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Rubens Pontes: A poesia feminina há milênios tocando o coração da humanidade | Bárbara Bela, Alvarenga Peixoto | 22/7

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Coluna AQUI RUBENS PONTES

MEUS POEMAS DE SÁBADO

Rubens Pontes, jornalista

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enheduana

A poesia tem sido apontada como a primeira manifestação expressa da sensibilidade humana, registrada em composições musicais, de forma oral ou escrita.

O Don Oleari, Portal de Notícias – www.donoleari.com.br –  vale-se da historiadora Adélia Noronha para apontar a sacerdotisa  Enheduana, nascida na Mesopotâmia no ano de 2.300 a.C, como tendo sido a primeira escritora  poeta do mundo.

 Disk_of_Enheduanna_2-768x734-1-2-1.jpg 22 de julho de 2023 24 KBO Disco de Enheduana, descoberto por Leonard Woolley, atualmente conservado no Museu da Universidade de Philadelphia (EUA).

Enheduana – Enheduana, que significa no império Adorno do Céu, era filha do rei Sargão de Arcad, um dos fundadores da Mesopotâmia, tendo nascido há dois mil e trezentos A.C.

Alta sacerdotisa do Deus lunar Innana na cidade de Ur, escreveu e nos legou uma coleção de hinos denominados “Hinos Sumérios do Templo”.

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Esses hinos chegaram aos nossos tempos com a decifração de trinta e sete tábuas de argila encontradas em Ur e em Nippur.

Reconstrução moderna na localidade de  Ur, sobre as ruínas de Giparu, complexo de templos onde Enheduana viveu e foi enterrada.

Imagem: Wikimedia Commons

O poema abaixo transcrito é um deles.

Hino a Innana

Enreduana

 

Senhora de todas as essências, luz plena,

Boa mulher vestida e esplendor

A quem o céu e a terra amam

Amiga do templo de An,

Você carrega grandes ornamentos

 

Você quer a tiara da alta sacerdotisa

Cujas mãos seguram sete cenários

Minha Senhora, guardiã de todos os grandes eventos

Você escolheu e pendurou de sua mão.

Você juntou as essências sagradas e as colocou

Apertadas em seus seios.

Frauta agreste
maria antonieta tatagiba

Aqui, entre nós

O Espírito Santo, sempre presente na área com figuras que impuseram seus nomes no cenário da cultura nacional, possui o registro da primeira escritora brasileira com nome assinando um livro de poesias – Maria Antonieta Tatagiba.

Ela é Patrona da Academia de Letras de Mimoso do Sul/ES e da Academia de Letras de São Pedro de Itabapoana, um distrito do mesmo município, presidida pelo médico e escritor Pedro Antonio de Souza.

A esplêndida poeta ocupa singularmente a Cadeira 32 da Academia Masculina de Letras de Vitória, título a ela outorgado onze anos após seu falecimento, em 1939, jovem de 32 anos de idade.

Maria Antonieta Tatagiba foi também a primeira mulher a dirigir um jornal no Espirito Santo, “A Semana”, em São Pedro de Itabapoana, o belo sítio histórico no extremo sul do Espírito Santo.

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Pioneirismo

Para este levantamento, chega à Coluna o nome de Maria Firmina dos Reis, professora pública em Guimarães, Pernambuco, considerada por críticos a primeira escritora brasileira, pioneira na nossa literatura, criticando a escravidão e se empenhando na defesa de sua abolição.

O fato foi divulgado pelo jornal “A Moderação” de São Luís, do dia 11 de agosto de 1860, anunciando o lançamento do romance Úrsula de autoria da “exma. Sra. D. Maria Firmina dos Reis, professora pública em Guimarães.”

Mãe branca, pai negro

Negra, filha de mãe  branca e pai negro, Maria Firmina dos Reis nasceu em 1822 na ilha de São Luiz, Maranhão.

 maria-firmina-dos-reis-maite-proenca-1-1.jpg 22 de julho de 2023 24 KBEm seu primeiro livro abordou gênero literário sem precedentes no Brasil – um instrumento de crítica à escravidão, usando para isso a humanização de personagens escravizados.

Maria Firmina dos Reis foi particularmente enaltecida como professora, aprovada em concurso realizado em 1847.

A aprovação no concurso lhe assegurou estabilidade e respeito para o lançamento de livro pioneiro no gênero, abertamente combatendo a escravidão.

Su livro “Úrsula” foi publicado antes de “Escrava Isaura”, de Bernardo Guimarães de 1875 e de ‘Navio Negreiros”, de Castro Alves, de 1880).

Não importa a precedência, mas a relação de nomes evidencia como é notória a presença da mulher nesse cenário de cultura.barbara-heliodora-2-1-1.jpg 22 de julho de 2023 37 KB

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Em Minas

Os mineiros apontam o nome de Bárbara Heliodora Guilhermina da Silveira, heroína da Inconfidência Mineira, como a primeira mulher no Brasil Colônia a escrever poesia.

Além de ativista política, Bárbara foi mineradora e ficou conhecida como a musa inspiradora de seu marido, o imortal poeta Alvarenga Peixoto.

É dele o poema “Bárbara Bela”, sendo ela e todas as mulheres – poetas ou não – motivo de homenagens do Portal – www.donoleari.com.br – e do Colunista.

Rubens Pontes, jornalista.

Capim Branco, MG –[email protected]

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Bárbara bela

Alvarenga Peixoto

Bárbara bela,

do Norte estrela,

que o meu destino

sabes guiar,

de ti ausente,

triste, somente

as horas passo

a suspirar.

Isto é castigo

que Amor me dá.

 

Por entre as penhas

de incultas brenhas

cansa-me a vista

de te buscar;

porém não vejo

mais que o desejo,

sem esperança

de te encontrar.

Isto é castigo

que Amor me dá.

 

Eu bem queria

a noite e o dia

sempre contigo

poder passar;

mas orgulhosa

sorte invejosa

desta fortuna

me quer privar.

Isto é castigo

que Amor me dá.

 

Tu, entre os braços,

ternos abraços

da filha amada

podes gozar.

Priva-me a estrela

de ti e dela,

busca dois modos

de me matar.

Isto é castigo

que Amor me dá.

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Edição, Don Oleari – [email protected] – https://www.facebook.com/oswaldo.oleariouoleare

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Don Oleari - Editor Chefão

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Radialista, Jornalista, Publicitário.
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