Bolsa Família
Don Oleari Pesquisa
NEC = Nota do Editor Chefão, Don Oleari |
O empreendedor Rafael Ottaiano escreveu aqui dia desses um artigo questionando a dificuldade de se contratar trabalhadores em diversas áreas, baseado em depoimentos diversos.
Difícil atualmente encontrar-se profissionais de serviços gerais como pedreiros e ajudantes para pequenas obras, serviços domésticos e afins, anotou ele.
No Artigo de Ottaiano, nos chamou a atenção um número surpreendente: no Nordeste existem mais dependentes do programa Bolsa Família do que trabalhadores com carteira assinada.
Um chato da redação franziu a testa e o nariz e comentou: “acho que o doutor aí tá chutando esse número”.
Foi o que bastou para o Editor Chefão determinar ao Pauteiro sair à caça aos números do programa Bolsa Família, de trabalhadores com carteira assinada, entre outros dados. Abaixo, está o que se apurou.
E, pasmem, o chato da redação leu, retirou o que disse e comentou: “tenho que engolir minha língua”.
Sabe-se que o programa nasceu de um programa básico, o Bolsa Escola, criado pelo então governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque, um educador acima do eixo no universo político do próprio partido e do país.
Buarque, amigo de Dona Ruth Cardoso, um ente anormal no universo brasileiro de “Primeiras Damas”, levou a ela a proposta do seu programa básico. E dessa conversa de dois seres políticos raros, surgiu um programa sucedâneo, e outro, e outro, até desembocar no atual Bolsa Família.
Que se tornou num período longo um programa de “voto cativo” e gigantesco ambiente para muita corrupção, inscrevendo nele vereadores, cabos eleitorais, fazendeiros, amigos dos amigos dos governos e outras maracutaias mais. Vejam a seguir (Don Oleari).
Bolsa Família, 21 Anos
O Bolsa Família, nascido sob a idealização de Dona Ruth Cardoso e do ex-governador do DF Cristovam Buarque, trilhou um caminho inspirador de combate à pobreza e à desigualdade no Brasil.
Evolução
- 2003: O Bolsa Família é lançado, direcionando recursos para famílias em situação de pobreza extrema e pobreza.
- 2004: Expansão do programa, alcançando mais famílias e elevando o valor do benefício.
- 2006: Criação do Bolsa Escola, incentivando a frequência escolar de crianças e adolescentes.
- 2007: Ampliação do valor do benefício e inclusão de novas condicionalidades, como acompanhamento pré-natal e vacinação infantil.
- 2013: Criação do “Minha Casa, Minha Vida” para famílias do Bolsa Família.
- 2016: Reformulação do programa, com foco na superação da pobreza extrema.
- 2020: Auxílio emergencial durante a pandemia da COVID-19, complementar ao Bolsa Família.
- 2021: Aumento do valor do benefício e criação do Auxílio Brasil, substituindo o Bolsa Família.
Números altos
Mais de 15 milhões de famílias já foram beneficiadas pelo programa ao longo dos anos. Esses números são variáveis, de acordo com o grau de maqueadores de estatísticas de cada governo.
Em maio de 2024
-
- 86,9 milhões de pessoas estavam inscritas no Auxílio Brasil.
- A média de pagamento era de R$ 405,00.
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- Distribuição por região
- Norte: 29,7% dos inscritos.
- Nordeste: 38,8% dos inscritos.
- Sudeste: 16,0% dos inscritos.
- Sul: 9,1% dos inscritos.
- Centro-Oeste: 6,4% dos inscritos.
- Distribuição por região
Veja os números de trabalhadores com carteira assinada e os números do Bolsa Família. Em algumas regiões, números são muito próximos.
-
- Norte: 32,2% da população tem carteira assinada, contra 29,7% no Bolsa Família.
- Nordeste: 37,1% da população tem carteira assinada, contra 38,8% no Bolsa Família.
