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Rubens Pontes | Mais 6 mulheres inteligentes e criativas no cenário do Saber no ES | 24/6

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Coluna AQUI RUBENS PONTES:

MEUS POEMAS DE SÁBADO

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Rubens Pontes,
jornalista

NEC = Nota do Editor chefão, Don Oleari –

Não é a primeira vez que nosso dileto colaborador Senior Rubens Pontes me põe numa “saia justa”. Na coluna passada foi a memacosa. Arbitrei e escolhi Carmelia M. de Souza entre as 6  mulheres para a capa.

Na coluna de hoje, mais 6 mulheres e optei pelo sorteio. Coloquei 6 papelim com nomes sobre o teclado desta trolha eletrônica bilgueitiana-istijobiana e escolhi um. Qualquer uma das 6 celebridades da coluna poderia estar na capa. Mas, sorteio é sorteio: deu a professora Ethel Maciel. Tinha o recurso da colagem das  6 fotos, mas seria um trabalho que interromperia a minha paralela e introspetiva sessão de puromalteologia (Don Oleari).

Daqui pra frente, fiquem com Mestre Rubens Pontes.

Na minha última Coluna do Portal Don Oleari – www.donoleari.com.br – relacionei o nome de seis mulheres que ajudaram a escrever a história da criatividade intelectual do Espírito Santo, abrindo a rota para o futuro que então aparecia como nebuloso e inseguro para elas.

As informações, baseadas em levantamentos de Vitor Taveira, relacionando seis nomes de intelectuais e humanistas que se distinguiram em um tempo a que já nos foge a memória, alcançaram satisfatória repercussão, levando o Editor Chefão, Oswaldo Oleari, a sugerir o mesmo tema para igual levantamento de outras seis intelectuais contemporâneas que encontraram portas semiabertas para atuação numa área até então praticamente fechada para elas.

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O processo de seleção foi o mesmo adotado pela Coluna, agora nominando Camila Valadão, Kika Carvalho, Bernadette Lyra, Deborah Sabará, Ethel Maciel e Sônia Rodrigues.

Alguns desses nomes podem não ser familiares a eventuais leitores da Coluna, mas cada um deles está definitivamente vivo e integrado ao mundo da atuante inteligência criativa  das mulheres do Espírito santo.

 camila-valadao.jpg 24 de junho de 2023 4 KBCAMILA VALADÃO

Figura singular da nossa cultura, doutoranda em Política Social pela UFES, negra, feminista, politicamente defensora dos movimentos de esquerda, membro do Psol, Camila Valadão foi presidente do Conselho Regional de Serviço Social, CRES, e integrante do Conselho Estadual de Direitos Humanos – CEDH.

No plano político, em 2014 ganhou notoriedade nacional como a candidata mais jovem a concorrer ao cargo de governador no Brasil.

 Em 2016, foi a quinta candidata mais votada para a Câmara Municipal de Vitória, reeleita quatro anos depois como a segunda mais votada, com 5 mil 626 votos de feministas, antirracistas e antiLGBTfóbicos.

Camila Valadão – nome que se impõe pela valentia, bravura, cultura e ação.

 kika-carvalho.jpg 24 de junho de 2023 4 KBKIKA CARVALHO

Artista visual, educadora e expert em uma arte pouco praticada e por alguns caracterizada como marginal – o grafite.

Foi ela, aliás, a primeira mulher capixaba a alcançar destaque no Brasil como grafiteira, citada em palestra de Rosana Paulista no Museu de Arte de São Paulo (MASP), como uma das referências entre as artistas negras contemporâneas.

Kika Carvalho realizou, em 2022, residência artística no Instituto Goethe, na Bahia, trazendo com ela novos conceitos da arte em seus amplos espectros, ampliando seu trabalho de produção além dos muros e murais, desenhos, pinturas, gravuras, esculturas, instalação e vídeos.

Sua temática, menciona em seu estudo Vitor Taveira, está relacionada com mulheres, feminicídio, infância, juventude, população LGBTQIA e ancestralidade africana.

