conseguiram encontrar fotos do poeta Moacir Rodrigues. Acho que nem nossos prezados parceiros Nilo Tardim e Paulo César Dutra, que sabem tudinho de Colatina, nossa terra, jamais conseguiram essa foto (Don Oleari).

HOMENAGEM A COLATINA

Moacir Rodrigues

 

Ó cidade inesquecível,

Que conquista os corações

Este seu calor intenso

Faz redobrar emoções

Acolhe como ninguém

 

É fiel às tradições

A sua curta história

Revela grandes lições

Apesar da juventude

Orgulha-se do seu passado

As águas do Rio Doce

Trazem sorte a cada lado

A ponte une o seu povo

Que se tornou respeitado

Buscando para os seus filhos

O futuro desejado.

O Cristo de braços abertos

Lá no alto da Cidade

Abraça o visitante

Demonstrando lealdade

Aqui o coração é grande

Bem maior a sinceridade

O povo que aqui trabalha

Persegue a prosperidade

Você já se tornou

Grande centro de cultura

No passado o imigrante

Foi sua maior figura

Desbravou as suas matas

Com amor e com bravura

Desenvolveu a pecuária

Enriqueceu a agricultura

 

Eu não falo por bairrismo

Sou sincero ao dizer

Se o seu luar é belo

É mais lindo o amanhecer

Seu pôr-do-sol é famoso

O mundo quer conhecer

Foi Deus quem abençoou

Este seu anoitecer.

 

Você ao ser batizada

Era ainda bem menina

Fez homenagem sincera

A história nos ensina

À primeira dama do Estado

Uma mulher quase divina

Eternizou, com justiça

O nome de Colatina.

(Poema feito em Colatina, em 1988)

https://diariodigitalcapixaba.com.br/conteudo/272/quem-somos

Kleber Frizzera: Nada mudou? | 4/6

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Don Oleari - Editor Chefão

Don Oleari - Editor Chefão

Radialista, Jornalista, Publicitário.
Don Oleari Corporeitcham

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