- Sudeste: 47,8% da população tem carteira assinada, contra 16,0% no Bolsa Família.
- Sul: 43,1% da população tem carteira assinada, contra 9,1% no Bolsa Família.
- Centro-Oeste: 40,2% da população tem carteira assinada, contra 6,4% no Bolsa Família.
Média de filhos por família: 2,6 pessoas.
Impacto Social
- Redução da pobreza e da pobreza extrema: O Bolsa Família contribuiu significativamente para a redução da pobreza no Brasil. Entre 2003 e 2019, a pobreza extrema caiu de 29,2% para 6,5%, enquanto a pobreza diminuiu de 38,5% para 25,3%.
- Melhoria na educação e na saúde: O programa incentiva a frequência escolar de crianças e adolescentes, além de promover o acompanhamento pré-natal e a vacinação infantil.
- Fortalecimento da cidadania: O Bolsa Família contribui para a emancipação social das famílias, promovendo o acesso a direitos e oportunidades.
Desafios e Perspectivas
- Focalização e sustentabilidade: Garantir que o programa atenda às famílias mais necessitadas e buscar formas de financiamento sustentável.
- Inserção no mercado de trabalho: Promover a qualificação profissional e a geração de renda para as famílias do programa.
- Enfrentamento das desigualdades: Combater as desigualdades estruturais que perpetuam a pobreza e a vulnerabilidade social.
O Bolsa Família, em suas diversas fases, incluindo o Auxílio Brasil, demonstra o poder da transferência de renda condicionada como ferramenta de combate à pobreza e à desigualdade. Ao investir nas famílias mais necessitadas, o programa contribui para a construção de um Brasil mais justo e próspero.
Fraudes de milhões no Bolsa Família
O programa Bolsa Família, instituído em 2003 no governo brasileiro, foi criado com o objetivo de proporcionar apoio financeiro a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, visando combater a fome e promover a inclusão social.
No entanto, desde seu início, o programa tem enfrentado diversos desafios relacionados a fraudes e irregularidades na inscrição de beneficiários.
Ao longo dos anos, foram registrados numerosos casos de pessoas que se inscreveram indevidamente no Bolsa Família, o que gerou grande polêmica e questionamentos sobre a eficácia dos mecanismos de controle e fiscalização do programa.
Entre os beneficiários indevidos estavam vereadores, fazendeiros, empresários, amigos de políticos, cabos eleitorais e até servidores públicos que, de acordo com as normas do programa, não se enquadravam nos critérios de elegibilidade.
As denúncias de fraudes se intensificaram em vários momentos, especialmente no início de novos governos, quando se anunciavam medidas rigorosas para a revisão dos cadastros e a exclusão de beneficiários irregulares.
Em alguns desses episódios, foram relatadas cifras impressionantes, como a exclusão de até dois milhões de inscritos indevidos.
Essas medidas visavam não apenas garantir a transparência e a justiça do programa, mas também reforçar a credibilidade do Bolsa Família perante a opinião pública.
O Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) têm desempenhado papéis cruciais na identificação e combate às fraudes no Bolsa Família.
Auditorias e cruzamentos de dados com outras bases, como as do INSS e da Receita Federal, são algumas das estratégias utilizadas para identificar irregularidades. Apesar dos avanços, o desafio de manter um cadastro livre de fraudes continua sendo uma prioridade para o programa.
O combate às fraudes no Bolsa Família é essencial para garantir que os recursos públicos sejam direcionados para quem realmente precisa, permitindo que o programa cumpra sua função de promover a inclusão social e reduzir a pobreza no Brasil.
A persistência em aprimorar os mecanismos de controle e fiscalização é fundamental para a sustentabilidade e credibilidade do Bolsa Família no longo prazo.
Para mais informações sobre como o programa é gerido e as medidas tomadas para combater as fraudes, veja site oficial do Bolsa Família.
Bolsa Família
Edição, Don Oleari – [email protected] –
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