PA de Anchieta não atende paciente grávida
“Valeu, Fabinho, por jogar a lama no ventilador contra essa gente rica que não gosta de pobre.”
“É o fim!”, disse um morador, revoltado
ESPECIAL ANCHIETA | Litoral Sul do/ES
Anilson Ferreira
Uma senhora grávida foi ao Pronto Atendimento de Anchieta, sul do Espírito Santo, neste dia 13 de agosto de 2024 com sintomas gripais fortíssimos e sentindo dores diversas.
Os atendentes a orientaram a procurar hospitais em Itaipava, Itapemirim ou em Cachoeiro de Itapemirim. Quem relata todo esse drama é o marido da senhora grávida, o caminhoneiro Fabinho Correia, com imensa indignação e revolta.
A nossa reportagem ouviu Fabinho, e o relato de revolta é de cortar o coração dos anchietenses. Ele conta que procurou o P.A. de Anchieta com sua esposa, mas ela não foi atendida. Os profissionais de saúde orientaram o caminhoneiro a levar sua esposa para hospitais em outras cidades.
A indignação foi tamanha que Fabinho gravou um vídeo e fez uma denúncia contra quem cuida, ou deveria cuidar, da saúde em Anchieta:
“Nossa querida cidade não tem hospital maternidade. Isso é um absurdo! A população paga impostos para que eles gastem com prédios e reformas, e não têm médicos para atender o povo.”
O caminhoneiro diz que o prefeito e seus apoiadores não cuidam das pessoas da Terra do Santo, que é o maior patrimônio da cidade:
“É só prédio reformado, construído e nada dentro. Falta respeito com a população de Anchieta. Espero que tudo isso mude para o bem da nossa gente.”
Um vendedor ambulante, que pediu para não ser citado, acrescentou:
“Tem determinado prefeito que só faz obras com muito cimento, tijolo e coisas desse tipo, pois rende comissão. Não digo qual cidade, mas o povo vai entender qual.”
Nada mais foi dito nem perguntado.
Povo fala
O fato revoltou a Terra da Foz do Rio Benevente, ou seja, Anchieta, litoral sul do ES.
Nas redes sociais e nas ruas nossa reportagem colheu algumas postagens e opiniões.
Joana disse:
“Isso é um tapa na cara do povo.”
Sergio comentou:
“Valeu, Fabinho, por jogar a lama no ventilador contra essa gente rica que não gosta de pobre.”
Paula falou na porta de um bar:
“Os gestores que comandam a prefeitura e quem eles apoiam têm planos de saúde, não estão nem aí para os humildes.”
No mercado de peixe, não se falou em outra coisa. Um pescador que preferiu não se identificar disse:
“Gostei do Fabinho abrir a boca. Vamos dar o troco nas urnas.”
PA de Anchieta não atende paciente grávida
Edição, Don Oleari – [email protected] –
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