tecnológicos
Recebi com o seguinte bilhetimeil anexo ao delicioso texto do Renato:
Don Oleari: “Um documento para a Receita Federal por “Fax”? Não acreditei. Vai aí meu textículo elaborado daqui dos USA. Não xinga a mãezinha do Editor Chefão”. |
A ressalva da mãezinha é que disse ao nosso prezado novo colaborador que o Don Oleari Portal de Notícias não pratica CENSURA. O único quesito censurado é se xingar a mãezinha do Editor Chefão (Don Oleari).
Renato Fischer |
Minha contadora me solicitou enviar um documento à Receita Federal através do fax.
O quê? Fax?
Demorei algum tempo pra rebuscar na memória algo que dela já tinha desaparecido.
Sim, aquela maquininha onde colocávamos uma folha com textos ou figuras e ela a transmitia a outra máquina na outra ponta da linha. Aquilo mesmo.
– Não pode ser por email? perguntei.
– Não, respondeu ela. E completou, peremptória: “Definitivamente só é aceito por FAX”.
Não acreditei em princípio, mas fui…
Saí eu atrás da máquina de fax pra mandar o tal documento à Receita. Felizmente encontrei. Não foi muito difícil. Não pensem que estou falando de história passada.
Foi agora, semana passada. Não foi no Sudão. Foi aqui nos Estados Unidos da América, o país das tecnologias, na semana passada, repito.
Lembram do cheque? Aquela folhazinha que você entregava preenchida e assinada, autorizando seu banco a pagar ao portador uma determinada quantia?
Ainda existe no Brasil, porém nos extertores. Pois por aqui, nos Estados Unidos, ainda é muito comum nas transacões financeiras. Fazem também transferências bancárias, mas da forma antiga. Modelos como o nosso Pix, nem pensar. Não existem.
Minha secretária fez a reserva de um carro na locadora pra mim. Saltei do avião depois de 32 horas de voos, cumpridos os ritos de praxe no aeroporto, fui pegar o veículo.
Apresentei minha carteira de motorista, já no modelo internacional que o nosso Denatran emite. Na forma digital, onde há até um QR code que informa toda aminha vida de motorista. Qual o quê?
Aqui se exige a velha cédula de papel, impressa. Tive que ir embora, como a Angélica. De táxi.
Nas últimas eleicões presidenciais aqui dos Estados Unidos em 2020, os eleitores começaram a votar dois meses antes do pleito em alguns estados. Aqui se pode mandar voto pelo correio.
Mas o eleitor tem que preencher alguns dados no voto. Se esquecer, nalguns estados se permite que os agentes da justiça eleitoral preencham pelo eleitor.
Só não pode escolher o candidato, caso o eleitor também o esqueça de fazer. As eleicões nas urnas aconteceram no dia 3 de novembro daquele ano. A contagem dos votos e a proclamacão do resultado saiu no dia 30 daquele mês.
Uma escrutinadora do estado do Wisconsin levou uma urna pra casa e passou mal, tendo que ir pro hospital. A justica eleitoral passou duas semanas para encontrá-la e contar os votos da urna guardada na sua casa. E ainda teve a invasao do Capitólio.
O sistema decimal, por exemplo, ainda não desembarcou por aqui. As medidas são feitas como eram na idade media. Distâncias se medem por pés, jardas, braças, polegadas, milhas (que existem a da terra e a do mar, com medidas diferentes).
Pode ser medido ainda por tempo. Qual a distância entre Salt Lake City e Springville? Mais ou menos 1 hora. Se queres saber a metragem de sua sala de jantar, não vai conseguir. Terá a “pedragem” quadrada, pois a medida é em pé quadrado. Se bem que algumas dessas esquisitices também reina no Brasil.
Se você for a uma loja comprar uma televisão e informar que quer um aparelho de 150 cm, o vendedor vai querer saber de que planeta você está vindo.
Na balança a linguagem vem em POUNDS (o mesmo que LIBRA), que equivale a 454 gramas, ou 0,454kg.
Há alguns anos a funcionária de uma companhia aérea queria me cobrar 300 dólares por excesso de peso em minha mala.
Foi difícil entender que six pounds correspondiam a pouco menos de 3kg até eu transferir um punhado de catálagos que eu tinha na mala pra minha mochila e me livrar daquela multa exorbitante.
Aqui escrevendo este texto numa temperatura de 51 graus. Vocês devem estar pensando que tô torrando. Nada. Estou vestido com dois moletons. Aqui os termômetros seguem a velha Farenheit.
Não conhecem o Celsius ainda.
Regozijemo-nos! Somos mais tecnológicos (Renato Fischer).
Renato Fischer é jornalista, médico, empresário (pela ordem). E nosso amigo e amigo do Elom Musk.
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Edição, Don Oleari – [email protected] –
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