Todo ano, quando se celebra o chamado Dia das Mães, no Brasil, segundo domingo de maio, eu me obrigo a escrever que no meu entendimento (contrariando os marqueteiros e todos os que querem vender mais) todos os dias do nosso calendário são das mães, durante 24 horas.
Elas acordam, tomam o café da manhã, almoçam como, jantame vão dormir como mães (se os filhos e netos deixarem). Aliás, elas são mães desde o momento em que descobrem que estão grávidas.
Não se pode dizer o mesmo quanto aos pais. Muitos deles, lamentavelmente, não estão nem aí quando ficam sabendo que vão ser pais. Daí, ser interessante ter um dia só pra eles. E aí os marqueteiros e os vendedores aproveitam para tirar a barriga da miséria!
Algumas vozes discordantes podem dizer: mas não são os pais que dão duro, trabalhando de sol a sol, para prover todas as necessidades das mulheres e dos filhos?
Não são todos os pais que encaram para valer tais responsabilidades; alguns até vão embora de casa e deixam tais responsabilidades para elas, que se tornam também pai.
Seria injusto dizer que todos os pais são da mesma laia; existem pais que assumem suas responsabilidades inteiramente e, como se não bastasse, criam netos e sobrinhos que caem nas costas deles, além dos filhos de verdade.
Vivamos, em toda plenitude, os dias das mães!
Alencar Garcia Freitas é jornalista aposentado
Edição, Don Oleari
Helen Mavichian: Como a saúde mental das mães influencia a dos filhos