Sportotal | Nem sal grosso adiantou: Fogão perde pro Palmeiras e dá tchau ao Mundial

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Nem sal grosso adiantou

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ANILSON FERREIRA

Rapaz… eu já devia saber. Foi só a Dona Cida lavar minha camisa do título carioca de 1995 na véspera do jogo, que o azar bateu na porta! E olha que eu acendi vela, escondi a imagem do Abel Ferreira debaixo do sofá e até deixei um copo de cachaça pro Garrincha no altar, mas não teve jeito: o Botafogo foi eliminado pelo Palmeiras nas oitavas de final do Mundial de Clubes. 1×0, gol do tal Paulinho na prorrogação. E olha… eu vi esse filme antes.

O jogo? Rapaz, foi mais enrolado que promessa de político. Primeiro tempo sonolento, segundo tempo truncado, e prorrogação no calor que só podia ser castigo dos deuses do futebol – provavelmente palmeirenses, só pode.

O moleque Estêvão até tentou, mas tava mais pra “Estêvão do VAR”, porque fez gol impedido. Depois Abel fez suas bruxarias táticas lá, dobrou lateral, girou zagueiro, chamou até vento contra. Já o nosso técnico, Renato Paiva, tirou volante pra botar atacante, achando que era pelada na praia.

Resultado: deixamos o Paulinho livre na área, e ele fez aquele gol com a calma de quem tá escolhendo pão na padaria. Driblou Marlon Freitas como quem troca de canal e mandou de canhota no cantinho. A flechinha dele doeu mais do que consulta sem anestesia.

Depois do gol, até com dez em campo os caras do Palmeiras se fecharam que nem conta bancária na segunda-feira. A gente tentou, tentou, mas parecia que a bola tava com medo de entrar.

Agora é isso. Mundial? Fica pra próxima encarnação. Já tô com o trevo de quatro folhas na carteira, vou enterrar uma camisa do adversário no quintal e nunca mais deixo ninguém mexer nas cuecas da sorte.

E como tem coisas que só acontecem ao Botafogo o treinador Renato Paiva foi demitido e agora sem titulo e sem treinador.

Botafogo, meu amor, a gente sofre, mas não larga. Agora é torcer pro Benfica meter três no Palmeiras e mostrar que quem tira o Glorioso não tem paz!