As águas do Sena e as Olimpíadas de Paris 2024
Redação: Don Oleari PN
Foto de Capa: fumaça com as cores da França | REUTERS/Amanda Perobelli
Uma Cerimônia Inovadora
A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, realizada nesta sexta-feira, 26 de julho, marcou um novo capítulo na história das Olimpíadas.
Ao invés de um estádio tradicional, a festa aconteceu em um palco inusitado: o rio Sena. Um desfile aquático que levou a chama olímpica e os atletas por um dos mais icônicos cartões postais da cidade de Paris, oferecendo um espetáculo único e memorável.
Destaques da Cerimônia
Um Desfile Aquático: A grande novidade foi a realização do desfile das delegações em barcos, navegando pelo rio Sena. Essa escolha inovadora permitiu uma interação maior entre os atletas e o público, que acompanhou a procissão pelas margens do rio.
A Cavalgada da Amazona: Um dos momentos mais emocionantes da cerimônia foi a entrada da amazona, uma mulher negra, que conduziu a bandeira olímpica em um cavalo branco. Esse ato simbolizou a diversidade e a força feminina, além de ser uma homenagem à história equestre de Paris.
Sustentabilidade e Inclusão: A cerimônia buscou destacar a importância da sustentabilidade e da inclusão. A utilização de materiais reciclados, a presença de atletas com deficiência e a mensagem de união entre os povos foram alguns dos pontos altos do evento.
Um Homenagem à História de Paris: A cerimônia também fez uma homenagem à rica história de Paris, com referências à arte, à cultura e aos movimentos sociais que marcaram a cidade.
Uma Nova Era Olímpica
A abertura das Olimpíadas de Paris 2024 representa uma nova era para os Jogos Olímpicos. A escolha de um local inusitado para a cerimônia, a ênfase na sustentabilidade e na inclusão, e a celebração da diversidade cultural são sinais de que o movimento olímpico está em constante evolução.
Mais sobre a abertura
Com Luiz Henrique Ferreira Guimaraes – EBC – Rio de Janeiro – https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2024-07/paris-abre-olimpiada-com-inedita-cerimonia-ceu-aberto
A Marselhesa, hino da França, foi interpretada pela mezzo soprano Axelle Sain-Cirel, posicionada no alto do Grand Palais.
Um trecho da cerimônia homenageou as mulheres francesas. Dez estátuas com importantes figuras históricas do país emergiram do Rio Sena.
Entre elas estava a da filósofa Alice Milliat, que lutou pelo direito das mulheres participarem das Olimpíadas no início do século 20.
Esta é a edição de Jogos Olímpicos com a maior participação feminina na história.
A Ponte Debilly virou uma grande passarela, com um desfile de expoentes da moda. O local também foi palco para uma celebração da diversidade de corpos, da música e da dança.
Autoridades e jornalistas foram alocados em um espaço na Praça do Trocadero, próximo à Torre Eiffel, perto do ponto final do desfile dos barcos com as delegações.
Em discurso, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, exaltou o espírito de solidariedade dos Jogos Olímpicos e clamou pela união da humanidade na diversidade. O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou abertos a 33ª edição dos Jogos Olímpicos.
No trecho final da cerimônia, a Torre Eiffel se tornou a grande estrela do espetáculo. Ao invés dos tradicionais fogos de artifício, um show de luzes e lasers potentes, sincronizados com a trilha sonora, fez brilhar o monumento mais famoso da França.
A tocha olímpica ressurgiu no palco montado e foi entregue pelo condutor misterioso a Zinedine Zidane, ex-jogador campeão mundial de futebol. Depois passou pelas mãos de estrelas internacionais do esporte, começando pelo tenista espanhol Rafael Nadal. Depois, já em uma lancha no Rio Sena, se juntaram a ele a ex-tenista norte-americana Serena Willians; a ex-ginasta romena Nadia Comaneci e o ex-velocista norte-americano Carl Lewis.
De volta à terra firme, o revezamento da tocha contou com vários atletas, tendo o Museu do Louvre como cenário até o Jardin des Tuileries, ou Jardins das Tulherias.
Lá o judoca Teddy Riner, tricampeão olímpico do judô, e a ex-atleta Marie- José Pérec, tricampeã olímpica no atletismo, acenderam juntos a pira olímpica, alocada em um gigantesco balão, que pairou no céu de Paris.
Abertura das Olimpíadas 2024 – Foto: Reuters/Adnan Abidi
A cerimônia foi encerrada com uma emocionante apresentação da cantora canadense Celine Dion. Ela era uma das atrações mais aguardadas do evento e cantou L’Hymne à L’Amour, clássico de Edith Piaf, em um dos andares da Torre Eiffel.
As competições em Paris começaram na quarta-feira (24), mas neste sábado (27), serão distribuídas as primeiras medalhas da Olimpíada.
Paris
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