Busão das Artes: Museu Vale apresenta projeto de ciência e arte pela primeira vez em Vitória a partir do dia 16

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Busão das Artes

Parque Municipal Pedra da Cebola vai receber o Busão das artes, que mostra a diversidade existente em cada ser humano

O Museu Vale traz, pela primeira vez, ao Espírito Santo, o Busão das Artes, um caminhão de 15 metros adaptado para apresentar experimentos interativos e imersivos de ciência e arte, promovendo um mergulho pelo universo “invisível” de fungos, bactérias e micro-organismos fundamentais para a vida humana.

O projeto itinerante, que integra a atuação Extramuros do Museu, ficará no Parque Municipal Pedra da Cebola, em Vitória, com entrada gratuita, até dia 31 de março. O projeto vai atender ao público em geral e oferecer amplo programa de agendamento para escolas públicas e privadas.

A frase do pintor Paul Klee, que definiu arte como uma forma de “tornar visível o invisível”, ganha outro sentido no Busão das Artes. Com conteúdo leve e bem-humorado, as experiências levam o público a um passeio por duas vertentes: uma ambiental, que trata das bactérias e seu papel no ecossistema, e outra científica, abordando temas relacionados ao organismo humano.

A ideia é ampliar a compreensão do público sobre o universo, o corpo humano, as bactérias e a relação dos indivíduos com o meio ambiente. Tudo isso com instalações artísticas e interatividade, mostrando como as manifestações da vida biológica se relacionam com tudo que há no planeta. Quem guia o visitante por esse universo tão rico e pouco explorado está invisível aos olhos: fungos, bactérias e vírus.

“A atuação educativa do Museu Vale em seu momento Extramuros, visa continuar o seu legado de promover cultura, educação e formação, sempre próximo às escolas, articulando arte, ciência e experiências sensoriais”, afirma Claudia Afonso, diretora do Museu Vale.

Ciências e Meio Ambiente

Idealizado pelo curador e criador interdisciplinar Marcello Dantas, em parceria com o físico Luiz Alberto Rezende de Oliveira, um dos idealizadores e ex-curador do Museu do Amanhã, o Busão é um projeto realizado por Renata Lima, que dirige a Das Lima Produções, e a dupla Lilian Pieroni e Luciana Levacov, da Carioca DNA.

“O projeto acontece em praças e outros espaços públicos, gratuitamente, e está aberto a todos. Procuramos sempre buscar qualidade de vida e tornar a cidade um ambiente vivo”, afirma Luciana Levacov, sócia da Carioca DNA.

“Com esse projeto, buscamos democratizar o acesso ao conhecimento científico e biológico, mostrando a importância de conhecer o próprio corpo, as bactérias que vivem em nós e as que nos cercam”, ressalta Luiz Alberto Rezende Oliveira.

Novas descobertas

Quem for ao Busão vai descobrir que há mais de um quatrilhão de bactérias na Terra, dos quais 100 bilhões habitam o corpo humano, e 99,99% ainda sequer foram descobertas.

Todos os seres vivos estão profundamente interligados, e suas existências se definem pelas linhas de fronteira e de intercâmbio entre cada ser.

“A luta ancestral entre fungos, bactérias e vírus, que estão relacionados ao início e ao fim da vida. E é esse conceito que o Busão pretende divulgar. Não nos damos conta de que temos mais bactérias no organismo do que há estrelas no céu”, comenta Oliveira.

Com obras dos artistas Jaider Esbell, Piero Manzoni, Ricardo Carvão, Ricardo Siri, Suzana Queiroga, Vik Muniz, Vivian Caccuri e Walmor Corrêa, o projeto iniciou em 2021, no Rio de Janeiro, onde o Busão das Artes realizou cinco paradas até 2022.

Marcello Dantas destaca que, em razão da pandemia da Covid-19, as pessoas acabaram aprendendo mais sobre uma série de processos não perceptíveis a olho nu, mas que mudam o curso da história.

Essa dimensão microbial, seja do fungo, da bactéria ou do vírus, está ativa e tem muito a nos dizer. “É preciso inocular na cabeça das pessoas a consciência sobre essas dinâmicas e usar a arte como plataforma para entender as forças que estão em constante relação”, afirma o curador.