Foi KIKA Carvalho quem finalizou a pintura da Escadaria da Piedade, no centro de Vitória/ES.

Um dos seus quadros figura na obra “Enciclopédia Negra”, de Flávio Gomes, Jaime Lauriano e Lilia Schwarz, editado pela Companhia de Letras.

Tem trabalho publicado na revista “Vogue” e um dos seus quadros é peça de vestimenta da marca “À La Garçonne”, de Alexandre Herchcovitch.

Kika Carvalho, é ela própria quem diz:

Meu trabalho é parte de uma busca pessoal, enquanto mulher negra que reverbera em muitas vivências coletivas  sobre o que é ser negro no Brasil.

Bernadette-Site-1-1.jpg 24 de junho de 2023 24 KBBERNADETTE LYRA

Nascida em Conceição da Barra, onde nasceu em 1938, Bernadette Lyra é uma escritora de renome nacional, com mais de 15 livros publicados – romances, novelas, contos, além de participação em antologias nacionais e internacionais.

Em 1997, foi finalista do “Prêmio Jabuti” com “Memórias das Ruinas de Creta”.

Seu romance “Ulpiana” foi também semifinalista do “Prêmio Oceanos”, lançado em 2019.

Formada em Letras, viveu muitos anos em São Paulo, onde foi professora titular de mestrado da Universidade Anhembi-Morumbi, e professora-colaboradora da Escola de Comunicação e Artes (ECA-USP).

Nesse entre-tempo, realizou doutorado em Cinema.

Como se não bastasse, foi professora visitante da Universidade de Algarve, em Portugal, e como pós doutora, na Sorbonne, França.

Uma das valiosas contribuições de Bernadette Lyra como professora universitária, na área das pesquisas de áudio visual, foi a elaboração do conceito de “Cinema de Bordas”, associado ao circuito de filmes periféricos voltados para o imaginário popular e a participação de comunidades.

É membro da Academia Espírito-santense de Letras, tendo sido, por seu trabalho de engajamento no movimento cultural do ES, homenageada pela Prefeitura Municipal de Vitória com a outorga da “Comenda Mauricio de Oliveira”.

DEBORAH SABARÁ

Mulher trans, uma das expoentes capixabas do movimento LGBTQIA, Deborah Sabará nasceu em 1979 no bairro Santa Marta, em Vitória.

Como líder do movimento, há mais de 20 anos vem ocupando posições de direção e coordenação em comissões, secretarias e associações voltados para direitos humanos e às causas de pessoas trans. 

Deborah Sabará, mãe de um jovem de 20 anos, vem dividindo seu tempo entre a maternidade, o ativismo cultural e a militância em movimentos sociais. Foi durante seis anos diretora-presidente da Associação GOLD, desenvolvendo projetos sociais junto à comunidade LGBTQIA, lutando pela visibilidade trans.

Atualmente coordenadora de projetos, promovendo diálogos sobre raça, gênero, infecções sexualmente transmissíveis, e, via Cine Clube, diálogos sobre raça, gênero e violência contra a mulher por meio do cinema.

Deborah Sabará foi a primeira mulher trans do Espírito Santo a usar o nome social em uma prova do ENEM, e a primeira mulher transsexual capixaba a participar de festa tradicional usando a roupa de acordo com sua identidade de gênero.

Em 2019, tornou-se a primeira travesti porta-bandeira de uma Escola de Samba.

ethel.jpg 24 de junho de 2023 18 KBETHEL MACIEL

 Cientista por vocação e formação, o nome da cientista Ethel Maciel tornou-se familiar aos brasileiros por sua firme atuação no combate ao recente surto de Covid-19.

Defendeu bravamente, desafiando os Poderes Públicos, o acesso do público a informações confiáveis e embasadas na ciência.

