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Oncologista brasileiro aborda na ASCO 2023 obstáculos para controle do câncer de colo uterino na América do Sul

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No maior evento de oncologia clínica do mundo – Reunião Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO 2023) – que começou nesta sexta (2), em Chicago, o gineco-oncologista Ricardo dos Reis, membro do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) falará sobre os desafios da América do Sul para prevenir, diagnosticar e tratar as pacientes com câncer de colo uterino, além de compartilhar dados da experiência do Hospital de Amor, de Barretos (SP), na parte de prevenção deste tumor

A apresentação oral do gineco-oncologista Ricardo dos Reis, membro do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), é uma abordagem sobre equidade na saúde global na prevenção do câncer de colo do útero da Reunião Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO 2023), de 2 a 6 de junho em Chicago, nos Estados Unidos.

Ricardo dos Reis, que é também médico cirurgião do departamento de Ginecologia Oncológica do Hospital de Amor, de Barretos, no interior de São Paulo, apresentará a aula Obstáculos para o Cuidado em Câncer Ginecológico na América do Sul / Obstacles to Gynecologic Cancer Care in South America, na segunda (dia 5).

Serão enfatizados os obstáculos geográficos e do cuidado e controle do câncer de colo uterino na América do Sul. Além de Ricardo dos Reis, a epidemiologista Patti Gravitt, diretora de Global Health do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos (NCI). A especialista apresentará a aula The WHO Cervical Cancer Elimination Initiative: Lessons Learned on Access to Care, abordando a missão proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de adoção de medidas capazes de eliminar o câncer de colo do útero até 2030 e quais foram as lições aprendidas até o momento nos países latino-americanos.

A fala de Ricardo dos Reis é dividida em prevenção primária, secundária e terciária:

“Na prevenção primária, eu vou passar por todos os obstáculos e desafios em relação à vacina contra HPV, alertando para a baixa cobertura no Brasil e demais países da América do Sul. Na prevenção secundária, abordarei o rastreamento do câncer de colo do útero, ressaltando que não é realizado com teste molecular de HPV e sim com o Papanicolau com sua devida cobertura em todas as regiões”.

Reis completa:

“Na prevenção terciária, as dificuldades do tratamento, com falta e má distribuição de aparelhos de radioterapia no Brasil, especialmente no Norte do país, onde há mais casos de câncer de colo do útero e, infelizmente, o menor número de aparelhos de radioterapia por habitantes, fazendo com que as pacientes viajem dois mil a três mil quilômetros para conseguir se tratar”, descreve Reis.

Ricardo dos Reis também chama a atenção para o número elevado de câncer de colo uterino na América do Sul.

“Embora a curva de mortalidade esteja estável, ainda é um número alto de mortes e, infelizmente, 50% dos casos hoje são diagnosticados em estágios avançados da doença”, reforça. Como exemplo exitoso de iniciativa de controle de câncer ginecológico, Ricardos dos Reis apresentará dados da epidemiologia do Hospital de Amor, de Barretos, instituição que registra 90% de casos de câncer de colo do útero diagnosticados, nas suas unidades de prevenção, nos estágios mais iniciais (0 e I).

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Além de Ricardo dos Reis, com esta apresentação oral, o Grupo EVA levará para a ASCO 2023 uma comitiva composta por mais de uma dezena de especialistas. Dentre as apresentações mais aguardadas por eles, destaque para estudo que aborda o impacto da adição de pembrolizumabe no aumento da sobrevida de pacientes com câncer de colo do útero avançado.

É um ensaio clínico com 617 pacientes com câncer de colo do útero persistente, recorrente ou metastático que ainda não foram tratados com quimioterapia sistêmica e não eram elegíveis para tratamento curativo com cirurgia ou radioterapia. Expectativa também para a apresentação dos dados do estudo randomizado internacional de fase III que compara o braço de histerectomia radical e dissecção do nó pélvico (HR) com o braço de histerectomia simples e dissecção linfonodal (SH) em pacientes com câncer de colo do útero em estágio inicial e de baixo risco (LRESCC). Este trabalho é liderado pelo Canadian Cancer Trials Group.

EVA oferece Congresso pós-ASCO para brasileiros

Apenas uma semana após o término da ASCO 2023, o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) realizará no dia 13 de junho, às 19 horas, uma reunião virtual aberta ao público. A coordenação será da oncologista clínica Daniela Assad, coordenadora de Ensino do EVA e Gustavo Guitman, diretor de ginecologia oncológica do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Mais informações no site www.eva.org.br.


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3 de junho de 2023

 Sobre o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) – O EVA é uma associação sem fins lucrativos, composta em sua maioria por médicos, que tem como missão o combate ao câncer ginecológico. Seu time, multiprofissional, atua com foco na educação, pesquisa e prevenção, assim como promove apoio e acolhimento às pacientes e aos familiares.

A idealização e a organização do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos foram iniciadas pela oncologista clínica Angélica Nogueira Rodrigues, no Hospital do Câncer II do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A primeira reunião ocorreu em 12 de março de 2010 e o nome Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos passou a ser utilizado a partir desta data.

A primeira reunião para nacionalização do grupo ocorreu no Congresso da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em 2013, na cidade de Brasília. O nome EVA foi resultado de uma reunião neste evento e foi sugerido pela oncologista clínica, coordenadora da área de apoio ao paciente (advocacy) do grupo, Andréa Paiva Gadelha Guimarães. O ginecologista oncológico Glauco Baiocchi Neto é o diretor-presidente do EVA na gestão 2023-2024.

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Don Oleari - Editor Chefão

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