Ao falar de fungos, bactérias e vírus, o Busão traz a diversidade para o centro da discussão, partindo do próprio conceito da existência. Oliveira lembra que, até 1995, os biólogos pensavam que uma floresta era uma coleção de árvores e que os indivíduos árvores se definiam pela sua singularidade, independente de tudo que os rodeava.

Hoje, a ciência assegura que há uma rede de fungos subterrânea que conecta os vegetais e transforma essa coleção em uma sociedade, de tal maneira, que as árvores mais velhas cuidam das mais novas e as saudáveis auxiliam as doentes. E isso vale para qualquer ser vivo, de acordo com o físico.

“O Busão propõe uma experiência sensorial e cognitiva para levar informação adiante, mostrando como a diversidade integra todos os grupos. O que estamos levando ao Espírito Santo é, para nós, uma missão de responsabilidade social”, conta Marcello Dantas.

Em seus 25 anos de história, o Museu Vale já realizou 53 grandes exposições e recebeu mais de 2,2 milhões de visitantes. O museu promove atividades de arte-educação em escolas públicas do estado, no Parque Botânico Vale, em Vitória, e na Reserva Natural Vale, em Linhares.  

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Sobre as obras

Cada artista levou um pouco de sua essência para contribuir com o projeto, propondo experiência visuais e sensoriais para o público:

“A vida vem da luz invisível — Os povos que moram no nosso corpo” é a obra de Jaider Esbell (1979-2021), indígena da etnia Macuxi, e mostra a interação entre fungos e bactérias – uma das mais antigas colaborações e competições da natureza.

“Merde Essenciel foi criada por Piero Manzoni (1933-1963) e fala sobre o destino das fezes na Natureza, ao tornarem-se um ambiente de nutrientes e bactérias que impulsionam novas vidas enquanto preservam sua identidade biológica.

“Como conversar com árvores”, de Ricardo Carvão, é composta por esculturas de materiais reutilizados que mostram como as substâncias atravessam e se transformam dentro de cada célula do corpo, bem como nas árvores.

“Polonizando ideias” é a de Ricardo Siri, que traça um paralelo entre os humanos e as abelhas a partir da biologia e da essencial arte de polinização, permitindo que o ciclo reprodutivo das flores seja completado.

“Curiosar”, de Suzana Queiroga, traz uma experiência tridimensional dos corpos se entrelaçando com camadas de culturas bacterianas em escala humana.

“Umbigos” é a mostra de Vik Muniz, com a mais completa biometria de um ser humano: a microflora do umbigo (mais identitária do que qualquer outra forma de tornar o indivíduo único).

“Sesmaria Soundsystem”, de Vivian Caccuri, é um sistema de som modelado puramente a partir de rapadura da cana-de-açúcar, reinterpretando derivados da cana em mídia de reprodução de som que ecoam barulho das folhas da cana, das queimadas e dos insetos que gravitam em torno do material.

“Pikaia” é a instalação de Walmor Corrêa, que oferece a imagem do beijo imaginário da Pikaia gracilens – animal marinho extinto que viveu há 505 milhões de anos, no período Cambriano na forma de cartazes e adesivos.

Serviço:

Museu Vale apresenta Busão das Artes

Data: 6 a 31 de março de 2024
Local: Parque Municipal Pedra da Cebola, em Vitória
Horário de funcionamento: quarta-feira a domingo, das 9 às 17h; sendo na quinta-feira com horário estendido, das 9 às 21h
Visitas agendadas: escolas e instituições devem enviar e-mail para [email protected] e realizar o agendamento da visita

Entrada gratuita

Canais: museuvale.org/ @museuvale

www.busaodasartes.com.br | @busaodasartes

Busão das Artes

Edição, Don Oleari – [email protected] – e Regina Trindade

https://www.facebook.com/oswaldo.oleariouoleare – https://twitter.com/donoleari

Com Eduardo Candeias

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Don Oleari - Editor Chefão

Radialista, Jornalista, Publicitário.
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