Esse princípio tem sido uma constante na sua carreira acadêmica, desde sua graduação no curso de enfermagem pela UFES, seu doutorado pela UERJ e estudos epidemiológicos na Johns Hopkins University (USA).

Ethel Maciel é professora titular do Departamento e Enfermagem e Coordenadora do Laboratório de Epidemiologia da UFES, presidente da Rede Brasileira de Pesquisa de Tuberculose e Consultora da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Mãe de três filhos, a eclética Ethel Maciel – poucos sabem- é apaixonada por balé. A dança clássica foi sua primeira profissão: aos 17 anos, dava aula de balé em Baixo Guandu, sua cidade de nascimento.

 sonia-rodrigues-1.jpg 24 de junho de 2023 6 KBSONIA RODRIGUES

Bacharel licenciada em Psicólogia pela Associação Vitoriana de Ensino Superior – FAVI, Sonia Rodrigues é também bacharel em Serviço Social pela UFES e psicanalista em formação permanente do Grupo de Estudos de Vitoria.

Participou da Comissão de Discussão e Implantação do “Grupo de Estudos sobre as Relações Raciais – Referências Técnicas para Atuação de Psicólogos”, do Conselho Regional de Psicologia – CRP/16ª Região, e é membro do Grupo de Pesquisa Ocupa: Psicanálise – ação para clínica psicanalista antirracista, dos Departamentos de Psicologia da UFMG e da UFES.

Sonia Rodrigues é Coordenadora da Articulação Nacional de Psicólogos e Pesquisadores Negros do Espírito Santo e uma das idealizadoras do Raiz Forte – Espaço de Criação, entidade criada em 2016.

Em parceria com Thiago Balbino, artista plástico, atualmente coordena as atividades do Espaço Cultural Casa da Barra em Conceição da Barra.

Somam esses seis nomes aos outros seis elencados na última Coluna, sábado da semana passada, e a outros exemplos de mulheres que romperam barreiras para com estudos, dedicação, desprendimento, coragem e cultura, ampliar as fronteiras do pequeno Espírito Santo até os grandes Estados onde brilham inteligências brasileiras privilegiadas.

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O poema selecionado é preito de homenagem do Portal don Oleari – www.donoleari.com.br – e deste Colunista, a todos elas e a todos os que inevitavelmente vêm e vão…

Rubens Pontes, jornalista.

Capim Branco, MG

A Mocidade 

Elmo Elton

“Veio, cedo, com passos de perdiz,

e quando aqui chegou, tão leda e mansa,

me disse, rindo, sem maior tardança,

que havia de fazer-me ainda feliz. 

 

Beijei-a, então, radiosa flor de lis,

e ela, ao ver-me a alma ardendo de esperança,

entre promessas de quem tudo alcança,

de minha vida fez o que bem quis. 

 

Floriu-me o coração de anseio e festa,

pôs-me nos lábios mil sorrisos francos,

deu-me sonhos de amor, felicidade.

 

Partiu depois… e dela só me resta,

sob o frio de meus cabelos brancos,

a enorme cicatriz desta saudade!”

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 elmo-elton-1-e1687642998379.jpg 24 de junho de 2023 52 KBSobre Elmo Elton

Por muitos críticos considerado o maior poeta do Espírito Santo, Elmo Elton foi membro de várias instituições culturais como a Academia Espírito-santense de Letras, a Associação Espírito-santense de Imprensa, o Conselho Estadual de Cultura. 

Dedicou-se principalmente ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo onde exercia a 1ª Vice-Presidência e para o qual doou quase tudo que possuía — o seu rico acervo mobiliário, peças artísticas e obras raras recolhidos ao longo dos 30 anos que passou no Rio de Janeiro (acrescido ainda das últimas aquisições feitas no Espírito Santo).

Natural, portanto, que o Instituto Histórico e Geográfico lhe prestasse homenagem, nomeando Casa de Elmo Elton o museu da entidade.

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Edição, Don Oleari – [email protected] – https://twitter.com/donoleari

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Radialista, Jornalista, Publicitário.
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