Médicas e médicos | Desigualdade escandalosa: Médicas recebem menos da metade do que ganham médicos, diz pesquisa | 29/9

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Médicas e médicos

Desiguadade é escandalosa

Estudo, realizado entre 17 de janeiro de 2022 a 14 de maio de 2023, contou com a participação de 1.711 médicas e médicos, sendo os resultados baseados nas respostas de 1.204 médicos empregados em tempo integral.

Novos dados do Medscape destacam a disparidade salarial entre  médicas e médicos, o uso crescente da tele-consulta e os desafios enfrentados pelos médicos

A maioria dos médicos recuperou as condições salariais e de trabalho, prejudicadas pela pandemia de covid-19.  Porém, o que chamou atenção da pesquisa realizada pelo Medscape  – https://portugues.medscape.com/– e divulgada recentemente, é que a desigualdade de gênero se aprofundou: mesmo desempenhando as mesmas tarefas, as mulheres continuam ganhando consideravelmente menos que os homens na medicina.

A pesquisa, realizada entre 17 de janeiro de 2022 a 14 de maio de 2023, contou com a participação de 1.711 médicas e médicos. Os resultados são baseados nas respostas de 1.204 médicos empregados em tempo integral. A análise destaca uma grande diferença salarial entre homens e mulheres na profissão. Em 2018, as médicas ganhavam em média 31,77% menos do que seus colegas. Em 2022, essa diferença aumentou para 51,64%.

Surpreendentemente, quase metade (48%) dos médicos entrevistados não recebe nenhum benefício trabalhista.  O dado lança luz sobre a situação atual da profissão médica, destacando a crescente precariedade das condições de trabalho.

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Leoleli Schwartz, editora sênior do Medscape

” Em 2020, essa proporção era de 44%. Comparando o levantamento de 2020 com os dados obtidos em 2022, pelo menos oito benefícios tiveram uma queda de 3% ou mais no número de beneficiados entre os respondentes, tais como o seguro de vida, que era concedido a 13% dos respondentes em 2020, e agora abrange apenas 8% deles”, comenta Leoleli Schwartz, editora sênior do Medscape em português.

Uma mudança notável na prestação de serviços médicos, é o uso crescente da tele-consulta. Atualmente, 64% dos médicos relatam oferecer tele-consulta, marcando uma revolução na maneira como os pacientes acessam cuidados médicos.

No entanto, a adoção de outras tecnologias inovadoras, como smartwatches e dispositivos similares, ainda está aquém do seu potencial, com apenas 40% dos médicos incorporando essas ferramentas em suas práticas. Esta disparidade entre a adoção da tele-consulta e a implementação de outras tecnologias aponta para um cenário em evolução que pode trazer novos desafios e oportunidades para a medicina moderna.

As extensas jornadas de trabalho e as complexidades inerentes à negociação com operadoras de saúde surgem como os principais desafios enfrentados pelos médicos. A pesquisa também revela discrepâncias nas percepções de médicas e médicos e  sobre os prós e os contras da profissão.

Detalhando as respostas, contribuir para um mundo melhor é considerado altamente gratificante por 25% das mulheres, enquanto apenas 15% dos homens partilham esta visão. Para 18% dos médicos do sexo masculino, a remuneração satisfatória e a capacidade de seguir suas paixões ocupam o centro das prioridades, em comparação com 13% das mulheres.

No que diz respeito às dificuldades enfrentadas, a pesquisa identificou que 22% dos especialistas enfrentam obstáculos nas negociações com operadoras de saúde, um desafio que afeta aproximadamente 9% dos médicos generalistas. Essa questão também representa uma fonte de frustração para 29% dos entrevistados que atuam em consultórios e 18% dos que trabalham em ambientes hospitalares. As longas jornadas de trabalho são um peso adicional para 38% dos participantes.

A medicina continua a exercer um forte apelo para a maioria dos participantes da pesquisa, mesmo diante dos desafios e da redução na satisfação profissional. Surpreendentemente, quase 70% afirmaram que, se pudessem voltar atrás, escolheriam novamente a medicina como carreira, indicando um forte vínculo com a vocação médica.

No entanto, é importante notar que a pesquisa, também, revela uma perspectiva ambivalente, pois 43% dos entrevistados não recomendariam a medicina como profissão aos filhos.  Esta tendência sinaliza que questões relevantes afetam a satisfação ou as perspectivas dos profissionais de saúde.

Dados da pesquisa

Estudo sobre médicas e médicos  foi realizado por um total de 1.711 médicos residentes no Medscape em português, sendo 36% mulheres e 64% homens. Estudo completo pode ser encontrado no site https://portugues.medscape.com/slideshow/65000167

 Medscape-logo.jpg 29 de setembro de 2023 4 KBO Medscape

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Edição, Don Oleari – [email protected]

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Com informações de Jéssica Fausino

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Don Oleari - Editor Chefão

Radialista, Jornalista, Publicitário.
Don Oleari Corporeitcham